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A importância do Accountability na saúde: corresponsabilização e sentimento de dono

A gestão de Recursos Humanos é estratégica em hospitais, clínicas e laboratórios. Motivar e engajar colaboradores, clientes e parceiros significa mais qualidade, segurança e produtividade na prestação de serviço de saúde. Em mais um Papo da Saúde Especial Hospitalar, o SindHosp e a FESAÚDE receberam em seu estande os médicos Hamilton Rocha, superintendente médico do Grupo DOC, e Tatiana Fiscina, diretora médica dos Hospitais da Rede Américas, para falar sobre o tema “A Gestão Especializada de Escalas gera Accountability?”. A íntegra deste bate-papo está disponível no canal oficial do SindHosp no YouTube.

Moderado por Daniel Machado, diretor de Operações do SindHosp, o videcast teve duração de cerca de meia hora e permitiu que os convidados falassem mais sobre o Accountability. “É uma palavra inglesa sem tradução para outros idiomas. O que esperamos de uma pessoa ao cumprir uma determinada função é corresponsabilização e sentimento de dono”, explicou Hamilton Rocha, do Grupo DOC.

Para Tatiana Fiscina, é preciso que as pessoas se importem com tudo o que está girando em torno daquele universo. “Cada pessoa e cada processo importam para o resultado final”, resumiu. “E isso vale para todo mundo, não apenas o médico. A enfermeira, o assistente de enfermagem, o técnico, a equipe de limpeza, o porteiro, os seguranças, o pessoal do administrativo, a recepção, enfim, a orquestra tem de funcionar como se deve. Daí a necessidade de ter todo mundo treinado”.

Em relação às escalas, Hamilton Rocha diz que o accountabillity pode fazer a diferença. “Em um time com accountability, todos se ajudam e o resultado é melhor. Isso muda o desfecho e melhora a produtividade”, disse o executivo do Grupo DOC. “E são importantes indicadores que demonstrem engajamento e eficiência capazes de bonificar os melhores profissionais”.

A diretora médica dos Hospitais da Rede Américas defende o investimento em modelos de remuneração e benefícios para obter a lealdade das pessoas. “Para além de salário e remuneração, há outras iniciativas capazes de engajar um cirurgião, por exemplo: oferta de sala cirúrgica, horário conveniente, bom atendimento, boa vaga de garagem, upgrade de acomodação em relação ao plano dos pacientes e assim por diante”, elencou Tatiana Fiscina. “É importante que o profissional se sinta acolhido e desperte seu sentimento de engajamento, justamente por se sentir mais bem tratado”.

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A análise de dados voltada para a jornada do paciente

A análise de dados usada para incrementar a jornada do paciente. A tecnologia focada em pessoas. Esse o tema do Papo da Saúde Especial Hospitalr que tratou do tema “Desmistificando o People Analytic”. O diretor de Operações do SindHosp, Daniel Machado, conversou com Felipe Guimarães, executivo de Novos Negócios da MakeOne, uma empresa especializada em experiência de cliente. Confira abaixo a íntegra da entrevista.

Segundo o convidado do Papo da Saúde, o conceito de People Analytic traça uma linha muito tênue entre tecnologia e análise de pessoas. “Esse conceito une o que você faz com um volume de dados muito grande relacionado a pessoas, permitindo que um gestor transforme dados em informação”, explicou Felipe Guimarães.

O entrevistado do SindHosp explica que uma parte importante do seu trabalho é analisar os pontos de contato com o paciente e identificar as oportunidades de melhora em cada etapa dessa jornada. “Existem indicadores de mercado mostram uma relação direta entra as notas recebidas pelas empresas e a empatia com as pessoas. Houve casos em que mais de 70% das reclamações se restringiam a um único colaborador. Daí a necessidade de entender todo o processo, fazendo uma coleta de dados e processando esses dados com plataformas que aceleram essa análise”.

