5 de fevereiro de 2014

Anvisa aponta diferença de 680% em preço de medicamento

Levantamento feito pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mostra uma diferença de até 680% no preço de uma classe de medicamentos usada para tratamento de transtornos de ansiedade, os benzodiazepínicos. O trabalho avaliou os valores cobrados em 2013 por 14 remédios, de sete diferentes tipos ativos. Na análise, os preços variavam de R$ 5,92 a R$ 34,62.
 
Os benzodiazepínicos são considerados como medicamentos de segunda escolha para o tratamento transtornos de ansiedade. Segundo Sybele Oliveira Lima, especialista da gerência de avaliação de economia da Anvisa, além de trazerem risco de dependência, ainda não há certeza sobre sua eficácia a longo prazo.
 
pesar das restrições na indicação, os benzodiazepínicos lideram a lista dos medicamentos controlados mais vendidos no Brasil. Uma das marcas (clonazepam), está em 9ª posição na lista dos 100 remédios mais vendidos no País. Sybele afirma não haver estudos que indiquem superioridade entre os princípios ativos analisados. Na comparação entre produtos com o mesmo princípio ativo, o Clozapan apresentou a menor variação de preços: 20%. A maior diferença foi constatada entre os medicamentos com Alprazolam: 348%.
 
Os principais transtornos de ansiedade são o transtorno de pânico, de ansiedade social, de TAG (Ansiedade Generalizada) e o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).

Estado libera mamografia sem receita

A partir do dia 17 de fevereiro, mulheres de 50 a 69 anos não precisarão mais de pedido médico para realizar a mamografia em 300 unidades de saúde da rede estadual de São Paulo. No mês de aniversário, a paciente poderá procurar um dos hospitais, ambulatórios ou clínicas participantes do programa ou ligar para uma central telefônica e agendar o exame sem a necessidade de consultar um médico previamente.
 
O programa será anunciado pelo governo do Estado nesta quarta-feira, 5, Dia Nacional da Mamografia. Segundo o secretário de Estado da Saúde, David Uip, a ideia é “desburocratizar” o processo de marcação do exame e ampliar o acesso à detecção precoce do câncer de mama.
 
“Depois de feito o exame, a avaliação do resultado será feita online, em 48 horas, por uma equipe a distância. Caso haja suspeita de câncer de mama, a mulher será encaminhada para ultrassom e biópsia e, em seguida, para o tratamento. Hoje, ela precisaria passar três vezes pelo médico para chegar a essa etapa”, afirma.
 
Questionado se as unidades darão conta de atender a demanda, o secretário afirmou que a separação das mulheres pelo mês de aniversário vai facilitar a organização da fila e propiciar que as pacientes sejam atendidas rapidamente. “Nós é que vamos regular a fila e fazer os encaminhamentos. Queremos acabar com o doente itinerante, que tem de ficar responsável por todo o processo de agendamento a cada consulta”, disse.
 
Carretas
 
O secretário e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) entregaram em Diadema (Grande São Paulo), a segunda carreta equipada com mamógrafo. A primeira foi aberta no bairro de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo. Nas carretas, mulheres entre 50 e 69 anos podem realizar o exame sem fazer o agendamento.
 
Até o final de fevereiro, o governo promete entregar outros dois caminhões do tipo: em Santo André (ABC) e em Bauru, no interior de São Paulo. O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres brasileiras, com exceção do câncer de pele não melanoma. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, 57 mil mulheres terão o diagnóstico da doença neste ano em todo o País. 
 
Exames Gratuitos
 
Mulheres interessadas em fazer mamografia gratuitamente, o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) promove no sábado (8 de fevereiro) um mutirão para realização do exame no HSPE (Hospital do Servidor Público Estadual), em São Paulo (SP).
 
O exame será oferecido das 8h às 18h, sem necessidade de agendamento prévio. Com o mutirão, o hospital informou que pretende incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. A doença ocorre por alterações genéticas em determinados conjuntos de células.
 
