Santa Casa desenvolve técnica inédita no tratamento de pacientes com depressão

Especialistas estão recrutando voluntários diagnosticados com o quadro

Compartilhar artigo

A depressão é uma doença caracterizada pela perda de interesse e prazer em atividades cotidianas, tristeza profunda, diminuição na capacidade de interação social e raciocínio, falta de estímulo e reação frente a situações diversas, além de alterações de apetite e sono. O indivíduo que sofre deste transtorno em níveis mais graves também pode entender que somente o fim da vida seria capaz de resolver seus problemas.
 
O alto índice de diagnósticos de depressão no Brasil e no mundo preocupa especialistas e pesquisadores da área da saúde, que buscam alternativas mais eficazes no tratamento de pacientes com o quadro.
 
Pioneira em duas técnicas de neuromodulação, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo está recrutando pacientes com o transtorno depressivo, mediante contato prévio e atendimento a alguns pré-requisitos, para acompanhamento em pesquisa e tratamento inéditos desenvolvidos por especialistas da instituição. A técnica, chamada Trigeminal Nerve Stimulation (TNS), em português Estimulação do Nervo Trigêmeo, consiste no estímulo da atividade cerebral por corrente elétrica e auxilia no tratamento mais rápido e eficiente em pacientes com transtornos mentais.
 
"O tratamento consiste no uso de corrente elétrica para estimular a atividade de nervos, localizados na testa e atrás das orelhas, com ligação direta ao cérebro. Essa provocação faz com que o cérebro regule sua atividade – aumentada ou diminuída, dependendo do transtorno apresentado – e que o paciente apresente melhora nos sintomas sentidos", explica o Dr. Quirino Cordeiro, Chefe do Departamento de Psiquiatria da FCMSCSP e um dos coordenadores da pesquisa.  
 
"Em um estudo inicial com 40 pacientes, inédito no mundo com essa técnica, realizamos 10 sessões de estimulação do nervotrigêmeo (TNS). Os pacientes submetidos à estimulação apresentaram melhora de, em média, 64.5% dos sintomas depressivos após o protocolo e mantiveram esse avanço por cerca de 1 mês", diz.
 
A técnica já tem sido testada em pacientes com outros transtornos mentais como esquizofrenia, dependência química, fobia social, transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, entre outros, e apresentado excelentes resultados.
 
"Já acompanhamos, por exemplo, um paciente que sofria de esquizofrenia e tinha constantes alucinações vendo e ouvindo coisas que não existiam. Os remédios aplicados no tratamento auxiliavam muito pouco na melhora destes delírios. A partir da implantação desta técnica, que estimula a atividade de partes do cérebro, percebemos uma melhora importante no quadro deste paciente", explica o Dr. Quirino.
 
Agora os especialistas vão iniciar o acompanhamento em pacientes com quadros depressivos e buscam por voluntários para a pesquisa e tratamento. Para participar, a pessoa deve ter entre 18 e 60 anos de idade, precisa estar diagnosticada com quadro depressivo e pode, ou não, já estar em tratamento.
 
Os contatos podem ser realizados pelo e-mail: laboratorio.caism@gmail.com ou pelo telefone (11) 3466 2105.
 

Artigos Relacionados...

Artigos

Desejos para a saúde em 2025

Nações, companhias, organizações da sociedade civil e o próprio ser humano costumam renovar pactos, redefinir estratégias e realinhar objetivos a cada final ou início de ciclo. Estes momentos de reflexão

CCT saúde
Convenções Coletivas

Firmada CCT com Sindicato dos Médicos de São Paulo

Informe SindHosp Jurídico nº 125-A/2024 FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOSMÉDICOS DE SÃO PAULO – SIMESP, VIGÊNCIA DE 1º DE SETEMBRO DE 2024A 31 DE AGOSTO DE

Curta nossa página

Siga nas mídias sociais

Mais recentes

Receba conteúdo exclusivo

Assine nossa newsletter

Prometemos nunca enviar spam.

error: Conteúdo protegido
Scroll to Top