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‘O foco agora é em saúde digital e gestão da inovação’, diz Luiz Messina

O videocast Papo da Saúde recebeu o engenheiro eletrônico Luiz Ary Messina, referência nacional em inovação na saúde, que falou sobre os rumos da telessaúde e da telemedicina no Brasil e no mundo. Em entrevista a Francisco Balestrin, presidente da FESAÚDE e do SindHosp, o coordenador nacional da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), iniciativa vinculada à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), deu mais detalhes sobre a infraestrutura de conectividade e colaboração para instituições de ensino e pesquisa voltada à área da saúde no país. Para assistir à íntegra do bate-papo, clique aqui.

 

Rede com 140 hospitais

 

Formado pela Universidade de Brasília, com mestrado em Engenharia da Computação na Unicamp e doutorado em Computação Gráfica na Technische Universitaet Darmstadt da Alemanha, onde permaneceu por dez anos como professor assistente, Luiz Messina começou o trabalho que culminaria na formação da RUTE em seu estado natal, o Espírito Santo. “Implantamos em clínicas e hospitais de lá um sistema de gestão hospitalar com foco no faturamento, um módulo preciso, o que nos permitiu conhecer bem as áreas hospitalares, incluindo farmácia, fracionamento de medicamentos, controle de estoque e o então incipiente prontuário eletrônico”, lembrou Messina.

 

 

O sucesso dessa experiência abriu caminho para o surgimento de uma iniciativa mais ambiciosa, criar um projeto de telemedicina no Brasil, ainda nos anos 2000, portanto, há mais de 20 anos. “Assim nasceu a RUTE, hoje uma rede que interliga 140 hospitais universitários e de ensino, onde existem espaços colaborativos voltados aos chamados Grupos de Interesse Especial (SIG, na sigla em inglês)”, revelou Messina, que coordena a RUTE. “Desde então, temos 40 a 50 grupos do tipo SIG todos os anos, com estrutura para discutir diariamente e de forma científica questões voltadas a áreas como Cardiologia, Urologia, Saúde de Criança e Adolescente, Saúde Indígena e assim por diante. Durante a pandemia, rapidamente, criamos um SIG Covid, que realizava sessões semanais com palestrantes do mundo todo”.

 

SUS Digital

 

O entrevistado do Papo da Saúde informou que seu objetivo atual é ampliar a atuação da RNP na área de saúde. “Temos o SUS Digital, com a inauguração do laboratório Inova SUS Digital, e a inteligência artificial. Essa área vai crescer com tantos avanços. Estamos trabalhando para mostrar a importância das aplicações digitais na área da saúde”, acrescentou Luiz Messina. “Depois da pandemia, houve um entendimento de que a prática da assistência remota é importante e vai acontecer cada vez mais. O momento agora é de todas as universidades, todos os institutos de pesquisa, aderirem mais à saúde digital, também na assistência, com enfoque na gestão e, em particular, na gestão da inovação que é um ponto fundamental na área da saúde”.

Luiz Messina também falou da expansão da conectividade da RUTE na América Latina, com a adesão de outros países. Também destacou o trabalho para o crescimento desse conectividade junto a demais países de língua portuguesa. “O Projeto Genoma, que faz parte da rede e-Ciência da RNP, já tem demandado capacidade de transmissão de dados de 100 a 200 gigabytes. Assim como temos um cabo de fibra ótica submarino ligando a África às Américas e anéis integrando redes metropolitanas no Brasil. Há um trabalho integrado para ampliar a conectividade entre instituições de ensino e pesquisa na área da saúde em todos os níveis”, disse Messina.

 

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‘Paciente bem cuidado é menos oneroso’, diz presidente da Unidas  

O videocast Papo da Saúde recebeu Mário Jorge Vital, que assumiu no início deste ano de 2025 a presidência da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), associação das operadoras de autogestão responsáveis pela saúde de mais de 4 milhões de brasileiros. Com 27 anos de atuação na Caixa de Assistência (Cassis) e formação na área contábil, o paraibano Mário Jorge conversou com Francisco Balestrin, presidente do SindHosp/FESAÚDE-SP e vice-presidente da CNSaúde, e falou sobre os desafios da Saúde Suplementar do ponto de vista das instituições de autogestão. Clique aqui, para assistir à íntegra da entrevista.

