23 de maio de 2019

Empresa pagará indenização por manter trabalhador em sala de descanso

A empresa foi condenada ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 10 mil, por ter submetido um trabalhador à ociosidade forçada após ele voltar de um afastamento previdenciário acidentário. Durante o horário de trabalho, o empregado era obrigado a permanecer em uma sala de descanso assistindo a televisão e jogando ping-pong, dominó, baralho, dentre outras atividades recreativas. O entendimento foi da 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-BA), e ainda cabe recurso da decisão.

O trabalhador alegou que o período de ociosidade forçada o colocou em estado de total insegurança e ansiedade, o que caracterizou assédio moral. Já na linha defensiva, a empresa sustentou que jamais deixou de ofertar trabalho ao empregado ou realizou qualquer procedimento de exclusão. Aduziu, ainda, que desde a alta médica do INSS buscou enquadrar o autor em função compatível com a anterior ao afastamento.

Na visão da relatora do acórdão, desembargadora Ivana Magaldi, ficou claro nos autos que não foram atribuídas ao trabalhador tarefas durante o tempo em que permanecia na sala de descanso. A magistrada também frisou que, um ano após a alta previdenciária, o empregado foi despedido, o que corrobora a versão de que foi mantido na empresa sem utilidade apenas até vencer o prazo da estabilidade acidentária.

No acórdão, a relatora ainda fez referência à música Um Homem Também Chora, de Gonzaguinha: Sem o seu trabalho o homem não tem honra, e sem a sua honra se morre, se mata. E nos termos da prova produzida, especialmente o depoimento do preposto, verificou-se ter sido esse exatamente o fato ocorrido com o trabalhador, que assim teve ofendido direito inerente à sua personalidade, comentou a magistrada.

Porém, quanto ao valor da indenização por dano moral, a 1ª Turma modificou parcialmente a decisão da 3ª Vara de Trabalho de Feira de Santana e reduziu o dano moral de R$ 20 mil para R$ 10 mil em razão de o trabalhador não ter comprovado todo o tempo de permanência na sala de descanso alegado no início do processo. Este valor melhor se compatibiliza com os dados trazidos aos autos, concluiu a desembargadora Ivana Magaldi.

Processo Nº: 0000170-79.2018.5.05.0194

 

 

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região

Inovação e diferencial competitivo

O segundo dia do Congresso Internacional de Serviços de Saúde – CISS, evento oficial da Feira Hospitalar, tratou do diferencial competitivo para os prestadores de serviços, diante de temas como engajamento do paciente, qualificação da experiência do cuidado e inovações no modelo assistencial.

Como exemplo, a apresentação de Walmoli Gerber Jr, diretor da Vertical Saúde da ACATE – Associação Catarinense de Tecnologia, tratou do ecossistema da inovação em saúde em Santa Catarina. O profissional fez um apanhado sobre o cenário de inovação em seu Estado, abordando assuntos como os investimentos, que trazem consigo situações de risco.

“Tudo o que a gente está falando é capital de risco”, explicou, lembrando que muitas vezes esse risco é inerente ao próprio ambiente de inovação. Destacou também que “o melhor investidor é o cliente final e é nele que devemos focar na hora de colocar dinheiro em algum negócio, somente porque ele está em alta na mídia ou algo do tipo. O perfil do consumidor é muito mais importante”.

O painel trouxe ainda a palestra “Felicidade interna e cooperativismo”, proferida por Josemar de Almeida Moura, diretor da Sicoob-Credicom; e “Experiências digitais francesas para os cuidados centrados no paciente”, com Fabrice Pakin, fundador da startup de saúde digital Ignilife.

 

 

Da Redação

Cardiologista é premiada como personalidade do ano na saúde

Uma noite de homenagens e parcerias marcou o tradicional jantar da Hospitalar, ocorrido no dia 22 de maio, na Cinemateca Brasileira. Além do encontro dos principais expositores, associações, representantes do governo federal e parceiros, o evento fez duas premiações com objetivo de destacar personalidades e iniciativas que promovem a saúde.

O primeiro foi o prêmio Personalidade do Ano na Saúde, oferecido pela Hospitalar, que nesta edição homenageou a cardiologista pediátrica Rosa Célia Pimentel. A médica é fundadora e presidente do Pro Criança Cardíaca, projeto criado em 1996, que já atendeu gratuitamente mais de 20 mil crianças cardíacas carentes.

