Preocupados com os impactos que a lei 13.287, que inibe o trabalho de mulheres gestantes e lactantes em local insalubre, pode trazer para hospitais e clínicas, o presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, e representantes de outras entidades do setor reuniram-se com o ministro da Saúde Ricardo Barros, no dia 9 de junho, para debater as medidas a serem adotadas sobre a nova lei.
Além do impacto econômico-financeiro que vai trazer para os hospitais e clínicas, a preocupação também está no impacto social que a lei pode gerar, uma vez que o mercado pode passar a evitar a contratação de mulheres. O Ministério da Saúde deve dar início a um Grupo de Trabalho (GT) para discutir o assunto, pois não há consenso do pleito entre os hospitais e as centrais sindicais.
Participaram da reunião também o Sindicato das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo (Sindhosfil); a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE); o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (Seesp)e a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde (CNTS).
As entidades apontaram que, apenas em São Paulo e na categoria de enfermeiros, há 68.530 profissionais, dos quais 87% são mulheres, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).