 

Qualidade assistencial e gestão financeira

 

Segundo Mário Jorge, as instituições de autogestão são entidades sem fins lucrativos, que cumprem uma função social, mas dependem de superávit para manter sua sustentabilidade econômico-financeira. “As instituições de autogestão começaram a surgir nas décadas de 1950 e 1960 e foram se estruturando a partir das necessidades e das demandas dos usuários, tendo a solidariedade como princípio básico. Só vamos trazer sustentabilidade quando todo o sistema for centrado no paciente, no beneficiário”, defendeu o presidente da Unidas, que reúne mais de 100 instituições filiadas. “Precisa de um cuidado organizado e integral”.

 

 

Mário Jorge reconhece que a autogestão depende de provimento de recursos, mesmo com foco no assistencial. “Temos uma boa gestão do econômico-financeiro justamente para reverter os recursos em qualidade de atendimento. Com uma assistência de qualidade, a gestão financeira fica menos desafiadora. Assistência e gestão financeira não são concorrentes ou paradoxais. Na verdade, um incentiva o outro, são complementares. O paciente bem cuidado é menos oneroso para a operadora de saúde”, defendeu Mário Jorge.

 

Autogestão e envelhecimento

 

O entrevistado do Papo da Saúde também defendeu menos assimetria de informações e mais compartilhamento de dados no setor, com foco em desfechos clínicos. “Este é o desafio da cadeia, sair da atual remuneração por produção e migrar para uma remuneração por resultados assistenciais”, sustentou Mário Jorge. “Temos de remunerar melhor quem cuida bem dos pacientes”.

O presidente da Unidas informou que as instituições de autogestão respondem por 9% dos usuários de hospitais, mas representam 30% das receitas desses mesmas organizações. Segundo ele, isso se dá porque as instituições de autogestão garantem a permanência dos idosos no sistema. “No Brasil, o índice de envelhecimento, que mede a relação entre maiores de 60 anos e menores de 14 anos, é de 55%. Na saúde suplementar, esse índice é superior ao da sociedade brasileira, chegando a quase 80%. Na autogestão, o índice dispara para 175%”, disse Mario Jorge. “Temos um amadurecimento da população e a autogestão já está cuidando do idoso”.

 

 

Do ponto de vista das políticas públicas, Mario Jorge acredita que o Ministério da Saúde deve capitanear uma transformação, já que a saúde suplementar faz parte do SUS. “Precisamos de mais eficiência, de interoperabilidade, de prontuários únicos, com todos os cuidados necessários para esse processo. A fragmentação do cuidado traz desperdício”, acredita Jorge.

 

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‘As mulheres precisam de mais representatividade’, diz Marta Lívia Suplicy

Em celebração à semana da mulher, o SindHosp e a FESAÚDE-SP realizaram uma edição especial do videocast “Papo da Saúde”, com foco no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. A convidada foi Marta Lívia Suplicy, presidente do Conselho Superior Feminino (COFEM) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Comandada por Francisco Balestrin e Larissa Eloi, presidente e CEO do SindHosp/FESAÚDE-SP, respectivamente, a conversa girou em torno da importância da equidade de gênero, da união entre as mulheres e dos desafios enfrentados no mundo corporativo e industrial. Para assistir à íntegra deste Papo da Saúde, clique aqui.

“Acredito na ideia de irmos todos juntos. Não é uma briga por espaço, mas uma cultura de respeito e responsabilidade coletiva”, destacou a entrevistada, enaltecendo o papel da saúde nesse processo. “Prédio não se constrói de cima para baixo, é preciso fundação; e a saúde é a grande base de qualquer forma de liderança, seja na indústria ou qualquer outra área”.

