A mamografia com contraste surge como um importante aliado na luta contra o câncer de mama. O método já é realizado há cinco anos na Europa e agora começa a ganhar espaço no Brasil. Há um ano, a Nova Medicina Diagnóstica oferece esse exame, que tem se mostrado melhor, mais definitivo, além de oferecer vantagens significativas para a paciente.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que haverá cerca de 596 mil novos casos de câncer em 2016. Deste número, 57.960 corresponderá ao câncer de mama. Historicamente, a mamografia é o melhor exame para detectar o câncer de forma precoce e deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos de idade, mas possui algumas limitações. Por exemplo, quanto mais densa a mama for, menor a capacidade de detecção da doença.
De acordo com o médico radiologista, Dr. Guilherme Rossi, da Nova Medicina Diagnóstica, "apesar da mamografia com contraste ser uma técnica nova, ela é revolucionária e rara na medicina. É um exame muito preciso, que tem potencial de redução de custos, diminuindo o número de biopsias e exames desnecessários. Em comparação com a ressonância magnética, o procedimento é mais simples, rápido, acessível e confortável para a paciente".
A técnica é semelhante à mamografia digital convencional associada ao contraste iodado. Em média, são necessários cinco minutos para obter as imagens na tela e é possível ter um laudo do exame em até dois minutos. Já a ressonância magnética demora entre 25 e 30 minutos para ser realizada, e de 5 a 10 minutos para oferecer um diagnóstico do exame alterado.
Dr. Rossi destaca que o risco de alguma paciente apresentar uma reação alérgica é muito pequeno. "O contraste iodado evoluiu muito, o risco existe, mas a proporção de reações alérgicas graves é de 0,1%. Na Nova Medicina já foram realizados mais de 110 exames desse tipo sem registro de alergia. Existe um critério de seleção, uma avaliação pré-exame. Se for constatado que a paciente tem histórico de alergia discreta a moderada, antes da administração endovenosa do contraste é necessário fazer a dessensibilização com antialérgico. O método é contraindicado para as mulheres que têm histórico de alergia de moderada a severa", alerta o especialista.
O médico ressalta que teoricamente a pergunta para os próximos dois anos é: para qual grupo o exame deve ser indicado? Segundo Dr. Guilherme, hoje a nova tecnologia é utilizada em pacientes de alto risco, com mamas densas, que já tiveram câncer, com antecedentes familiares, mulheres claustrofóbicas ou que usem marca-passo e/ou aparelhos metálicos.