“Estou muito emocionada e quero agradecer a generosidade da Hospitalar ao me escolher como a homenageada neste ano. Eu gostaria de dizer também sobre a importância deste prêmio que atingiu positivamente o nosso projeto no cuidado da criança cardíaca, pois estamos recebendo muitas ligações e e-mails de pessoas dispostas a ajudar na nossa causa. Muito obrigada”, declarou Rosa Célia em seu discurso.

A outra premiação foi o troféu Walter Schmidt, promovido pela Fanem, que homenageou o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, por meio do tenente Pedro Aihara, por sua atuação durante o rompimento da barragem de Brumadinho, em janeiro de 2019.

O tenente Aihara, de 25 anos, tornou-se um exemplo ao conseguir transmitir, de forma segura, clara e atenciosa as informações para todos os públicos que precisaram ter alguma resposta sobre o trabalho realizado pelos bombeiros.

“Esta premiação se reveste em um caráter muito especial para nós, pois embora seja uma feira hospitalar e nós não sejamos médicos, o nosso intuito é sempre o mesmo: resgatar vidas. E esse resgate não é apenas no sentido biológico, mas também no sentido de resgatar a dignidade, a esperança, o acolhimento e o amor dessas pessoas. Quando chegamos aqui, com 118 dias de operação – que ainda está em atividade –, falamos desta busca que vai além do sentido tradicional, mas da valorização à vida. Eu fico muito feliz de poder receber este reconhecimento em nome de toda a corporação que está diariamente trabalho pela vida de todas essas pessoas que precisam de nós”, comentou o tenente.

 

 

Fonte: Hospitalar

Quarto setor pode contribuir com o financiamento da saúde

O quarto setor da economia, também chamado de setor 2.5, uma categoria de empresas que são movidas por lucro, mas cujo business está relacionado ao desenvolvimento social e ambiental, pode contribuir com o financiamento da saúde pública.

Segundo um estudo de reformulação tributária e previdenciária, que visa colocar o benefício fiscal a favor e diretamente alocado ao serviço social da saúde, apresentado por Roseli Pereira da Silva, analista de Negócios do Hospital das Clínicas, no Talk HC, realizado na Hospitalar, na tarde desta quinta-feira (23), o quarto setor tem potencial deslocado equivalente a 10% do PIB e pode gerar a duplicação do financiamento da saúde no Brasil, elevando-o para o patamar de 19%.

“O quarto setor é um modelo que propõe transformação e melhoria social/ambiental de forma sustentável, principalmente porque não fica na dependência de doações e tem compromisso com gestão e eficiência operacional. Sua maior vantagem em relação às ONGs é que, justamente, por ser empresas, podem crescer e atrair investimento”, explicou a analista.

A proposta consiste em recolher o benefício filantrópico por faturamento direto ao SUS com recolhimento automático ao INSS. “Diante do cenário que vivemos no país, é necessária a mobilização dos hospitais privados no sentido de apresentar proposta de lei complementar em conjunto à reforma da Previdência Social com objetivo de aumentar os benefícios à saúde”, destacou Roseli Silva.

 

 

Por Fabiane de Sá

Painel da FAPESP traz pesquisa inovativa em equipamentos

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP também participou da programação científica da Feira Hospitalar 2019.

No dia 23 de maio, a entidade promoveu um painel sobre pesquisa inovativa em equipamentos médico-hospitalares, e para isso trouxe três empresas que já receberam apoio e financiamento por parte da agência.

São elas Phelcom, fabricante do dispositivo Eyer, que permite o diagnóstico de doenças da retina de forma portátil; o Wheelie, da empresa HooBox, que adaptado a uma cadeira de rodas permite controlar os movimentos por meio de reconhecimento facial; e a Brain4Care, cujo dispositivo permite medir a pressão intracraniana de forma não invasiva.

Todas as soluções desenvolvidas já são comercializadas pelo mercado de saúde. A FAPESP já aprovou, em 2017 e 2018, o financiamento pelo menos 250 projetos por ano.

 

 

Da Redação

Inovação é mais que tecnologia: é sobre pessoas

Geralmente quando se fala em inovação costuma-se associar o conceito ao investimento em alta tecnologia e equipamentos novos e caros. Mas, de acordo com especialistas presentes ao I Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde, realizado pelo IEPAS em São Paulo no dia 23 de maio, inovação é muito mais que isso.

