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Gilberto Kassab participa de evento da FESAÚDE-SP e ComSaúde

Secretário de Governo e de Relações Institucionais do Estado de São Paulo recebeu, durante o encontro, o Guia de Ações Municípios Saudáveis

No último dia 12 de novembro, a FESAÚDE-SP e o Comitê do Complexo Produtivo e Econômico da Saúde e Biotecnologia (ComSaúde) realizaram uma reunião plenária que contou com a presença do secretário de Governo e de Relações Institucionais do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab, que também é presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD). Na ocasião, o secretário abordou as realizações, perspectivas e desafios políticos e econômicos para o Brasil. “Kassab tem uma visão e um entendimento da política nacional que poucos têm. Nesse momento que antecede a posse dos que assumirão as prefeituras em janeiro de 2025, é importante ouvir o que nós, do setor da saúde, podemos esperar dos novos Executivos municipais”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da FESAÚDE-SP, Francisco Balestrin, na abertura do encontro.

            O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e diretor Titular do ComSaúde, Ruy Baumer, destacou a importância de retomar a competitividade da indústria nacional. “Precisamos criar no país um ambiente que facilite os negócios e promova o crescimento e a inovação. Além de segurança jurídica e de ações governamentais estratégicas, o mercado precisa ser sustentável, com demanda garantida por parte dos estabelecimentos que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS)”, frisou Baumer.

            O secretário Gilberto Kassab iniciou sua fala ressaltando os números otimistas da economia brasileira, com geração de empregos e baixa taxa de desemprego. “Há uma necessidade urgente, porém, de promover o equilíbrio fiscal. Precisamos estar atentos às próximas ações da equipe econômica”. Especificamente sobre saúde, Kassab reiterou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sempre deixou claro que o setor é e continuará sendo prioridade na atual gestão. “Durante as eleições municipais tive acesso a centenas de pesquisas de opinião pública. Todas, sem exceção, traziam a saúde como preocupação dos eleitores. A tabela SUS paulista, uma das primeiras medidas do Governo do Estado, tem aumentado o volume de serviços dos hospitais filantrópicos e melhorado a assistência aos paulistas. O grande problema do SUS é a falta de financiamento federal, aliás, a atual tabela SUS é um dos principais problemas do governo Lula”, acredita Kassab.

            Convicto de que as demandas em saúde irão aumentar nos próximos anos, o secretário enfatizou que São Paulo, que responde por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, é um solo fértil para os investidores. “O governo estadual tem políticas públicas sérias de longo prazo e um bom ambiente para novos investimentos”, acredita. Segundo ele, a geração de um Brasil mais justo, com igualdade de oportunidades para todos, incluindo educação pública de qualidade e um sistema de saúde mais eficiente, deve ser a principal bandeira da Nação. “O fato de São Paulo estar nas mãos do Tarcísio, que tem mais seis anos de gestão, nos dá certa tranquilidade com relação ao futuro do país”, afirmou o secretário, apostando na reeleição do atual governador, em 2026.

            Gilberto Kassab defendeu o estabelecimento de critérios democráticos mais rigorosos para futuras candidaturas. “Nas eleições municipais, oito grandes cidades brasileiras, incluindo São Paulo, quase passaram a ser administradas por novatos, sem conhecimento do sistema político ou de gestão pública. Isso sim pode causar enorme instabilidade ao país. Talvez devêssemos pensar em reduzir o número de partidos para evitar candidaturas oportunistas”, afirmou. Outro grande problema brasileiro, na opinião do secretário de Governo e de Relações Institucionais de São Paulo, é o montante de recursos destinado às emendas parlamentares. “Este ano são R$ 50 bilhões. É um volume exorbitante de dinheiro sem transparência e sem vínculo a programas de governo que beneficiem a sociedade. Infelizmente, essa realidade tem se alastrado para as assembleias legislativas e câmaras municipais, engessando a capacidade de investimento do Estado”, finalizou Kassab.  

            Guia de Ações Municípios Saudáveis

            O presidente do Conselho de Administração da FESAÚDE-SP, Francisco Balestrin, entregou ao secretário Gilberto Kassab um exemplar do Guia de Ações Municípios Saudáveis – Transformando Comunidades, Cuidando de Pessoas. A publicação foi idealizada pela FESAÚDE-SP, SindHosp e Colégio Brasileiro de Executivos em Saúde (CBEXS), com o intuito de contribuir para a construção de uma agenda inovadora e positiva, que leve a uma melhor organização e gestão do sistema de saúde municipal e que atenda às necessidades da população paulista.

            “O PSD, partido presidido por Kassab, foi o que mais elegeu prefeitos no país este ano. No total, são 887 cidades, incluindo cinco capitais. Mais de 37 milhões de brasileiros serão governados por prefeitos do PSD a partir de 2025. Nosso objetivo é que o documento seja propagado para o maior número possível de prefeituras e que isso leve a políticas públicas fundamentadas em dados, planejamento estratégico e ações coordenadas, melhorando o acesso e a qualidade da assistência à população”, defende Balestrin. O Guia de Ações Municípios Saudáveis está disponível para download. Clique aqui.

