Inovação é mais que tecnologia: é sobre pessoas

Especialistas debateram propostas durante I Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde

Compartilhar artigo

Geralmente quando se fala em inovação costuma-se associar o conceito ao investimento em alta tecnologia e equipamentos novos e caros. Mas, de acordo com especialistas presentes ao I Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde, realizado pelo IEPAS em São Paulo no dia 23 de maio, inovação é muito mais que isso.

De acordo com Ingrid Paola Stoeckicht, diretora de inovação e de novos negócios da I2H Innovation to Health, não existe uma receita única, mas é preciso entender o que é esse conceito tão debatido atualmente. “É fundamental entender que é um modelo de gestão que precisa ser incorporado pela organização como qualquer outro. Com metas, objetivos, métricas e indicadores para orientarem todo o processo”, explica.

Ter uma visão sistêmica do negócio é fundamental, segundo ela. “Cada área pode contribuir com visões diferenciadas e ideias, ou seja, estabelecer modelos de inovação aberta com os colaboradores”, diz ela, destacando que é mais produtivo começar em pequena escala e depois ampliar o trabalho conforme ele ganha espaço na companhia. “O que não faltam são oportunidades, mas lembrando que a inovação anda em trilhos e não é uma trilha com fim”, finalizou.

De acordo com Amauri Zerillo Junior, advisor da MKT Growth, que apresentou a palestra “Marketing e Vendas, Como inovar neste segmento”, inovação não é apenas para experts em tecnologia: pode ser para qualquer um. “Se antes a empresa fazia a propaganda e decidia o que o público ia comprar, hoje o consumidor tem mais poder de decisão e está no centro da mesa de decisões. Quem manda é quem paga, no caso, o cliente”, destaca, ele explicando que a inovação pode vir de um insight inspirado por uma necessidade humana, daí o fato de pessoas de vários setores, e não apenas profissionais do setor digital poderem empreender.

“Um exemplo de inovação famoso mudou a experiência de crianças em exames de imagem em equipamentos da GE apenas com adesivação: a empresa conseguiu transformar um momento diagnóstico tenso em uma experiência Disney para os pequenos pacientes ao transformar as frias câmaras de exames em cavernas de piratas e outras atrações lúdicas e atraentes”, explicou. Dividindo as maiores inovações em três grupos, Inovação de Core (configuração, como), Inovação de Produto e Inovação de Experiência, Zerillo afirma que é fundamental observar o que já existe e transformar em algo diferenciado para o cliente. “Quem tem diferencial chama a atenção e pode aperfeiçoar o que já existe. É o caso da mala com rodinhas, que só foi inventada em 1972 baseada na mala (criada por volta de 1850) e na roda (surgida em 3.500 A.C)”, explicou.

Assim, com o uso de ferramentas que já estão disponíveis, é possível trazer inovação para as organizações. Rafael Vogel, de Oliveira, CEO da Lima Consulting Group, aconselha as empresas a usarem a internet para captar clientes e mantê-los próximos. “Após a captação e atendimento aos clientes, os dados e o comportamento que eles apresentam são extremamente úteis para novas oportunidades. Exemplo: se um grupo de paciente é aderente ao tratamento e segue as recomendações, basta enviar lembretes de consultas e procedimentos quando necessário. Já um grupo que não responde ou que tem pouco engajamento, precisa de um contato mais frequente e de mensagens mais personalizadas. É preciso saber usar o rico material que já se tem em mãos”, finalizou.

 

 

Por Eleni Trindade

 

 

Artigos Relacionados...

Curta nossa página

Siga nas mídias sociais

Mais recentes

Receba conteúdo exclusivo

Assine nossa newsletter

Prometemos nunca enviar spam.

error: Conteúdo protegido
Scroll to Top