Os hospitais têm denunciado a falta de medicamentos para sedação e analgesia, tanto para cirurgias quanto para pacientes Covid-19. Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), analisa os motivos para essa baixa no mercado. "A primeira razão é que a demanda durante a pandemia é muito superior para tratar os doentes de coronavírus quando comparada às cirurgias normais em que pacientes são entubados. Por uma série de razões clínicas e condições físicas dos pulmões acometidos pelo vírus, o uso é maior", explica ela. Outro motivo é que a capacidade de produção das empresas está no limite. Embora os princípios ativos não estejam em falta, elas estão lutando para atender essa demanda tão superior ao mercado regular.
Sobre as pesquisas para vacinas, a executiva projeta que ainda este ano devem começar os primeiros testes. "Temos empresas brasileiras trabalhando diuturnamente na busca da imunização em parceria com países de várias partes do mundo. É um trabalho conjunto e diferenciado por se tratar de um mercado de concorrentes", analisa. "A expectativa é que as vacinas sejam testadas ainda este ano e o Brasil será incluído na população de testes por ser um povo miscigenado, característica muito importante para o avanço da ciência em se tratando de análise de resultados. Não é possível prever quando a vacina estará pronta, mas o certo é que está em andamento e recebendo muito investimento", destaca ela.
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