Nova CID 11: saiba quando o Burnout passa a ser doença ocupacional

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Em janeiro deste ano entrou em vigor a nova classificação da OMS para a Síndrome de Burnout, a CID 11. Pesquisa demonstra prevalência do Burnout em 78% dos profissionais da saúde.


A Síndrome de Esgotamento Profissional, também conhecida como Síndrome de Burnout, passou a ser considerada desde 1 de janeiro de 2022 uma doença ocupacional segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na nova classificação, Burnout é considerado um estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso.

O Burnout, de acordo com a nova classificação da OMS, deixa de ser identificado como um problema de saúde mental com quadro psiquiátrico e passa a ser oficializado como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. 

Essa alteração na descrição da doença já havia sido aprovada em 2019, na 72ª Assembleia Mundial da OMS. No documento, a Organização caracteriza a Síndrome por sensação de esgotamento, cinismo ou sentimentos negativos relacionados ao trabalho e eficácia profissional reduzida.

Esse esgotamento refere-se especificamente a fenômenos relativos ao contexto profissional e não deve ser utilizado para descrever experiências em outros âmbitos da vida. 

A nova classificação da OMS deve estimular empresas a investigar ainda mais o ambiente laboral e propor ações estruturadas para torná-lo mais saudável, mitigando riscos.

Especialmente na área da saúde, uma pesquisa da PEBMED, publicada em novembro de 2020, aponta para a necessidade de ações imediatas para o bem-estar de toda a equipe que presta assistência.

Isso porque, durante a pandemia, a PEBMED apurou que 78% dos profissionais de saúde tiveram sinais de Síndrome de Burnout, com prevalência entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

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