Hospitais de excelência apontam queda na receita

Anahp divulga estimativa do ano que surpreende pela desaceleração significativa do setor privado

Compartilhar artigo

Pela primeira vez nos últimos 11 anos, desde que passou a acompanhar de perto o desempenho do sistema de saúde, a Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) registrou em 2015 uma desaceleração nos principais indicadores financeiros do Grupo Controle, formado pelos hospitais fundadores da entidade.
 
De janeiro a dezembro de 2015, as estimativas indicaram uma queda nas receitas líquidas de 1,8% em relação ao ano anterior. No mesmo período, porém, as despesas se elevaram em 8,3%, o que reduziu drasticamente as margens operacionais.
 
A redução das margens operacionais dos hospitais também é visível quando se observa a variação da receita líquida e da despesa por paciente-dia, em 2015 em relação ao ano anterior. De acordo com os dados preliminares da Anahp, a receita líquida por paciente-dia aumentou 3,5%, ao passo que a despesa por paciente-dia subiu 9,4%, no mesmo período. “A expectativa é de uma iminente elevação em 2016, tendo em vista que mais de 30% dos nossos insumos são baseados em moeda estrangeira”, afirma Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Anahp.
 
O ritmo de contratações de empregados neste ano também sentiu o impacto da desaceleração. As estimativas da Anahp apontam que os hospitais privados provavelmente encerraram o ano com um crescimento de apenas 4,1% em suas contratações, contra 11,6% em 2014 – totalizando 54 mil colaboradores.
 
Se os últimos anos foram marcados pelo forte crescimento do setor de saúde, estimulados, até então, pelo bom desempenho do mercado de trabalho e da economia, a mudança do cenário se refletiu na interrupção da expansão do número de beneficiários na saúde suplementar – que vinha apresentando crescimento a uma taxa média de 3,1% entre 2010 e 2014. De janeiro a setembro deste ano foi computada uma perda de 0,9% do número de beneficiários dos planos de saúde, o que representa a perda de 449 mil beneficiários. 
 
Do ponto de vista assistencial, a queda também foi mais expressiva. Como resultado da redução do número de usuários do sistema de saúde, a utilização dos serviços de pronto socorro caiu 7,2%, em 2015, de acordo com as estimativas da Anahp. Outro indicador importante é a queda do crescimento de cirurgias nos hospitais dos associados da Anahp em relação aos anos anteriores. Em 2015, o número de cirurgias cresceu apenas 0,4%, ao passo que em 2014 apresentou uma elevação de 5,5%.
 
A taxa de ocupação dos leitos hospitalares e a média de permanência dos hospitais do Grupo Controle, no entanto, apresentaram um comportamento favorável. . A taxa de ocupação dos hospitais mantém-se em níveis superiores a 80%. Ao mesmo tempo, o tempo médio de permanência dos pacientes nos hospitais da Anahp apresenta uma progressiva redução nos últimos anos – chegando a 4,6 dias em 2015 – o que reflete uma melhor gestão operacional dos hospitais
 

Artigos Relacionados...

Artigos

Desejos para a saúde em 2025

Nações, companhias, organizações da sociedade civil e o próprio ser humano costumam renovar pactos, redefinir estratégias e realinhar objetivos a cada final ou início de ciclo. Estes momentos de reflexão

CCT saúde
Convenções Coletivas

Firmada CCT com Sindicato dos Médicos de São Paulo

Informe SindHosp Jurídico nº 125-A/2024 FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOSMÉDICOS DE SÃO PAULO – SIMESP, VIGÊNCIA DE 1º DE SETEMBRO DE 2024A 31 DE AGOSTO DE

Curta nossa página

Siga nas mídias sociais

Mais recentes

Receba conteúdo exclusivo

Assine nossa newsletter

Prometemos nunca enviar spam.

error: Conteúdo protegido
Scroll to Top