De acordo com Ingrid Paola Stoeckicht, diretora de inovação e de novos negócios da I2H Innovation to Health, não existe uma receita única, mas é preciso entender o que é esse conceito tão debatido atualmente. “É fundamental entender que é um modelo de gestão que precisa ser incorporado pela organização como qualquer outro. Com metas, objetivos, métricas e indicadores para orientarem todo o processo”, explica.

Ter uma visão sistêmica do negócio é fundamental, segundo ela. “Cada área pode contribuir com visões diferenciadas e ideias, ou seja, estabelecer modelos de inovação aberta com os colaboradores”, diz ela, destacando que é mais produtivo começar em pequena escala e depois ampliar o trabalho conforme ele ganha espaço na companhia. “O que não faltam são oportunidades, mas lembrando que a inovação anda em trilhos e não é uma trilha com fim”, finalizou.

De acordo com Amauri Zerillo Junior, advisor da MKT Growth, que apresentou a palestra “Marketing e Vendas, Como inovar neste segmento”, inovação não é apenas para experts em tecnologia: pode ser para qualquer um. “Se antes a empresa fazia a propaganda e decidia o que o público ia comprar, hoje o consumidor tem mais poder de decisão e está no centro da mesa de decisões. Quem manda é quem paga, no caso, o cliente”, destaca, ele explicando que a inovação pode vir de um insight inspirado por uma necessidade humana, daí o fato de pessoas de vários setores, e não apenas profissionais do setor digital poderem empreender.

“Um exemplo de inovação famoso mudou a experiência de crianças em exames de imagem em equipamentos da GE apenas com adesivação: a empresa conseguiu transformar um momento diagnóstico tenso em uma experiência Disney para os pequenos pacientes ao transformar as frias câmaras de exames em cavernas de piratas e outras atrações lúdicas e atraentes”, explicou. Dividindo as maiores inovações em três grupos, Inovação de Core (configuração, como), Inovação de Produto e Inovação de Experiência, Zerillo afirma que é fundamental observar o que já existe e transformar em algo diferenciado para o cliente. “Quem tem diferencial chama a atenção e pode aperfeiçoar o que já existe. É o caso da mala com rodinhas, que só foi inventada em 1972 baseada na mala (criada por volta de 1850) e na roda (surgida em 3.500 A.C)”, explicou.

Assim, com o uso de ferramentas que já estão disponíveis, é possível trazer inovação para as organizações. Rafael Vogel, de Oliveira, CEO da Lima Consulting Group, aconselha as empresas a usarem a internet para captar clientes e mantê-los próximos. “Após a captação e atendimento aos clientes, os dados e o comportamento que eles apresentam são extremamente úteis para novas oportunidades. Exemplo: se um grupo de paciente é aderente ao tratamento e segue as recomendações, basta enviar lembretes de consultas e procedimentos quando necessário. Já um grupo que não responde ou que tem pouco engajamento, precisa de um contato mais frequente e de mensagens mais personalizadas. É preciso saber usar o rico material que já se tem em mãos”, finalizou.

 

 

Por Eleni Trindade

 

 

Secretário anuncia criação de polos de saúde no Estado de SP

O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann Ferreira, anunciou, durante fórum da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que aconteceu em 23 de maio, na Hospitalar, que serão criados os primeiros polos de saúde do Estado de São Paulo. As regiões escolhidas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para esse projeto piloto são: Grande São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. “Os polos pretendem interligar a totalidade dos serviços de assistência à saúde em todos os níveis de atenção, da primária à terciária”, frisou o secretário, enaltecendo a importância da iniciativa para fazer frente aos desafios do setor, como o envelhecimento populacional, a incorporação tecnológica, a mudança do perfil epidemiológico e o combate ao desperdício.

O Corujão da Saúde, que começou no início deste ano em âmbito estadual, está obtendo ótimos resultados, segundo Germannn. “Em janeiro havia uma fila de aproximadamente 500 mil exames no Estado. A fase 1 do Corujão contemplou as regiões de Campinas, do Vale do Paraíba e Capital paulista. Agora, na fase 2, estamos levando o Corujão para Bauru, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Baixada Santista. Com isso acabaremos com uma demanda de cerca de 300 mil exames”, afirmou o secretário. A FEHOESP é parceira da SES na disseminação da parceria entre o Estado e as instituições privadas que desejam aderir ao Corujão da Saúde.