            Macrotendências

            Para finalizar o evento, o presidente do Centro das Indústria do Estado de São Paulo (CIESP) e vice-presidente da Fiesp, Rafael Cervone, apresentou um estudo sobre as macrotendências na área da saúde até 2040. Como fatores apontados como “certos”, encontram-se os crescimentos da renda, o populacional e o envelhecimento. “Nos próximos 26 anos, o PIB mundial deve aumentar 70%, passando para US$ 233 trilhões; o PIB per capita subirá 44%; a população mundial vai crescer 18% e o número de idosos, 77%. A demanda em saúde vai subir, assim como a incidência de doenças crônicas. A medicina personalizada e a saúde digital terão cada vez mais espaço”, afirmou Cervone.

            Além das lideranças citadas nesta reportagem, participaram do evento a presidente do Conselho Superior Feminino da Fiesp (Confem), Marta Lívia Suplicy; o presidente do Conselho Superior de Responsabilidade Social da Fiesp (Consocial), Raul Cutait; o diretor adjunto do ComSaude e CEO da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro; o diretor adjunto do ComSaude e vice-presidente da Abimo, Franco Pallamolla; o presidente do Instituto Coalizão Saúde (ICOS), Giovanni Guido Cerri; a diretora Executiva do SindHosp e FESAÚDE-SP, Larissa Eloi; o diretor Técnico da FESAÚDE-SP, Jean Gorinchteyn; a diretora Executiva do CBEXS, Tacyra Valois; o vice-presidente da FESAÚDE-SP, Yussif Ali Mere Jr; o presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Gustavo Ribeiro; o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (Abimed), Fernando Silveira Filho; entre outros.

            Clique aqui e assista a íntegra do evento, no Youtube.

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Evento debate reforma tributária e seus reflexos na saúde

O SindHosp, a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Associação Paulista de Medicina (APM) realizaram, no dia 18 de agosto, o evento Saúde e Reforma Tributária no Brasil – Impactos e Próximos Passos. Realizado na sede na APM, na Capital paulista, o debate, que aconteceu de forma híbrida, reuniu cerca de 250 participantes, entre lideranças do setor, deputados, senadores, empresários, médicos e profissionais da saúde.

Apresentado pela diretora Executiva do SindHosp, Larissa Eloi, o evento foi aberto oficialmente pelos diretores de Defesa Profissional da AMB e da APM, José Fernando Macedo e Marun David Cury, respectivamente. “A reforma tributária preocupa os médicos porque pode trazer aumento de carga. Por isso é importante debatermos o assunto para que a reforma não onere o setor, levando à insolvência alguns estabelecimentos e sobrecarregando o Sistema Único de Saúde (SUS)”, frisou Marun Cury.

Dados apresentados pelos painelistas mostram a urgência e importância da aprovação da reforma tributária para o desenvolvimento do país. De acordo com o Doing Business 2020, documento do Banco Mundial, o Brasil está entre os dez piores países do mundo para pagar impostos. Em média, as empresas brasileiras gastam de 1.483 a 1.501 horas por ano com obrigações tributárias, contra uma média de 164 horas verificada nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Desde a Constituição de 1988 foram editadas cerca de 450 mil normas tributárias no Brasil, nas três esferas de governo. Isso dá uma média de 35 novas normas por dia útil, provocando um cenário de enorme insegurança jurídica. Essa burocracia gera um custo anual estimado em R$ 430 bilhões, valor que é repassado a produtos e serviços e faz com que o Brasil fique também entre os piores lugares do mundo para se investir. Há dez anos, a indústria nacional era a nona mais importante do mundo. Atualmente ocupa a 15ª colocação, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse período o país perdeu 10% das suas indústrias.

Tudo isso mostra a relevância da reforma tributária que tem, segundo os painelistas, a missão de simplificar o sistema, de ser neutra, ou seja, não onerar a já pesada carga tributária existente, e beneficiar a camada menos favorecida da população, afinal, 90% dos brasileiros têm renda mensal de até três salários-mínimos. Reduzir o contencioso fiscal, valor que atualmente alcança 60% do Produto Interno Bruto (PIB), ou cerca de R$ 5,7 trilhões, também é um dos objetivos.

O que foi discutido

O evento foi dividido em três painéis de apresentações, mais um de debates. O de abertura trouxe um breve histórico e o contexto atual da reforma tributária, com as participações do empresário e ex-deputado federal, Alexis Fonteyne; do assessor Político e Econômico da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo; e moderação do presidente da AMB, César Eduardo Fernandes.

“Como empresário posso afirmar que temos um dos piores sistemas tributários do mundo e um péssimo ambiente de negócios. Estamos atrasados quando nos comparamos à maioria dos países e a PEC 45, aprovada pela Câmara dos Deputados, traz modernidade ao nosso sistema. Isso é salutar para a economia”, afirmou o ex-deputado federal, Alexis Fonteyne, acrescentando que vê a proposta aprovada como “a PEC do emprego no país”.