 

Voz às mulheres

 

A gaúcha Marta Lívia Suplicy compartilhou sua trajetória profissional, desde a formação em Zootecnia até sua atuação na indústria e em movimentos femininos, além de pós-graduações diversas, incluindo em Ciências Políticas. Ela destacou a importância da participação em movimentos para fortalecer a representatividade feminina. “O COFEM busca aglutinar as mulheres do mundo corporativo e da indústria, dando voz a quem não tinha”, afirmou Marta Lívia Suplicy, ressaltando o papel do conselho em articular políticas públicas e promover a equidade de gênero.

 

 

A saúde mental da mulher também foi um tema central no debate. A convidada especial apresentou dados sobre o impacto da liderança feminina na saúde mental e destacou a importância de abordar o tema. O programa “Elas na Indústria”, iniciativa do COFEM, foi mencionado como um exemplo de ação que oferece mentoria e apoio às mulheres, incluindo cuidados com a saúde mental. “A saúde mental é um tema crucial, com dados sobre o impacto em mulheres em cargos de liderança”, disse Marta Lívia Suplicy, enfatizando a necessidade de atenção e cuidado com o bem-estar feminino.

 

Papel político

 

O papel político da mulher também foi discutido, com exemplos de primeiras-damas e ministras que se destacaram. Marta Lívia Suplicy ressaltou a importância de valorizar as plataformas de mulheres e de votar em candidatas qualificadas. “As mulheres representam 54% do eleitorado, integram 43% da força produtiva nas empresas e têm apenas 12% de representatividade; é fundamental que usem esse poder para eleger representantes que defendam seus interesses”, afirmou a entrevistada, destacando a necessidade de maior participação feminina na política.

Ela concluir sua fala com uma reflexão sobre o papel dos homens no apoio ao crescimento das mulheres e na promoção da igualdade. Marta Lívia Suplicy enfatizou a importância de reconhecer as aptidões e competências femininas e de respeitar o crescimento das lideranças femininas. “É preciso promover a ‘fofoca reversa’ e servir de retaguarda para as mulheres que estão em posição de liderança”, disse a convidada, incentivando a união e o apoio mútuo entre as mulheres.

 

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‘Não temos planos de saúde, mas intermediários financeiros’, diz o consultor Adriano Londres

Especialista em saúde suplementar, o economista Adriano Londres não mede palavras ao analisar a atual situação do setor, principalmente em relação aos planos de saúde coletivos. “Vivemos uma hipocrisia coletiva. Fazemos muito menos do que poderíamos para tornar esse setor um pouco mais eficiente. Claro que existem problemas ligado à economia do país, há uma correlação entre emprego, PIB e número de beneficiários, mas sabemos que somos pouco eficientes na gestão do cuidado e do recurso”, criticou o sócio da consultoria técnica Arquitetos da Saúde a Francisco Balestrin, presidente do SindHosp e FESAÚDE-SP e vice-presidente da CNSaúde, durante o videocast Papo da Saúde. Clique aqui e assista à integra da entrevista.

“Vivemos uma hipocrisia coletiva. Fazemos muito menos do que poderíamos para tornar esse setor um pouco mais eficiente”

No papo, Balestrin lembrou que Adriano Londres participou com ele da fundação da Anaph, em 2001, e que pertence a uma família tradicional de médicos: “Seu avô criou a Clínica São Vicente no Rio de Janeiro”. O convidado contou que seu sobrenome vem da Paraíba e falou de suas passagens pelo Hospital do Coração e Qualicorp antes de fundar sua consultoria. “O arquiteto tem de projetar sonhos com orçamento, é um pouco o nosso trabalho na área da saúde”, contou Londres.