Melhorar a eficiência do setor suplementar de saúde e contribuir para o seu desenvolvimento é uma das prioridades da SES, segundo José Henrique Germann Ferreira. Para ele, a diminuição de custos na saúde não pode diminuir os resultados obtidos no setor. “A instituições, infelizmente, ainda têm o foco nos processos e não nas pessoas. Se remuneramos por serviços prestados vamos gerar serviços; se remunerarmos por qualidade, vamos gerar qualidade”, acredita.

Com um orçamento anual de R$ 23 bilhões, a SES, na gestão de Germann, tem os seguintes objetivos: oferecer uma assistência adequada, conhecimento aplicado, telemedicina, engajamento digital e eficiência operacional.

 

 

Por Ana Paula Barbulho

Modelos são novos, mas mantêm foco no paciente

Em uma economia dinâmica, sujeita a mudanças repentinas, tomar boas decisões de negócios no setor de saúde é ainda mais desafiador por se tratar de um bem sensível para as pessoas. Essa e outras discussões foram destaque na segunda etapa do I Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde, realizado pelo IEPAS em São Paulo no dia 23 de maio, realizado durante a 26ª Feira Hospitalar no Expo Center Norte. No Módulo “Novos modelos de negócios e contratação de serviços nas áreas clínica e laboratorial”, Marcelo Nakagawa, professor de Inovação e empreendedorismo do Insper Instituto de Pesquisa em São Paulo, destacou que na busca por novos modelos de negócios a briga atual é para ser a plataforma e ser protagonista de ecossistemas.

“Conectar-se a outras empresas e entrar em modelos de desmaterialização tendo o serviço, mas não necessariamente os ativos é tendência forte”, destaca. Por exemplo: a Uber é a maior empresa de transporte urbano do mundo, mas não tem carros. É um novo modelo. “Na saúde, já tem empresas atuando nessa mesma dinâmica, parando de vender equipamentos e apenas cobrando pelo seu uso. É uma nova abordagem chamada desmaterialização, em que a companhia deixa de ter um custo fixo com equipamentos e fica mais competitiva”, exemplificou.

A maneira como a empresa trabalha tem tudo a ver com inovação e pode trazer resultados palpáveis. Na apresentação “Modelos de verticalização em busca de eficiência”, Maria Mirtes Sals, guardiã do Laboratório de Patologia Clínica e Medicina Diagnóstica da Prevent Senior, mostrou como a verticalização contribui para a real entrega de valor aos pacientes. “Pedir exames é uma das atividades de maior demanda dos médicos por conta de fatores como envelhecimento e aumento da expectativa de vida, mais doenças crônicas e melhoria no acesso à saúde, entre outras”, diz.

Com um sistema verticalizado, as vantagens se mostram mais efetivas para as pessoas, segundo ela. “No sistema próprio, a empresa possui domínio do histórico do paciente e pode usar esses dados de forma integrada. Além disso, conhece o perfil epidemiológico de sua carteira e pode fazer o planejamento de uma linha de cuidado e fazer o controle de doenças estabelecidas nesse público”, salientou.

Nova forma de ver 

De maneira geral, o sistema de saúde ainda está muito voltado para cuidar da doença e não da pessoa e na opinião de Gustavo Aguiar Campana, diretor médico de análises clinicas da Dasa, é preciso migrar para o real cuidado da saúde. “Atenção primária é fundamental para reduzir o gasto em saúde. Prevenir para evitar tratar e elevar os custos, saindo do modelo sickcare para o healthcare, pois quem tem saúde custa menos para o sistema”, esclarece. De acordo com ele, uma das fortes tendências é direcionar o laboratório para ser fonte de informações e geração de insights para pacientes e profissionais, gerando, assim, engajamento com a saúde.

 

Por Eleni Trindade 

 

Tecnologia é aliada na relação médico-paciente

Muitos são os desafios para o profissional de saúde no âmbito digital. Esse foi o principal tema das discussões do módulo “Mudanças no mercado”, na primeira etapa do I Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde.

