6 de janeiro de 2016

Casos de microcelafia já ultrapassam 3 mil e atingem 21 Estados

O avanço da microcefalia no País persiste. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que casos da má-formação subiram 6,6% em uma semana, alcançado a marca de 3.174 registros, ante os 2.975 casos apresentados na semana passada. 
 
A doença também se espalha em território nacional. Menos de dois meses depois de o Ministério da Saúde decretar estado de emergência nacional em virtude do aumento de nascimento de bebês com o problema em Pernambuco, os casos já alcançam 21 Unidades da Federação. 
 
Apenas os Estados de Acre, Amapá, Paraná, Roraima, Santa Catarina e Rondônia não tiveram até o momento registros de bebês com suspeitas da síndrome, que em 90% leva os bebês a ter deficiência mental. O número de cidades com casos chega a 684.
 
O maior número de casos continua a ser apresentado por Pernambuco: 1.185, o equivalente a 37,33% do total registrado em todo o País. Em seguida, estão os estados da Paraíba (504), Bahia (312), Rio Grande do Norte (169), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (139), Mato Grosso (123) e Rio de Janeiro (118). 
 
Um caso suspeito de microcefalia foi identificado no Amazonas, o primeiro desde que o acompanhamento começou a ser realizado por autoridades sanitárias.
 
A explosão do número de nascimentos de bebês com microcefalia foi relacionada pelo Ministério da Saúde à infecção do feto, ainda durante a gestação, pelo zika. O vírus, transmitido pelo mesmo vetor da dengue e da chikungunya, o Aedes aegypti, chegou ao País em 2015 e provocou uma epidemia nos Estados do Nordeste. Exames em fetos com microcefalia identificaram a presença do vírus no líquido amniótico de dois fetos.
 
O ministério recomenda que gestantes mantenham o acompanhamento e consultas de pré-natal e que adotem medidas para tentar evitar picadas do mosquito: uso de blusas de manga longa e calças, a aplicação de repelentes e, se possível, colocar telas em portas e janelas. 
 
"O uso de roupas de manga longa é desafiador, diante do calor feito no País", reconheceu o professor de saúde coletiva da Universidade Federal de Goiás, João Bosco Siqueira Filho. "E telas as casas representa um investimento que nem todos podem arcar. Mas são medidas que podem ajudar", completou.
 
Diante do aumento de casos, o governo formou uma força-tarefa, integrada por 19 ministérios, para combater o Aedes aegypti. Em dezembro, o Ministério da Saúde enviou mais 17,9 toneladas de Larvicida para os estados do Nordeste e Sudeste, totalizando 114,4 toneladas para todo o País.

Calendário de vacinação infantil sofre mudanças

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (5/1) mudanças no calendário de vacinação das crianças para 2016. Foram alteradas as doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, o esquema vacinal da poliomielite e o número de doses da vacina de HPV.
 
Confira as mudanças em relação a cada uma delas:
 
Pneumonia
Para os bebês, a principal diferença no calendário será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10, que protege os pequenos contra a pneumonia. A partir de agora, ela será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas que poderá ser tomado até os 4 anos. Anteriormente, o esquema contava com três doses, aos 2, 4 e 6 meses mais o reforço. Em nota, o Ministério da Saúde justifica que a recomendação foi tomada com base em estudos que provam que o novo esquema é tão eficiente quanto o anterior.
 
Meningite
A vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra a meningite causada pelo meningococo C também sofreu alterações de calendário. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo dadas aos 3 e aos 5 meses.
 
Poliomelite
A terceira dose da vacina contra a poliomelite, que era dada por via oral, passa a ser injetável. Não há mudanças em relação às datas. As três primeiras doses continuam dadas aos 2, 4 e 6 meses de vida e os reforços por via oral aos 15 meses e 4 anos.
 
HPV
A vacina contra o papiloma vírus humano (HPV), que aplicada em três doses passa a ter apenas duas. Meninas de 9 a 13 anos podem ser vacinadas gratuitamente e devem tomar a segunda dose da vacina seis meses depois da primeira. De acordo com o Ministério da Saúde, estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses.
 

Hospitais de excelência apontam queda na receita

Pela primeira vez nos últimos 11 anos, desde que passou a acompanhar de perto o desempenho do sistema de saúde, a Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) registrou em 2015 uma desaceleração nos principais indicadores financeiros do Grupo Controle, formado pelos hospitais fundadores da entidade.
 
De janeiro a dezembro de 2015, as estimativas indicaram uma queda nas receitas líquidas de 1,8% em relação ao ano anterior. No mesmo período, porém, as despesas se elevaram em 8,3%, o que reduziu drasticamente as margens operacionais.
 
