Rotary Club reúne sociedade para debater fechamento da Paulista aos domingos

Vice-presidente do SINDHOSP participou como debatedor

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Na noite de 30 de julho, moradores de São Paulo reuniram-se para um fórum de debates acerca do fechamento para carros da Av. Paulista. O evento foi realizado pelo Rotary Club de SP Avenida Paulista, nas dependências do auditório da livraria Martins Fontes. Polêmica, a ideia é um pleito antigo de cicloativistas e de pessoas que defendem mais zonas de lazer para a cidade. O movimento ganhou corpo com a experiência de fechamento da avenida, realizada em 28 de junho, ocasião da inauguração de sua ciclovia. 
 
A ideia do Rotary, segundo seu presidente, Gilberto Eustaquio dos Santos, é produzir uma carta após o debate, apresentando pró e contra o fechamento, levando em conta a ponderação do próprio Rotary sobre o tema, baseada em aspectos técnicos.
 
O vice-presidente do SINDHOSP, Luiz Fernando Ferrari Neto, foi um dos convidados a debater o assunto, tendo em vista que a região é cercada por hospitais. Como ficariam o trânsito de ambulâncias com a Paulista interditada para carros, por exemplo, é um dos entraves do debate. Para Ferrari, “não há como representar uma instituição de saúde e se posicionar contra o lazer”. No entanto, ponderou ele, é preciso estudar como se dará o fechamento, e quais impactos eles trará para os moradores, que afinal têm seu direito de “ir e vir” e ao “silêncio”.
 
A maior preocupação dos moradores da região é com a impossibilidade de se locomoverem em casos emergenciais. Edifícios com saída de garagem para a avenida, por exemplo, poderiam ter algum tipo de permissão especial para permitir entrada e saída de veículos?
 
Para João Cucci Neto, engenheiro de tráfego e professor do Mackenzie, o impacto no tráfego seria mínimo, desde que as vias paralelas, alameda Santos e São Carlos do Pinhal, fossem mantidas livres. "Tecnicamente, fazendo as contas, por mais antipático que possa soar para alguns, comporta [fechar a avenida]", disse Cucci Neto.
 
O arquiteto Paulo Correa, outro dos convidados a debater, levantou a importância de as pessoas se apropriarem dos espaços públicos da cidade. Mas ponderou: A ocupação do espaço público não pode significar a supressão de investimentos em parques e áreas de lazer”. 
Muitos dos moradores presentes, contrários à iniciativa, perguntavam: “por que a Paulista?”. A resposta veio do arquiteto: “Pela qualidade do espaço urbanístico, pela largura do passeio público e pela facilidade de acesso com as linhas de metrô”, disse.
 
Da mesma opinião, o ciclista Daniel Guth defendeu a vocação da avenida para boulevard. “Um  milhão e meio de pessoas andam todos os dias nas calçadas da Avenida, ocupando menos metros quadrados do que os 65 mil carros em horários de pico”, afirmou, defendendo o que ele chama não de fechamento, mas de abertura da avenida para os pedestres aos domingos. “É uma migalha”.  
 
Em 23 de agosto, um novo teste de fechamento da Av. Paulista para os carros será realizado.  A conferir.

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