29 de abril de 2014

Vacina contra a dengue: testes mostram redução de 56% nos casos da doença

A farmacêutica francesa Sanofi informou que o primeiro dos dois estudos fundamentais de eficácia de fase III com a vacina contra a dengue alcançou seu objetivo clínico primário. O estudo mostrou uma redução significativa de 56% nos casos de dengue. Os dados iniciais são compatíveis com o bom perfil de segurança observado nos estudos prévios.
 
A análise completa dos dados será realizada nas próximas semanas e revisada por um grupo de especialistas externos antes da divulgação no próximo congresso científico internacional e da publicação em um jornal com revisão de pares mais tardiamente no ano.
 
A dengue é uma ameaça para quase metade população mundial e é prioridade de saúde pública urgente em muitos países da Ásia e América Latina, onde ocorrem epidemias. A taxa anual de incidência de 4,7% observada no grupo controle demonstra a elevada carga da doença na Ásia.
 
De acordo com o presidente e CEO da Sanofi Pasteur, “esta conquista é o resultado de mais de 20 anos de trabalho no campo da dengue, colaborando com investigadores, voluntários, autoridades, cientistas e organizações internacionais".
 
— O desenvolvimento de uma vacina contra dengue para o benefício de crianças e seus familiares está no cerne da nossa missão. Nosso objetivo é fazer com que a dengue seja a próxima doença imunoprevenível e apoiar a ambição da OMS de reduzir a mortalidade da dengue em 50% e morbidade em 25% até 2020.
 
Os resultados deste primeiro estudo de eficácia em larga escala serão complementados no terceiro trimestre de 2014 por resultados de um segundo estudo, também em larga escala, atualmente realizado na América Latina, incluindo mais de 20 mil voluntários do Brasil, Colômbia, Honduras, México e Porto Rico.

Anvisa fixa regras para produtos de medicina chinesa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou regras sobre a fabricação e comercialização de produtos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) no Brasil. Resolução publicada no Diário Oficial da União informa que está fixado prazo de três anos, que já está sendo contado, para o acompanhamento da utilização de produtos da Medicina Tradicional Chinesa no país. São considerados produtos da MTC, conforme a resolução, "as formulações obtidas a partir de matérias-primas de origem vegetal, mineral e cogumelos (fungos macroscópicos) de acordo com as técnicas da MTC e integrantes da farmacopeia chinesa".
 
A regra estabelece, entre outros itens, que é proibida a utilização de matérias-primas de origem animal nas formulações a serem comercializadas no Brasil. Devem também conter a indicação do fabricante e do profissional responsável. Os produtos da MTC, porém, não são objeto de registro sanitário, esclarece a Anvisa. Os produtos comercializados como medicina tradicional chinesa não podem alegar em suas embalagens ou em qualquer material informativo ou publicitário indicações ou alegações terapêuticas. Tais produtos, determina a regra, "são de venda restrita à prescrição por profissional habilitado".
 
Durante o período de monitoramento, é obrigatório a todas as empresas estabelecidas no País que adquiram insumos utilizados na produção de produtos da MTC, cadastrarem junto à Anvisa todos os insumos farmacêuticos ativos com os quais trabalham. Os insumos devem ser cadastrados por meio de sistema de peticionamento eletrônico que será disponibilizado no site da Anvisa. 

Perda de visão pode ser tumor na hipófise, alerta especialista

O Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo administrada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), na capital paulista, faz um alerta aos pacientes com perda de visão progressiva, sem diagnóstico oftalmológico definido. A causa pode estar ligada a um tumor na glândula hipófise. O tumor comprime os nervos ópticos, podendo levar à cegueira.
 
Somente entre os anos de 2009 a 2014, foram atendidos 322 pacientes com tumores na hipófise no Hospital de Transplantes. Cerca de 70% apresentavam risco de comprometimento da visão. Destes pacientes, 76% já chegaram com alteração da visão estabelecida, sendo que em 17% constatou-se perda irreversível da visão de pelo menos um olho.
 
Para o neurocirurgião do Hospital de Transplantes Pedro Paulo Mariani, especializado em cirurgia de hipófise, nestes casos é importante que o oftalmologista esteja atento à possibilidade da existência desse tipo de tumor nos pacientes. O médico explica que é comum atender pacientes que não encontraram a causa da perda da visão, mesmo depois de passarem por sucessivas avaliações oftalmológicas.
 