 

Sem qualidade nem prevenção

Para Adriano Londres, a saúde suplementar precisa de um choque de gestão se quiser se tornar mais eficiente. Segundo ele, somente 7% dos hospitais privados do país têm acreditação e as operadoras investem apenas 0,25% de sua receita em planos reconhecidos pela ANS como de atenção à saúde. “Temos problemas reais e complexos, mas a gente pouco tem endereçado esses temas mais estruturantes, sobretudo de qualidade e prevenção. Resultado: em 10 anos, o setor cresceu menos de 1%, mesmo o plano de saúde sendo um objeto de desejo do brasileiro, isso é vergonhoso”, condenou Adriano Londres.

“Em 10 anos, o setor de saúde suplementar cresceu menos de 1%, mesmo o plano de saúde sendo um objeto de desejo do brasileiro, isso é vergonhoso”

Sobre a obrigatoriedade da acreditação para estabelecimentos de saúde, o convidado do Papo da Saúde citou o debate proposto pela filósofa Lúcia Helena Galvão sobre a ética da coerção em contraposição à ética da convicção. “Para que as pessoas ajam de maneira correta, elas precisam sentir que haja a possibilidade de ser penalizadas. Será que teremos de obrigar as instituições a ter um compromisso com qualidade, é isso? Agora, por outro lado, quantas empresas que contratam um plano de saúde sabem exatamente o que é uma acreditação ou quais benefícios a acreditação pode gerar tanto para ele, financiador, como para o beneficiário. Temos uma falha de comunicação, precisamos compilar mais dados associados à qualidade do cuidado”, ponderou Londres.

 

Judicialização da saúde

Francisco Balestrin e Adriano Lopes também discutiram a judicialização da saúde. O entrevistado do Papo da Saúde revelou que o número de processos dobrou de 2021 para 2024, atingindo 300 mil novos casos. “A judicialização é mais um sintoma dos problemas associados à saúde suplementar. Mas é preciso separar o que é legítimo do que não é. O ponto é que a politicagem ocupa um espaço que deveria ser de políticas para saúde, dando margem para a judicialização. E o setor não reage. Qual é a agenda estratégica da saúde suplementar? Não existe”, analisa o economista.

Nós, como Estado, não tratamos a saúde como deveríamos”

Adriano Londres também criticou o financiamento público da saúde no Brasil. “O valor per capta é baixo. Nós, como Estado, não tratamos a saúde como deveríamos”, afirmou o consultor. “Na outra ponta, a saúde suplementar faz menos do que poderia. As operadoras deveriam ser de planos de saúde, mas não temos planos de saúde no Brasil. O que temos são intermediários financeiros que vendem produtos que pagam contas do tratamento de doença”.

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Inteligência Solidária transforma ações sociais em relatórios com resultados

Proprietária da plataforma de gestão de resultados Inteligência Solidária (IS), a assistente social e socióloga Erika Mota Santana participou do “Papo de Saúde – Especial Hospitalar” no estúdio montado no estande do SindHosp. Entrevistada por Larissa Eloi, diretora executiva do SindHosp, a ex-secretária de Direitos Humanos e de Política das Mulheres na ONU falou sobre o uso de tecnologias de Inteligência em prol de ações sociais, em como aumentar o engajamento solidário e na importância das boas iniciativas na saúde dos indivíduos. A íntegra do programa pode ser vista via YouTube, no canal oficial do SindHosp. Clique aqui e acompanhe o bate-papo completo.

Erika contou que nasceu em uma família de “ativistas sociais” e, desde a infância, já se sentia incomodada com a forma como as pessoas enxergam a solidariedade: “Não são todos, mas a maioria ainda vê como uma coisa amadora”. Estudiosa de Inteligência Artificial, se interessou pela tecnologia que existe na solidariedade. Surgiu, então, a ideia de criar uma plataforma voltada a isso.

O “S” do ESG

A IS consegue transformar todas as campanhas sociais em relatório, com mensuração dos resultados. “Dimensionamos de fato o impacto das ações, para que financiadores vejam a importância de continuarem investindo em campanhas humanas”, disse a CEO da IS, que estudou por dois anos em como chegar nessa Inteligência de Solidariedade. Criou então a plataforma de tecnologia IS, que “mensura o S, o Social, do ESG (Environmental, Social and Governance)”.