Serviço
 
Endereço: Avenida Pedro de Toledo, 1.800, Vila Clementino, São Paulo, SP
Quando: Sábado (8 de fevereiro) – 8h às 18h

SalomãoZoppi investe em atendimento unificado e personalizado

Numa cidade grande como São Paulo, onde perde-se horas do dia em congestionamentos, faz toda a diferença realizar uma série de exames em um só lugar. Para as gestantes, esta facilidade pode fazer diferença na escolha da clínica onde realizará os exames de pré-natais. Quando se tem então uma empresa de saúde em que 85% do público é feminino, surge aí uma grande oportunidade de crescimento do negócio. “É uma estratégia de oferecer um produto único ou pouco existente em São Paulo e suprir essa demanda muito forte pela medicina fetal”, afirma o sócio-presidente do SalomãoZoppi Diagnósticos, Paulo Zoppi.
 
Atuando no mercado paulistano, a rede que tem seis unidades de atendimento na cidade, uma recém-inaugurada no bairro do Tatuapé. Em todas elas são feitos exames como análises clínicas, diagnósticos de imagem, anatomia patológica e métodos gráficos. No início de 2013, a empresa investiu mais de R$ 1, 5 milhão em um novo projeto, a  criação do MAMI – Centros de Diagnóstico em Medicina Fetal dentro de suas unidades.
 
Segundo a SalomãoZoppi, eles são os primeiros no País a oferecer todo o leque de exames para gestantes reunidos em um só lugar – principalmente aqueles mais modernos e de maior complexidade. Podem ser realizados no Mami cerca de 20 exames. Cinco deles poderão ser feitos graças a novas parcerias com especialistas em genética e fetoscopia, os médicos Ciro Martinhago e Denise Pedreira. “Somos um laboratório que fornece diagnósticos, mas estamos nos propondo a ir um pouco mais à frente e conduzir um colega no sentindo de proporcionar uma resolução para alguma coisa que a gente faça um diagnóstico. É uma inovação para a gente também”, acredita Zoppi.
 
Denise é uma das poucas especialistas no Brasil habilitadas a fazer uma cirurgia no bebê quando ele ainda está dentro do útero da mãe e se por algum tipo de anomalia a criança necessita do procedimento antes de nascer. Esse é um dos métodos mais modernos que existem, realizado por laparoscopia, controlada por ultrassom. O procedimento não acontece no laboratório, mas o SalomãoZoppi consegue agendar a realização do exame em que a médica visualiza o problema através de um ultrassom especial. É o que se chama de intraconsulta fetal.  
 
Além do investimento financeiro do projeto, que incluiu a adequação da infraestrutura física dentro das unidades e a aquisição de aparelhos de ultrassom de última geração, o MAMI exigiu um enorme trabalho da área médica, que desenvolveu um manual específico do centro de medicina fetal. Também foi necessária a elaboração de planos de marketing e estratégias de divulgação dos novos centros. Outro ponto importante envolveu a capacitação dos funcionários para estarem preparados a receber e atender uma grávida, desde o momento do agendamento da consulta até a recepção na unidade. Fazem parte da rotina do atendimento pequenos cuidados, como acomodar a gestante que está esperando por um exame sempre perto de um banheiro ou nunca deixá-la em pé.
 
Foram contratados ainda novos profissionais, que precisam ser especialistas em medicina fetal. Para isso, além de serem médicos ultrassonografistas, eles precisam ser formados em ginecologia e certificados internacionalmente, o que exigiu da empresa um investimento muito alto no corpo clínico.
 
Para o SalomãoZoppi, um dos principais diferenciais do Mami é o foco não apenas na paciente, mas sobretudo no médico. Obstetras terão segurança ao indicar e contar com a expertise do laboratório. Entre os novos exames disponíveis estão o teste de DNA fetal no sangue materno e o marcador de pré-eclampsia. Este último dá ao médico a possibilidade de tratar uma condição importante, responsável por um índice muito alto de nascimento de bebês prematuros e morte de gestantes.
 
Mesmo no começo, o Mami já recebeu um grande número de solicitação de informações sobre os novos exames disponibilizados. Atualmente o projeto está em fase de gerenciamento. O esforço de marketing feito previamente passa por monitoração e há um sistema interno de apuração. Colaboradores fazem visitas constantes aos médicos para terem um feedback dos primeiros resultados. “O projeto está numa fase inicial, ainda é muito cedo para fazer uma mensuração, mas temos uma perspectiva muito boa pela reação positiva ao lançamento”, diz Luis Salomão, sócio-presidente da empresa. “O obstetra tinha carência desse produto”. Por isso mesmo, o maior trabalho de divulgação dos novos centros Mami estará concentrado junto à classe médica. “Queremos que os profissionais saibam que existe agora uma solução no mercado”, completa.
 
