Temos a faca e o queijo nas mãos para resolver os problemas da Saúde no Brasil

Nessa entrevista, Yussif Ali Mere Jr fala sobre o futuro do sindicalismo, do SindHosp e da FEHOESP

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Yussif Ali Mere Jr deixa, no próximo dia 1º de junho, a presidência do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), após sete anos e meio à frente da entidade. Na data, toma posse a nova diretoria, eleita em abril, que tem como presidente o médico Francisco Balestrin.

Nessa entrevista, Yussif Ali Mere Jr fala sobre sua experiência no comando do maior sindicato patronal da área da saúde na América Latina, conquistas, os desafios que persistem e seus planos para os próximos anos à frente da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP). Leia, a seguir, a entrevista.

 

SindHosp – O sr foi presidente do SindHosp por mais de sete anos e deixa agora a presidência para se dedicar à FEHOESP, ao Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de Ribeirão Preto e Região (SINDRIBEIRÃO) e à Associação dos Hospitais do Estado de São Paulo (AHESP). Que avaliação, ou balanço, o sr faz dessa experiência à frente do Sindicato?

Yussif Ali Mere Jr – Nós preparamos o SindHosp, desde o início da nossa gestão, para se modernizar. A modernização foi feita não apenas em seu espaço físico, como também em tecnologias e em suas ações. O sindicalismo até então existente era aquele que fazia as convenções coletivas, trabalhava os direitos dos prestadores na área da saúde, mas sabíamos e sabemos que temos que fazer mais. Precisamos trabalhar as relações pessoais, as relações institucionais e como o setor da saúde vai se relacionar com a população brasileira. Sabemos que a tecnologia vai mudar totalmente a relação médico-paciente e as relações institucionais nos próximos anos. Preparamos o SindHosp para o novo sindicalismo, aquele sem a obrigatoriedade do imposto sindical. Estaremos cada vez mais próximos do nosso representado para convidá-lo a estar conosco de modo voluntário, até porque ele não é mais obrigado a isso.

 

SindHosp – Como foi a concepção, a escolha dos nomes para a diretoria recém-eleita que assume em 1º de junho, que traz o dr Francisco Balestrin como presidente?

Yussif Ali Mere Jr – Nós montamos essa chapa com o mesmo intuito com que montamos a última. Buscamos representatividade de todos os segmentos dentro da saúde. O dr Luiz Fernando Ferrari Neto, que é e continuará como vice-presidente do SindHosp, tem muito crédito na formação dessa nova diretoria, pois conversou com muitas lideranças até formarmos um grupo de pessoas que fosse muito mais representativo do que todas as diretorias que tivemos até hoje. Com os nomes escolhidos, discutimos quem seria o presidente e, naturalmente, surgiu o nome do dr Balestrin. Ele vem com toda a experiência de gestão e liderança em importantes instituições, como a International Hospital Federation (IHF) e a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), além de um ótimo relacionamento com os players do setor da saúde estaduais, nacionais e internacionais.

 

SindHosp – Qual a sua expectativa com relação à nova diretoria que assume em junho?

Yussif Ali Mere Jr – A expectativa é de que seja uma gestão muito mais participativa por parte dos diretores, porque a diretoria foi montada de maneira heterogênea. Nós temos representantes de todos os setores da saúde, portanto, nossas reuniões serão muito frutíferas. Ganhamos em conhecimento, representatividade e, com o dr. Balestrin como presidente, também ganhamos em notoriedade.

 

SindHosp – O sr falou sobre um novo sindicalismo. Como o sr analisa hoje o movimento sindical no Brasil e, em sua opinião, que papel os sindicatos devem desempenhar?

Yussif Ali Mere Jr – Não podemos mais falar sobre sindicalismo de uma forma pura, pois temos que trabalhar o sindicalismo junto com o associativismo. Nosso papel nesse momento é mostrar que o sindicalismo, junto com o associativismo, pode trazer para o setor grandes benefícios, por exemplo, mais diálogo com todos os players e gestões mais transparentes.  As entidades têm que trabalhar de uma maneira muito mais fluida, para que a prestação de serviços seja mais eficiente, produtiva, que a saúde do cidadão seja mais bem cuidada e cada vez melhor. E aí entra o nosso papel. Hoje, por exemplo, estamos em um momento muito difícil para falar de saúde porque estamos no meio de uma crise. É a primeira pandemia do século 21 e está muito parecida com a da gripe espanhola, no início do século 20. Ou seja, nós estamos revivendo a situação pandêmica de 102 anos atrás.

 

SindHosp – O sr deixa a presidência do SindHosp mas continua como presidente da FEHOESP. Com dois presidentes distintos, que tipo de relacionamento o sr espera que prevaleça entre as entidades?

Yussif Ali Mere Jr – É importante dizer que eu apenas estou deixando a presidência, mas continuo associado e diretor do SindHosp. Não saio da presidência do Sindicato com a sensação de missão cumprida, muito pelo contrário, vamos continuar trabalhando pelo SindHosp, pela FEHOESP, pela AHESP e pela saúde do Brasil como um todo. Neste momento de pandemia, precisamos ter em mente a necessidade de construirmos um setor diferente após essa situação. A Covid-19 nos trouxe ensinamentos importantes, como os leitos de UTI. Leitos de UTI não são um gargalo no Brasil por causa da pandemia

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