“Medimos os impactos do que cada um faz pelo social, o investimento em horas, o resultado para a comunidade beneficiada, os objetivos alcançados em desenvolvimento sustentável e assim por diante”, detalhou a entrevistada do videocast do SindHosp. “A plataforma evidencia os resultados por meio de recibos, depoimentos e fotografias das ações. Transformamos o social em material, algo que era imensurável passou a ser dimensionado”.

Essa demonstração de resultados é importante, segundo Erika Santana, na medida em que aumenta a adesão à solidariedade. “O exemplo arrasta, inspira. Quanto mais o evidencio, maior é o engajamento. É uma corrente do bem”, explicou a socióloga. “A plataforma mostra que existe uma inteligência atrás da solidariedade”.

O exemplo inspira

Para Erika Santana, o engajamento não precisa começar por grandes ações. Ela acredita que, se todos ensinarmos desde cedo os filhos a participar de pequenas ações, como não jogar chiclete na rua, o impacto acaba sendo mundial e na saúde de cada um. “Saúde está em tudo, é uma das áreas nevrálgicas da solidariedade. Abrange desde em como você mora, como vive sua vida, até em como trabalha e se locomove. Não se restringe a só estar ou não doente”, acrescentou a socióloga.

De acordo com a entrevistada, pesquisas mostram como atos de ajuda ao próximo aumentam os níveis de hormônios que causam bem-estar. “Praticar solidariedade é ter maior qualidade de vida”, afirmou Erika Santana. “Nossa plataforma demonstra com resultados que fazer o bem faz bem. É fato, e contra fatos não há argumentos”. Para quem tem interesse em se envolver com a Inteligência Solidária, o caminho mais simples e acessível, segundo Erika, é pelo Instagram. Basta acessar @inteligenciasolidariaoficial para ter informações sobre o setor. “O maior poder que temos nas mãos é gerar informações para o próximo”, sentenciou a socióloga.

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Deputado Rafa Zimbaldi analisa saúde do ponto de vista da política

Com quatro mandados de vereador na cidade de Campinas e atual deputado estadual reeleito por São Paulo, Rafael Zimbaldi participou do videocast “Papo da Saúde” do SindHosp. Ele foi entrevistado pelos médicos Francisco Balestrin, presidente do SindHosp e da Fehoesp, e Jean Gorinchteyn, ex-secretário da Saúde de São Paulo e diretor técnico-científico da Fehoesp, e falou sobre saúde e política. A íntegra do programa pode ser vista via YouTube, no canal oficial do SindHosp. Clique aqui para assistir.

Filho de político, Rafa Zimbaldi, como é mais conhecido, cresceu na região de Ouro Verde, hoje o distrito mais populoso de Campinas. “Nasci na periferia, sei o que é morar em uma região carente. Sempre estudei em escola pública, utilizando serviços públicos. Cheguei até a política realizando um trabalho social importante, incentivado por minha mãe, o ‘Projeto Jovens do Futuro’, voltado para a qualificação profissional, que formou mais de 40 mil pessoas”, lembrou o deputado.  

Carência e referência

Desde 2004, Zimbaldi atua como legislador e conhece particularmente bem os bastidores da política paulista. Para ele, a saúde de Campinas reflete um pouco da realidade de outros polos econômicos de São Paulo. “Somos uma cidade rica, com o nono orçamento do país e o segundo do estado: são 9,3 bilhões de reais para o município, sendo 2,1 bilhões somente para a saúde. Ainda assim, as pessoas esperam 800 dias para uma cirurgia ortopédica e mais de 1.200 dias para uma neurocirurgia em Campinas”, criticou o convidado do “Papo da Saúde”.

