O país que mais gasta proporcionalmente em saúde, 17% do produto Interno Bruto (PIB), vem operando e desenvolvendo a maior reforma de seu sistema de atendimento. A solução, de acordo com a representante do departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo americano junto à Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Amy Dubois, é equilibrar equidade com a preservação da qualidade assistencial, tecnologia e equilíbrio econômico do sistema. “O processo de implantação da reforma ACA (Obamacare, como ficou conhecida), vem proporcionando a manutenção científica e tecnológica e superando os desafios. Foi uma revolução que está promovendo o incentivo à qualidade dos serviços ofertados ao paciente.”
Além disso, há a questão da segurança do paciente e de informações. Para Harry Greenspun, diretor do Deloitte Center for Health Solutions, “no mundo baseado em valor, a preocupação é com o compartilhamento de dados. Por isso, o foco agora está se deslocando para o valor criado pelos cuidados, que além de baixar custos, melhora resultados, a segurança e o atendimento”.
Não só nos Estados Unidos, mas no mundo todo há a preocupação com redução de custos, ofertando melhor serviço e qualidade assistencial. O vice-presidente sênior de Assuntos Externos da Optum, Jay Cohen, aposta na abordagem única à saúde, ao colocar em primeiro lugar as necessidades do paciente, bem como a concentração na entrega dos cuidados primários coordenados e altamente eficazes. “Descartamos o modelo tradicional de taxa de serviço, onde ênfase está no volume, o que resulta em custos fora de controle. Substituímos por um modelo de compartilhamento de riscos entre hospitais, médicos e seguradoras. Juntos, estamos produzindo resultados melhores a os paciente.”