Segundo um novo estudo de professores da Universidade de Toronto, no Canadá, e da Universidade Politécnica de Hong Kong, além de impactar o bem-estar e a saúde dos funcionários, a ansiedade no ambiente de trabalho também afeta o desempenho profissional. Ou seja, além de ser ruim para os funcionários, é igualmente ruim para as organizações.
Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional de Brasília, a especialista em Autoconhecimento, Heloísa Capelas, falou sobre o assunto. Segundo ela, a ansiedade é uma expectativa no limite. “Nós vivemos de expectativa e é muito bom. Agora, expectativa no limite de nos trazer mais dificuldade do que precisa já é ansiedade”.
Heloísa explicou que a base da ansiedade é o medo. Medo do futuro, do presente, de não dar certo, o medo de dar certo. “A gente quer ter muitos passos na frente para ter controle e a ansiedade é só consequência”, ressaltou.
Segundo ela, as pessoas não criam ansiedade do nada. Elas a criam porque querem controlar a vida e esquecem que ela é incontrolável e absolutamente insegura. “Nós vivemos em um mundo inseguro onde ninguém pode nos dar garantia de nada. Porém, o que a gente quer é garantia”.
Para a especialista em Autoconhecimento, é importante que o líder das equipes dentro de uma empresa saiba identificar a ansiedade nos seus funcionários e que a partir do momento em que as equipes param as relações pessoais e o resultado do trabalho se torna mais importante do que o relacionamento, as pessoas ficam mais ansiosas.
“As pessoas vão ficando cada vez mais ansiosas e, desta forma, elas vão perdendo o controle de si mesmas, ficando mais bravas, mais agressivas, inquietas e impacientes. Aí, o trabalho fica mais difícil. O líder, que tem um olhar mais distante, é que pode observar qual o melhor momento de dar uma parada”, diz Heloísa Capelas.