Segundo ele, além da oferta de recursos públicos, Campinas se tornou referência na área da saúde, com universidades e hospitais de ponta. “Temos o Hospital das Clínicas, o Caism (Hospital da Mulher), o Hemocentro e o IOU (Cirurgia de Cabeça e Pescoço) da Unicamp, o Centro Infantil Boldrini (Câncer Infantil), o Hospital Sobrapar, um dos únicos do mundo a realizar cirurgias de crânio e face, a Faculdade de Medicina e Odontologia São Leopoldo Mandic, com excelência em pesquisas odontológicas, e o próprio Hospital Regional de Sumaré, considerado o melhor hospital público do país”, elencou Rafa Zimbaldi. “Ou seja, existem recursos públicos e conhecimento técnico para evitar que uma pessoa fique 18 horas esperando para ser atendida em um Pronto Socorro”.

Parcerias público-privadas

Rafa Zimbaldi atribui os principais problemas dos grandes centros urbanos ao crescimento desordenado das cidades, com crônica falta de regularização fundiária. Para ele, as filas representam a grande queixa na área da saúde, o que poderia ser solucionado com parcerias entre os setores público e privado. “Temos de levar referências acadêmicas e hospitalares para o setor público. As parecerias público-privadas são necessárias e urgentes. Sim, é caro, mas é possível oferecer benefícios fiscais em troca de atendimento e exames de pacientes do SUS, por exemplo”, opinou o deputado.  

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Rede Mater Dei de Saúde expande os negócios com foco na integração cultural

No terceiro episódio da série “Papo da Saúde Especial Hospitalar 2024”, Thiago Constancio, CEO do MedPortal e coordenador do GT de Gestão de Pessoas do SindHosp, e Laura Schiesari, coordenadora CEAHS na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV, receberam Jose Henrique Dias Salvador, CEO da Rede Mater Dei de Saúde. Em pauta, tendências e inovações na gestão de pessoas no setor da saúde. A íntegra do videocast está disponível no canal oficial do SindHosp no YouTube. Clique aqui para assistir.

Com origem em Minas Gerais no início dos anos 1980, a Rede Mater Dei se tornou referência nacional na expansão de negócios na área da saúde. Depois da abertura de capital (IPO) em 2021, que levantou R$ 1,4 bilhão em investimentos, o grupo adquiriu cinco hospitais, sendo dois em Uberlândia (MG), um em Goiânia (GO), um em Belém do Pará (PA) e um em Feira de Santana (BA). Além disso, inaugurou mais um hospital próprio em Salvador e está construindo novas unidades, uma em Minas Gerais (a ser entregue em agosto) e outra em São Paulo, a primeira na capital paulista, que será erguida no bairro de Santana, na Zona Norte.

“Desde sempre, nossa ideia nunca foi ter um amontoado de hospitais, por isso identificamos ativos já alinhados a nossos valores, ou seja, que fossem referência no mercado, com corpo clínico de referência, que colocassem o paciente como foco, que tivessem bom relacionamento com parceiros e assim por diante”, destacou Salvador. “Investimos em integração cultural, adotando formalidades que respeitam as etapas do processo de integração. A cultura é catalisadora de resultados. Princípios e valores fazem a diferença, sempre respeitando as características regionais”.

“Precisarmos nos perguntar que elementos nos definem. Precisamos ter claro quem somos e como a gente faz para, então, buscarmos as sinergias”

Jose Henrique Dias Salvador, CEO da Rede Mater Dei de Saúde
Inovação tecnológica

Além da gestão do processo de expansão e integração cultural de novas unidades, a Rede Mater Dei também avança na área de inovação tecnológica, adquirindo uma healthtech. “Aquirimos uma empresa de processamento de dados e estamos investindo tanto em soluções para nossas necessidades específicas como também em produtos que podem servir ao mercado de saúde em geral, explorando conceitos como Big Data, Analytics e Inteligência Artificial”, pontuou José Henrique Salvador. “Nosso objetivo é preparar o negócio para o futuro, investindo em eficiência, mas com visão de futuro”.

