Digital Health debate interconexão e redes de atenção à saúde

Palestrantes debateram o uso da telemedicina no Brasil

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O seminário Digital Health, evento que acontece anualmente durante a feira Hospitalar, debateu, em 22 de maio, e-saúde, interconexão e as redes de atenção à saúde voltadas para telemedicina, teleassistência e teleconsultorias. Os painéis tiveram nomes como Hêider Pinto (secretário de gestão do trabalho e da educação na saúde), Paulo Puccini (secretário municipal adjunto de saúde), Alexandra Monteiro (coordenadora do Núcleo de Telessaúde da Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ), Ana Estela Haddad (representante suplente do Brasil no Comitê Assessor Internacional da Biblioteca Regional de Medicina da Organização Pan-Americana da Saúde – BIREME/OPAS), Francisco Campos (secretário executivo da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde – UNA-SUS), Luiz Ary Messina (Coordenador da Rede Universitária de Telemedicina – RUTE), Claudio Souza (coordenador do Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG). 
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Telemedicina compreende a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico. Tais serviços são prestados usando tecnologias de informação e de comunicação para o intercâmbio de informações válidas para diagnósticos, prevenção e tratamento de doenças e a contínua educação de prestadores de serviços em saúde, assim como para fins de pesquisas e avaliações. Segundo a presidente da Hospitalar, Waleska Santos, a tecnologia é a chave do futuro. “O dia em que as pessoas perceberem a importância da ehealth para o cuidado com o paciente, será como o uso de um telefone celular. Quem hoje fica sem celular?”, questionou. “Em minha opinião profissional, nós devemos procurar uma forma mais fácil de falar dessa tecnologia para a população. Poucas pessoas sabem o poder do ehealth para o futuro e temos que disseminar essa semente. Se o sistema bancário, que é tão seguro, hoje já utiliza esse sistema, porque não utilizarmos isso na área da saúde?”, completou.
 
O auditório cheio demonstra o interesse e a necessidade de aprendizado no uso da telemedicina e teleassistência não somente pelos profissionais da área de TI, mas também para profissionais da saúde num geral. A maioria das metrópoles já implantou o sistema e busca aprimorar os caminhos para a qualidade assistencial à distância. “Estamos vivendo uma verdadeira revolução na saúde, novas tecnologias aparecem e precisamos reverter isso em prol das pessoas”, afirmou o secretário Hêider. “O bem do ser humano é a saúde. Nós temos recursos, por isso, estamos reunindo esforços para divulgar as tendências da telemedicina e telessaúde. Os profissionais que não aderirem a essas novas tecnologias vão ficar no passado. Certamente a população brasileira, principalmente quem mora longe dos grandes centros, precisam de atenção e a ehealth pode ajudar de uma forma sensacional”, concluiu.
 
Alexandra Monteiro, coordenadora do núcleo de telessaúde da UERJ, destacou a procura dos profissionais do Rio de Janeiro por cursos que auxiliem a introdução de novos métodos no atendimento. “Através de nossa plataforma interativa disponibilizamos materiais que visam auxiliar neste novo método de atendimento à distância. A aceitação dos pacientes e a resolução dos problemas sem necessidade de encaminhamento especializado é muito satisfatória”. A experiência paulistana foi retratada pelo secretário Puccini. “A tecnologia nos ensina que temos que olhar cada vez mais para o cuidado. A relação médico paciente é uma coisa do cotidiano da vida assistencial na rede nacional. Buscar formas de apoio a introdução da informatização são muito necessárias. O que consideramos aqui em São Paulo é a informatização da rede”, explicou. “Já temos também o Hospital Albert Einstein operando teleconsultoria em urgência e terapia intensiva no hospital M Boi Mirim, sob controle da Secretaria Municipal, o Incor, patrocinado por um programa do Ministério da Saúde, que instalou dois equipamentos de consultoria em prontos-socorros do município e também o Hcor, que desenvolve tecnologias para o Samu”, concluiu.
 

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