Mais de 600 especialistas de diferentes nacionalidades, sendo um terço representada por países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, reuniram-se na Conferência Internacional de Uso Clínico do PET-CT e Imagem Molecular, a “IPET 2015”, realizada em Viena, na Áustria, entre os dias 5 a 9 de outubro. Neste ano a temática proposta foi a abordagem da tecnologia PET-CT na era da multimodalidade da imagem e terapia guiada por imagem.
Organizada pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) a atividade congrega médicos nucleares e profissionais das diversas áreas ligadas à especialidade – como radiologistas, oncologistas, tecnólogos em MN, radiofarmacêuticos e físicos médicos, sendo um terço deles de países em desenvolvimento, em um encontro marcado pelo caráter educacional, científico, multidisciplinar e dinâmico.
O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), Claudio Tinoco Mesquita, e o vice-presidente, Juliano Cerci, representaram a entidade e o País, juntamente com outros brasileiros e membros da Sociedade que estiveram presentes no encontro.
Em entrevista concedida ao jornal da IAEA, Tinoco pode expressar a importância da Conferência para o aperfeiçoamento e desenvolvimento da especialidade no Brasil. “Não há nenhuma conferência como IPET", relatou à reportagem. Segundo ele, trata-se de um momento ímpar para compartilhar experiências e expandir os horizontes de atuação da MN. Leia a íntegra da reportagem no site da IAEA
Mesquita apresentou ainda o panorama da aplicabilidade do PET-CT no Brasil, que embora extremamente potencial, ainda é subutilizado no país, em especial no campo da saúde pública.
Em busca de suporte no sentido de transformar a conjuntura da medicina nuclear no país, Mesquita e Cerci solicitaram uma reunião com o Embaixador do Brasil na IAEA em Viena, Laércio Antonio Vinhas (ao centro/foto acima – divulgação/SBMN). Com um histórico de atuação na Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e no Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), Vinhas conhece de perto a realidade enfrentada no país.
A diretoria da SBMN levou ao Embaixador uma carta com os principais desafios e oportunidades enfrentados pela medicina nuclear e discutiu formas de potencializar a interação com a IAEA com o objetivo de acelerar a expansão da prática da medicina nuclear no Brasil, tanto de modo quantitativo como qualitativo. “Diversas linhas de ação foram discutidas e desdobramentos serão empreendidos após esta reunião importante para a SBMN”, relatou Mesquita.
A situação da especialidade, que tem preocupado os especialistas, será amplamente abordada durante o XXIX Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear, a ser realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 26 de outubro. O encontro reunirá inclusive representantes de esferas governamentais, dos centros e serviços de medicina nuclear e pesquisadores internacionais. O programa e as inscrições podem ser feitas por meio do site oficial do Congresso (http://www.sbmn.org.br/congresso/)
Pesquisadores brasileiros têm trabalhos premiados
Dois dos 11 trabalhos premiados na sessão de pôsteres da IPET 2015 são de autoria de pesquisadores brasileiros da Unicamp (Universidade Estadual Campinas) e Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
A SBMN parabeniza cada um dos autores pela conquista, que representa o reconhecimento entre os pares no mais importante encontro de PET-CT do mundo e demonstra o potencial do Brasil na produção científica!.
A entidade congratula também os trabalhos mencionados na sessão de Highlights da Conferência, também de brasileiros, de instituições da USP e Universidade Federal Fluminense.
Acesso gratuito ao conteúdo IPET 2015
É possível acessar gratuitamente e online a palestras e outras informações disseminadas durante o Congresso IPET 2015, pelo site: http://bit.ly/1MvQ6zF
“É um conteúdo muito rico para médicos nucleares, residentes, clínicos, oncologistas, tecnólogos, físicos, radiofarmacêuticos, biólogos, biomédicos, enfim qualquer um que tenha interesse pela área”, ressalta o presidente da SBMN, Claudio Tinoco Mesquita.