De acordo com o convidado do Papo da Saúde Especial Hospitalar, as novas tecnologias e a inteligência artificial vão ajudar hospitais em duas frentes. “De um lado, teremos maior conectividade, desburocratizando as relações entre os diversos entes da cadeia, com instituições conversando mais e disponibilizando dados mais claros. Não haverá espaço para empresas fechadas, que trabalham sozinhas, sem colaboração”, explicou o CEO da Rede Mater Dei. “De outro lado, a interação com as pessoas vai ultrapassar o limite das paredes do hospital, estaremos mais próximos das pessoas, com foco em desfechos, transparência na forma como entregamos valor e qualidade assistencial”.

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Breno Monteiro fala dos 30 anos da CNSaúde e dos desafios do setor

Dando sequência à série “Papo da Saúde – Especial Hospitalar”, o presidente da Fehoesp e do SindHosp, Francisco Balestrin, conversou com o presidente da CNSaúde, Breno Monteiro, que falou sobre o papel de sindicatos patronais, federações e, no topo da cadeia, uma confederação para um setor tão vital para o país como o da saúde. Assista à integra da entrevista clicando aqui.

Entidade de terceiro grau do setor da saúde, a CNSaúde acaba de completar 30 anos de existência. Assim como outros segmentos têm seus entes representativos, como a Indústria (CNI), o Comércio (CNC), o Transporte (CNT) e o Agronegócio (CNA), a Saúde também constituiu o seu, nos anos 1990. “Temos um papel fundamental na geração de emprego, somos o terceiro maior empregador do país, e uma importante participação no PIB do Brasil”, destacou Monteiro. “Embaixo da CNSaúde temos oito federações, incluindo a Fehoesp, de São Paulo, que reponde por pelo menos 40% de leitos e empregos da saúde no país”.   

Representação constitucional

Segundo Breno Monteiro, a CNSaúde representa 430 mil empresas privadas de saúde. Ele explica que sindicatos patronais, federações e confederações têm um poder constitucional mais amplo do que associações. “Em assembleias, convenções coletivas e ações judiciais, representamos o conjunto de empresas que compõem o setor da saúde, indiscriminadamente, enquanto uma associação representa tão somente organizações a ela vinculadas. Por exemplo, quando entramos com um Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal, estamos advogando em nome de cada um dos estabelecimentos privados de saúde do país”, explica o presidente da CNSaúde.

Para o presidente da CNSaúde, o principal argumento para justificar contribuições para os sindicatos, tanto patronais como laborais, está no benefício em torno de acordos coletivos. “Cerca de 50% dos custos das empresas de saúde estão associados à folha de pagamento, ou seja, as negociações que antecedem convenções coletivas e dissídios fazem diferença para quem paga e para quem recebe”, enfatizou Monteiro.

“Nos últimos quatro anos, o setor privado de saúde gerou, em média, por ano, mais de 100 mil postos de trabalho no Brasil, sendo 70% de mulheres, com ampla inserção de jovens de 18 a 24 anos no mercado, e mais de 50% de pessoas com nível universitário”

Breno Monteiro, presidente da CNSaúde
Prioridades

Entre as prioridades de sua gestão à frente da CNSaúde, Breno Monteiro destacou a atuação em Brasília, mais especificamente no Congresso Nacional. “Temos uma Frente Nacional de Serviços de Saúde, que tem um papel importante na defesa dos interesses dos diversos agentes da saúde. Lutamos pela desoneração do setor da saúde pela sua importância, criticando algumas distorções da lei”, disse Monteiro.

Outra prioridade é a criação de um Sistema S para a Saúde. “As empresas de saúde já recolhem via INSS um percentual do que arrecadam para o Sistema S do Comércio. Mas Saúde não é Comércio. Pleiteamos um direcionamento desses recursos para uma estrutura de ensino que já existe na área da saúde”, acrescentou Breno Monteiro.

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