Para monitorar os resultados do Mami foram criados indicadores para acompanhar o volume dos exames realizados bem como os índices de retorno de pacientes e indicações feitas pelos mesmos médicos.

HCor testará erva da família da sálvia contra câncer de mama

O novo centro de oncologia do HCor (Hospital do Coração), em São Paulo, vai testar a eficácia de uma erva da medicina tradicional chinesa, da mesma família da sálvia, contra o câncer de mama.
 
Os testes clínicos devem começar no ano que vem em pacientes com tumores dependentes de estrógeno, que correspondem a 80% dos casos de câncer de mama.
 
Em laboratório, a erva Danshen (Salvia miltiorrhiza) mostrou eficácia na inibição do crescimento das células cancerosas. O composto isolado da planta, segundo pesquisadores, não só bloqueou os receptores de estrógeno como também se mostrou mais potente que o tamoxifeno, principal droga usada para tumores de mama que dependem desse hormônio para se desenvolverem.
 
A pesquisa, feita pelo grupo do oncologista brasileiro Gilberto Lopes no Instituto Johns Hopkins em Cingapura, foi publicada no periódico "Cancer Letters". Lopes também dirigirá o centro de oncologia do HCor.
 
A equipe isolou da Danshen, também chamada de ginseng vermelho, o composto ATA. Depois de comprovadas as propriedades antitumorais da substância, o grupo a enriqueceu para aumentar o seu potencial de se ligar a receptores de estrógeno.
 
O composto então se tornou capaz de se conectar ao receptor e estimular sua degradação.
 
Hoje, o tamoxifeno, considerado terapia padrão para esses tipos de câncer, é ineficaz em cerca de 30% dos casos. "O composto ATA tem um mecanismo diferente e poderia ser uma alternativa", diz Gilberto Lopes.
 
Segundo o pesquisador, enquanto o tamoxifeno compete com o estrógeno, o composto derivado da erva atua diretamente no receptor, o que poderia garantir maior eficácia do tratamento.
 
Para Marcelo Cruz, oncologista do Hospital São José, é importante que se tente bloquear a via pelo qual os tumores se alimentam. "Mas o câncer é bastante complexo e nem sempre tem uma única via", afirma.
 
Já o oncologista Sérgio Simon, do hospital Albert Einstein, afirma que o estudo é interessante, mas mais testes serão necessários para provar que o composto é eficaz e poderá ser usado na prática.
 
Não é a primeira vez que um produto da medicina chinesa é testado contra o câncer. O remédio pactilaxel, usado para câncer de mama e ovário, é extraído da árvore do teixo do Pacífico. Descoberta em 1967, a droga impede o crescimento do tumor.

Hospital São Paulo inaugura centro obstétrico humanizado

Nesta sexta-feira, dia 7,  o Hospital São Paulo – Hospital Universitário da Universidade Federal de São Paulo (HU-Unifesp) inaugura, pós-reforma, o Centro Cirúrgico Obstétrico com conceito do parto humanizado, onde os procedimentos terão a base PPP (pré-parto, parto e pós-parto) no mesmo ambiente. A nova estrutura permitirá o ensino da assistência e estímulo ao parto normal como um centro de inovações no amparo a gestante. 
 
A unidade, localizada no 8º andar, conta com uma área de 259 m² divididos em quatro salas. A novidade está na sala interativa de assistência ao parto (SIAP) que, além da tecnologia nos procedimentos operacionais, oferece ambientação e conforto a gestante, com a orientação de alunos e residentes, proporcionando uma interação humanizada e qualificada no ensino e segurança assistencial. 
 
“Atualmente, são realizados cem atendimentos por mês, com perspectivas de aumento de 30% a 40% na demanda, que atenderá gestantes de alto e baixo risco, e uma maior gama de procedimentos cirúrgicos em medicina fetal”, afirma Antonio Fernandes Moron, responsável pelo Centro Obstétrico do HU-Unifesp. 
 
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