Na opinião de Caio Seixas Soares, diretor médico da Teladoc Health Brasil, entre as principais contribuições da tecnologia para a saúde estão o aconselhamento médico personalizado, as orientações rápidas para o paciente, auxílio em terapias e chegada de informações de qualidade para médicos e pacientes no intuito de que as decisões possam ser conduzidas de forma qualificada. “No nosso trabalho notamos que os médicos da família são os melhor habilitados para escuta das necessidades do paciente e para a auxílio ao paciente de forma não presencial. Ele atinge pontos que os especialistas, muitas vezes,não atinge. É fundamental ressaltar que a preocupação sempre vai ser trazer qualidade clínica, conveniência e valor em saúde para essa relação”, destacou.

O tempo, nesse cenário tão volátil da tecnologia, é o principal recurso a ser usado pelos profissionais, de acordo com Marcelo Botelho da Veus Technology, palestrante do mesmo módulo. “A quantidade de recursos e novos negócios disruptivos é farta, as ferramentas e equipamentos já fazem o trabalho de muitos médicos e o volume de informações de saúde é imenso. Dessa forma, o principal desafio é integrar todos esses recursos para que haja mais compartilhamento e interoperabilidade entre os diferentes atores do setor”, explicou. “O paciente deve ser o centro do universo do cuidado, por isso a relação dos prestadores com esses clientes precisa integrada para essa grande mudança”, completou.

Entre os atores desse universo da saúde e que, justamente, precisa ser um dos mais familiarizado com a tecnologia está o médico. De acordo com Mario Jorge Tsuchiya, presidente do Cremesp, como a tecnologia é uma realidade irreversível, só resta a esses profissionais valorizar a relação médico paciente como sempre fez e usar a tecnologia a seu favor. “O médico continua sendo médico e precisa atuar baseado na Ética da profissão. A tecnologia vem como ferramenta apenas de conectividade e interatividade, mas que deve ser aperfeiçoada com o passar do tempo como se propôs o Conselho Federal de Medicina ao recuar e revisar as normas de Telemedicina”, destacou. Para o presidente do Cremesp, os últimos anos têm sido muito desafiadores para a profissão com o avanço da tecnologia, mas o seu objetivo deve ser sempre o mesmo: cuidar de quem precisa de seus serviços. “É fundamental encontrar um ponto de equilíbrio nessa conjuntura”.

 

Por Eleni Trindade

 

 

 

 

Em economia péssima, saúde é destaque positivo

Afirmação é do economista Roberto Macedo, durante o 1º Congresso de Gestão em Saúde

Durante a palestra de abertura do 1º Congresso Brasileiro de Gestão e Saúde, o economista, professor da Universidade de São Paulo (USP) e consultor da Websetorial, Roberto Macedo, fez um panorama de vários setores da economia brasileira que estão em dificuldade influenciados pela crise e situação política. “A economia está mal, está péssima. Mas no meio de tudo isso alguns setores estão bem, como a saúde”, destacou ele.

Se antigamente, por volta dos anos 70 e 80, o Brasil tinha crescimento comparável ao da China atual, hoje a realidade é bem diferente, segundo Macedo. “A China já reduziu seu ritmo de crescimento e lá não tem previdência que aliás, é uma das reformas que precisa ser aprovada no BraSil”, explicou. De acordo com o economista, o atual governo precisa também investir em infraestrutura para movimentar a economia, pois o atual patamar está em 1% do PIB, muito abaixo de outros anos em que o Estado brasileiro chegou a investir cerca de 10% do PIB.

O setor da saúde é um dos poucos a apresentar resultados positivos muito por conta da mudança demográfica. “Enquanto a França demorou 120 anos para ter um volume de população idosa passando de 10% para 20%, o Brasil está levando um tempo recorde: estima-se que teremos 20% de idosos no país já em 2035, quando esse público representava 10% em 2010”, afirmou.

Segundo ele, a economia tem muito da psicologia e, cada vez que nos pautamos pelos noticiários, o mercado de consumo começa a ter uma redução significativa.

“Todos estão pensando do mesmo jeito. O índice de confiança do brasileiro vem decaindo desde o governo Dilma e ainda não melhorou com o governo Bolsonaro. O consumidor retrai suas compras e o empresário freia seus investimentos, o que gera uma situação caótica para o Brasil”.

 

 

Por Eleni Trindade

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