Em muitos casos, ainda, os pacientes são submetidos a tratamentos para doenças como catarata e glaucoma, sem melhora clínica. "A conscientização dos oftalmologistas para o diagnóstico e o encaminhamento direto a centros de referência especializados é a única forma de evitarmos a perda parcial e até total da visão de muitos pacientes", enfatiza o neurocirurgião do hospital estadual.
 
O diagnóstico para detecção do tumor é realizado por meio de exame de ressonância magnética. O tratamento é essencialmente cirúrgico. Trata-se de uma microcirurgia minimamente invasiva pelo nariz com uma microcâmera que alcança a região da hipófise e realiza a ressecção do tumor.
 
Em geral, os tumores na hipófise são benignos, mas não podem ser prevenidos. Especialistas explicam que não há características que consigam indicar seu aparecimento como pré-disposição, idade ou antecedentes entre familiares.
 
O tumor na hipófise acarreta alterações hormonais e sequelas neurológicas que reduzem a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes. A principal disfunção neurológica causada pelo tumor é a perda da visão. A reversão da alteração visual depende diretamente do intervalo de tempo entre o início dos sintomas e o tratamento efetivo.

Pesquisadores alertam para hepatite B resistente a tratamento

Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (IMT) e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) indica que a chance de ser infectado por um vírus da hepatite B resistente a remédios é pequena, mas existe. Em um grupo de 702 portadores de sete Estados brasileiros, foram encontrados 11 casos, ou seja, 1,6% da população estudada.
 
A hepatite B é considerada uma doença crônica possível de ser controlada com medicamentos. Ao longo do tempo, porém, a terapia tende a selecionar cepas de vírus resistentes às drogas usadas. O problema torna-se ainda mais grave quando o tratamento não é feito de forma regular e de acordo com os protocolos mais adequados.
 
Segundo a pesquisadora Michele Soares Gomes Gouvêa, cerca de 80% dos pacientes tratados com a droga lamivudina adquirem resistência em um período aproximado de cinco anos de terapia. Outros medicamentos levam um pouco mais de tempo, mas é um tratamento para a vida toda e o problema, eventualmente, acaba aparecendo.
 
Ela explica que mutações aumentam a capacidade de replicação do vírus e pode acontecer de o paciente ficar com uma supercarga viral resistente. 
 
O problema da resistência primária (adquirir um vírus já resistente) é grande em determinadas regiões da África. De acordo com a literatura científica, o problema afeta 20% dos portadores de hepatite B na África do Sul. O índice salta para 50% quando se consideram pacientes coinfectados com o vírus da Aids.
 
A médica do IMT Maria Cássia Jacintho Mendes Corrêa, coordenadora do projeto, diz que a situação brasileira é razoavelmente boa, de acordo com o estudo, mas que é preciso fazer um acompanhamento cuidadoso dos pacientes. 
 
De acordo com os pesquisadores, os medicamentos contra a hepatite B são oferecidos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), mas há lugares no Brasil em que são adotados esquemas inadequados de tratamento, seja por dificuldade de acesso a todas as drogas necessárias ou por falta de uma educação médica continuada.
 
Se não tratada adequadamente, a inflamação no fígado causada pelo vírus da hepatite B (HBV) pode evoluir para hepatite crônica, cirrose hepática e câncer de fígado. É possível prevenir a infecção – que ocorre por via sexual, contato com sangue e secreções contaminados, parto ou amamentação – por meio de uma vacina também disponível na rede pública de saúde.
 
A hepatite B afeta mais de 400 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, de maneira geral, afeta menos de 1% da população, mas há regiões em que a prevalência pode chegar a 20%, como na Amazônia, no Espírito Santo e no Oeste do Paraná e Santa Catarina. 

21ª Hospitalar quer ampliar oportunidades de negócios para cadeia da saúde

Profissionais de toda a cadeia da saúde mundial vão se reunir em São Paulo, entre os dias 20 e 23 de maio, para trocar experiências, estabelecer negócios e atualizar-se com os novos produtos, equipamentos, soluções, tendências e tecnologias aplicadas ao atendimento médico e hospitalar.
 