A redução das margens operacionais dos hospitais também é visível quando se observa a variação da receita líquida e da despesa por paciente-dia, em 2015 em relação ao ano anterior. De acordo com os dados preliminares da Anahp, a receita líquida por paciente-dia aumentou 3,5%, ao passo que a despesa por paciente-dia subiu 9,4%, no mesmo período. “A expectativa é de uma iminente elevação em 2016, tendo em vista que mais de 30% dos nossos insumos são baseados em moeda estrangeira”, afirma Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Anahp.
 
O ritmo de contratações de empregados neste ano também sentiu o impacto da desaceleração. As estimativas da Anahp apontam que os hospitais privados provavelmente encerraram o ano com um crescimento de apenas 4,1% em suas contratações, contra 11,6% em 2014 – totalizando 54 mil colaboradores.
 
Se os últimos anos foram marcados pelo forte crescimento do setor de saúde, estimulados, até então, pelo bom desempenho do mercado de trabalho e da economia, a mudança do cenário se refletiu na interrupção da expansão do número de beneficiários na saúde suplementar – que vinha apresentando crescimento a uma taxa média de 3,1% entre 2010 e 2014. De janeiro a setembro deste ano foi computada uma perda de 0,9% do número de beneficiários dos planos de saúde, o que representa a perda de 449 mil beneficiários. 
 
Do ponto de vista assistencial, a queda também foi mais expressiva. Como resultado da redução do número de usuários do sistema de saúde, a utilização dos serviços de pronto socorro caiu 7,2%, em 2015, de acordo com as estimativas da Anahp. Outro indicador importante é a queda do crescimento de cirurgias nos hospitais dos associados da Anahp em relação aos anos anteriores. Em 2015, o número de cirurgias cresceu apenas 0,4%, ao passo que em 2014 apresentou uma elevação de 5,5%.
 
A taxa de ocupação dos leitos hospitalares e a média de permanência dos hospitais do Grupo Controle, no entanto, apresentaram um comportamento favorável. . A taxa de ocupação dos hospitais mantém-se em níveis superiores a 80%. Ao mesmo tempo, o tempo médio de permanência dos pacientes nos hospitais da Anahp apresenta uma progressiva redução nos últimos anos – chegando a 4,6 dias em 2015 – o que reflete uma melhor gestão operacional dos hospitais
 

Exame permite visualizar câncer de mama com mais clareza

A mamografia com contraste surge como um importante aliado na luta contra o câncer de mama. O método já é realizado há cinco anos na Europa e agora começa a ganhar espaço no Brasil. Há um ano, a Nova Medicina Diagnóstica oferece esse exame, que tem se mostrado melhor, mais definitivo, além de oferecer vantagens significativas para a paciente.
 
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que haverá cerca de 596 mil novos casos de câncer em 2016.  Deste número, 57.960 corresponderá ao câncer de mama. Historicamente, a mamografia é o melhor exame para detectar o câncer de forma precoce e deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos de idade, mas possui algumas limitações. Por exemplo, quanto mais densa a mama for, menor a capacidade de detecção da doença.
 
De acordo com o médico radiologista, Dr. Guilherme Rossi, da Nova Medicina Diagnóstica, "apesar da mamografia com contraste ser uma técnica nova, ela é revolucionária e rara na medicina. É um exame muito preciso, que tem potencial de redução de custos, diminuindo o número de biopsias e exames desnecessários. Em comparação com a ressonância magnética, o procedimento é mais simples, rápido, acessível e confortável para a paciente".
 
A técnica é semelhante à mamografia digital convencional associada ao contraste iodado. Em média, são necessários cinco minutos para obter as imagens na tela e é possível ter um laudo do exame em até dois minutos. Já a ressonância magnética demora entre 25 e 30 minutos para ser realizada, e de 5 a 10 minutos para oferecer um diagnóstico do exame alterado.
 
Dr. Rossi destaca que o risco de alguma paciente apresentar uma reação alérgica é muito pequeno. "O contraste iodado evoluiu muito, o risco existe, mas a proporção de reações alérgicas graves é de 0,1%. Na Nova Medicina já foram realizados mais de 110 exames desse tipo sem registro de alergia. Existe um critério de seleção, uma avaliação pré-exame. Se for constatado que a paciente tem histórico de alergia discreta a moderada, antes da administração endovenosa do contraste é necessário fazer a dessensibilização com antialérgico. O método é contraindicado para as mulheres que têm histórico de alergia de moderada a severa", alerta o especialista.
 
O médico ressalta que teoricamente a pergunta para os próximos dois anos é: para qual grupo o exame deve ser indicado? Segundo Dr. Guilherme, hoje a nova tecnologia é utilizada em pacientes de alto risco, com mamas densas, que já tiveram câncer, com antecedentes familiares, mulheres claustrofóbicas ou que usem marca-passo e/ou aparelhos metálicos.
 
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