O representante da ACSP, porém, não se mostrou tão otimista com o texto-base da reforma aprovado pela Câmara. “Estamos nos baseando em experiências internacionais, mas nenhum país do mundo tem a nossa complexidade, com três níveis federativos. Na minha opinião, tínhamos que discutir a desoneração da folha de salários primeiro. Além disso, uma lei complementar vai regulamentar muitos pontos importantes e não sabemos o que poderá acontecer”, ponderou Marcel Solimeo. Para ele, o longo período de transição entre o atual e o novo sistema também pode causar uma desorganização no sistema de preços e na economia.

O fato é que a reforma tributária está em discussão há aproximadamente 30 anos no país e por nove vezes, desde a Constituição de 1988, o Congresso tentou aprovar mudanças no sistema, sem sucesso. Um pouco dessa história e de como ocorreram as negociações para que o texto da PEC 45 fosse, enfim, aprovado foi apresentado no segundo painel: a reforma tributária no âmbito da Câmara dos Deputados. Participaram das discussões os deputados federais Jonas Donizette, Vitor Lippi e Pedro Westphalen, moderados pelo presidente do SindHosp, Francisco Balestrin.

Todos acreditam que a proposta aprovada pela Câmara é a mais viável para o país. Lippi defendeu o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), proposto pela PEC 45. “Este modelo está presente em 89% dos países do mundo e é reconhecido pela OCDE”, lembrou. O deputado ressaltou, ainda, que a redução no número de indústrias nacionais ocorrida na última década contribuiu para o empobrecimento da população. “A indústria é um dos setores que mais emprega. Cada vaga na indústria gera três postos de trabalho em outros setores. Na saúde, dos R$ 150 bilhões em produtos e materiais consumidos anualmente no país, R$ 100 bi são importados”.

A proposta aprovada pela Câmara dos Deputados pode não ser a melhor, mas é a factível, segundo o deputado Pedro Westphalen. “Grandes e pequenos municípios têm posições divergentes sobre a reforma. Imaginem a dificuldade para chegar a um meio termo”, sentenciou. Jonas Donizette afirmou que é impossível querer resolver todos os problemas tributários do país com uma única PEC. “Não podemos nos perder nos detalhes”, disse.

O último painel antes dos debates abordou a reforma tributária no âmbito do Senado Federal e contou com a presença do senador Roberto Rocha e mediação do presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral. As dificuldades encontradas pelos deputados para chegar a um texto-base que pudesse ser aprovado também será enfrentada pelos senadores. “O combustível da política é a saliva, por isso é a arte do convencimento. É uma estupidez haver divergências entre o social e o econômico, porque só se combate a pobreza gerando riquezas”, acredita Rocha.

O senador defendeu o tempo de transição proposto para que todos os entes federativos possam se organizar e lembrou que quanto mais exceções houver, maior será a alíquota do IVA. “A reforma tributária é urgente, principalmente para a população mais carente, que paga proporcionalmente mais imposto do que os ricos”. Segundo ele, o país precisa sair da exploração política da pobreza.

Debates

Além dos panelistas já citados, o debate contou com a participação do presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Breno Monteiro, e moderação do diretor Jurídico da mesma entidade, Marcos Ottoni. “Em 179 países do mundo que operam com o IVA, em 82% a saúde não é tributada. Sabíamos que seria difícil aprovar alíquota zero para o nosso setor, por isso, passamos a defender que não houvesse aumento de carga tributária. Fomos bem-sucedidos, com a redução de 60% da alíquota. É uma conquista que traz justiça e isonomia a esse setor tão importante para a população”, afirmou Monteiro, ressaltando que a CNSaúde participou de mais de 200 reuniões no Congresso para que esse resultado pudesse ser alcançado.

A desoneração da folha de salários para a saúde foi defendida durante os debates pelo deputado federal Pedro Westphalen. “Ela passou a ser fundamental após a aprovação da lei 14.434, que cria pisos salarias nacionais para os profissionais da enfermagem”. Por fim, o deputado Vitor Lippi lembrou que o Simples nacional não mudará com a aprovação da reforma tributária. “Isso contempla 80% das empresas nacionais, que tem faturamento anual de até R$ 4,6 milhões”.

No final do evento, os presidentes das entidades promotoras concordaram que, com o que foi exposto, a reforma tributária é necessária e urgente. “Ela interessa antes de tudo ao cidadão, por isso temos que nos empenhar para que ela seja aprovada esse semestre pelo Senado”, finalizou o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin.

Manifesto

Na saída do evento, o SindHosp, AMB e APM entregaram aos participantes um manifesto que pede a manutenção da atual carga tributária para as sociedades uniprofissionais e ampliação do percentual de redução da alíquota para 70%.

Clique aqui e leia a íntegra do manifesto

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