Considerado o maior evento global da saúde, a Hospitalar 2014 – Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios chega à 21ª edição consolidada como plataforma e ponto de encontro do setor médico-hospitalar, aproximando a indústria nacional e internacional fornecedora dos dirigentes e profissionais atuantes em todas as etapas do atendimento de saúde. 
 
Este ano, a feira vai reunir 1.250 expositores de produtos e serviços de saúde. São empresas líderes no mercado mundial de mais de 34 países que vão ocupar 82 mil m² de área de exposição no Expo Center Norte. “É o grande momento para a indústria apresentar milhares de produtos, soluções e tendências utilizados no atendimento de saúde. De olho no potencial do mercado brasileiro, que movimenta R$ 340 bilhões por ano em serviços de saúde, estas empresas estão em busca de novos negócios e parcerias estratégicas”, destaca a médica e empresária Walesca Santos, fundadora e presidente da Hospitalar.
 
A novidade em 2014 é que os hospitais deixarão se de frequentadores da Feira para se tornarem expositores. Grandes instituições, como o Hospital Albert Einstein, Sírio Libanês, Mãe de Deus e o Texas Medical Center terão seus stands na feira, apresentando ao mercado as tendências em treinamento e capacitação profissional e toda a sua expertise quando o assunto é assistência em saúde. 
 
Além de incentivar contatos estratégicos e negócios, o evento é complementado por uma extensa agenda de congressos e seminários com formato multidisciplinar, atraindo gestores públicos e privados, órgãos de governo e estrategistas da área de saúde de vários países.
 
Em parceria com importantes entidades representativas da saúde e dedicado à atualização profissional, no Fórum Hospitalar serão realizados mais de 60 congressos, seminários, workshops e reuniões setoriais.  
 
Mais de 14 mil profissionais são esperados para estes eventos, onde serão discutidos novos projetos para o setor de saúde, mais eficiência na gestão pública e privada, além de formas de integração entre hospitais, planos de saúde, indústria fornecedora, governos, universidades e organismos nacionais e internacionais.
 
Um dos principais eventos da feira, o Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS) vai debater as melhores experiências internacionais de desenvolvimento e inovação no setor de saúde. Com o tema “Inovação para um sistema de saúde mais eficaz e satisfatório para a cidadania – Caminhos a trilhar na indústria e serviços”.  O evento apresentará exemplos de políticas inovadoras na área da saúde, bem como cases de sucesso no meio empresarial, instituições de pesquisa, ensino e desenvolvimento.
 
Durante o encontro Germany – Partner for Medical Technology, que aconteceu na região de Nürnberg, na Alemanha, em fevereiro deste ano, Waleska Santos fez o convite oficial para que representantes do governo da Alemanha e de suas instituições de referência médica sejam palestrantes do CISS. “Os alemães são referência mundial no desenvolvimento da pesquisa e inovação em tecnologia médica, aplicadas com sucesso na melhoria do sistema de saúde. Queremos levar para o CISS exemplos das melhores iniciativas nesta área, para partilhar informações com os nossos congressistas e estimular o avanço da tecnologia médica também no Brasil e demais países.”
 
Outro destaque é a Hospitalar Digital Health – Feira e Fórum Internacional de Telemedicina, Telessaúde e Tecnologia da Informação para Saúde, apresentada como uma “feira dentro da feira”, trazendo as novidades de empresas fornecedoras de produtos e serviços de TI e telemedicina e promove um seminário para chamar a atenção sobre as muitas oportunidades de negócios que a telemedicina traz aos estabelecimentos de saúde e aos profissionais da área, com vantagens para os pacientes.
 
Ampliando as oportunidades de negócios, a Hospitalar vai realizar simultânea à feira a CompoHealth – 1ª Feira Internacional de Tecnologia, Insumos e Componentes para Fabricação de Produtos Médico-Hospitalares.  
 
Os Congressos de Gestão, organizados pelo IEPAS (braço educacional do SINDHOSP  e da FEHOESP), serão realizados em mais um ano, nos dias 21 e 22 de maio, abordando as questões mais relevantes para a gestão das clínicas e dos laboratórios (saiba mais em: www.iepas.org.br
 
Serviço
 
Hospitalar 2014 – 21ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias Clínicas e Consultórios
Data: 20 a 23 de maio – 12h às 21h
Local: Pavilhões Expo Center Norte – Rua José Bernardo Pinto, 333, Vila Guilherme – São Paulo 
Informações: www.hospitalar.com
 
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