20 de maio de 2014

Arthur Chioro afirma que governo busca consenso para as 30 horas da enfermagem

Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, durante visita à Feira Hospitalar, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que o governo busca exaustivamente um consenso no que diz respeito ao projeto de lei 2295, que quer instituir a jornada de 30 horas para a enfermagem. “O governo federal tem tentando construir um acordo entre os segmentos, que seja bom para o Brasil e bom para a enfermagem, acima de tudo olhando para o setor público”, afirmou, após ser questionado sobre o tema pelo presidente do SINDHOSP, Yussif Sli Mere Jr.
 
Aguardando para ir à votação, o projeto tem sido instrumento de pressão por parte das entidades representativas da enfermagem, e é objeto de extrema preocupação para o setor hospitalar e de serviços de saúde, uma vez que a mudança na jornada trará enorme impacto financeiro para os empregadores.
 
O ministro ainda elogiou a Feira Hospitalar, considerando-a um “espaço privilegiado para a busca de alternativas de melhoria dos sistemas público e privado, e para a inversão da balança comercial do setor”. 
 
Quando questionado sobre a situação da dengue na Copa do Mundo, foi enfático ao afirmar que o governo não se preocupa com o tema. “Não estamos preocupados com a dengue por conta da Copa. O Brasil enfrenta a maior redução de casos e de mortes por dengue , estamos num momento de regressão”. Ainda ressaltou que eventos como a Copa do Mundo produzem uma quantidade muito pequena de atendimentos médicos. “Não chega a 1,4% dos atendimentos, e em geral são pequenos problemas resolvidos nas próprias praças”.

É preciso democratizar as tecnologias em saúde, afirma Yussif Ali Mere Jr

Antes da cerimônia de abertura da 21ª Hospitalar Feira + Fórum, o presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr, concedeu entrevista à Rádio Jovem Pan para comentar o início dos debates da saúde nesta semana.  Entre os dias 20 a 23 de maio, todos os olhos do setor estarão voltados para os congressos, workshosps e debates do evento.
 
Questionado sobre os possíveis temas mais importantes, o presidente resumiu em apenas uma palavra: tecnologia. “A Feira Hospitalar é para nós uma democratizadora do conhecimento e da tecnologia no setor saúde. Este avanço que estamos acompanhando é óbvio, é excelente, mas também uma parte problemática que são seus custos”, afirmou. “Democratizar a saúde e a tecnologia, bem como seus custos, é fundamental para alcançarmos a longevidade e excelência nos tratamentos”.
 
 
FOTO: Leandro Godoi

21ª Hospitalar tem início

Na manhã desta terça-feira, 20 de maio, autoridades do setor de Saúde estiveram reunidas no Expo Center Norte, na capital paulista, para a abertura da Feira Hospitalar, a maior feira de saúde das Américas.

Waleska Santos, presidente da Hospitalar, destacou a maturidade do evento, atingida ao longo dos 21 anos. Afirmou que “um exército de profissionais, cada vez mais qualificado”, frequenta os estandes e os fóruns promovidos ao longo dos quatro dias de evento, tornando a Hospitalar “vitrine, termômetro e espelho” do setor.

A Feira Hospitalar vai até o dia 23 de maio, no Expo Center Norte. Conta com 1250 expositores de 34 países, possui 60 eventos em sua programação científica com a partcipação de 12 mil congressistas. 

Compuseram a cerimônia oficial Linamara Rizzo Battistella, secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo (representando o governador Geraldo Alckmin); a senadora pelo PP do Rio Grande do Sul, Ana Amélia Lemos (representando o presidente do Senado, Renan Calheiros); o deputado Nelson Marchezan Jr, do PSDB do Rio Grande do Sul (representando da Câmara Henrique Eduardo Alves); Carlos Gadelha, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (representando o ministro Arthur Chioro); Renato Merolli, presidente da Confederação Nacional da Saúde (CNS); Yussif Ali Mere Jr, presidente do SINDHOSP  e da FEHOESP; Ronaldo Zuchi, deputado federal; Maurício Borges, presidente da Apex Brasil, Carlos Zaratini, deputado federal pelo PT; Wilson Pollara, secretário adjunto da pasta da Saúde do Estado de São Paulo; Franco Pallamolla, presidente da Abimo; Humberto Gomes de Melo, presidente da Federação Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (Fenaess); Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB); Ivo Bucaresky, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Carlos Goulart, presidente da Abimed, Francisco Balestrin, presidente da Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP), David Nicholson, chefe do National Heath System (Inglaterra), Arlindo de Almeida, presidente da Abramge, Paula Fernandes Távora, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Maria Carolina Moreno, do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA); Luiz Bezerra Pinto, presidente da Federação Brasileira de Hospitais e o CEO da Messe Dusseldorf, Joaquim Schäffer.

Para presidente do SINDHOSP, “desperdício na saúde deveria ser crime”

A 21ª edição da Hospitalar Feira + Fórum foi aberta oficialmente na manhã desta terça-feira (20/5), no Expo Center Norte, em São Paulo. Na tradicional cerimônia de abertura, o presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, Yussif Ali Mere Junior, falou sobre a importância do evento para o setor. “Teremos a oportunidade de ver tecnologia, evolução e qualidade em cada canto da feira e o nosso desafio é sempre buscar mais para a saúde, um bem que temos e queremos sempre ter.”
 
Representando as demais entidades do setor saúde: a Confederação Nacional da Saúde (CNS), da Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços em Saúde (Fenaess), da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH), da Associação Brasileira de Medicna de Grupo (Abramge), a Associação dos Hospitais do Estado de São Paulo (AHESP) e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Yussif comentou sobre os desafios para a saúde no Brasil. “Levar a saúde a todos já é um desafio e um dos principais problemas enfrentados é o subfinanciamento. A desoneração da folha de pagamento para o setor ajudaria a otimizar os recursos, assim como mais transparência nas políticas públicas.” 
 
Ele foi enfático ao dizer que "o desperdício na saúde deveria ser tratado como crime.” E que a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) precisa ser repensada. “Temos uma tabela de repasses desafasada, subfinanciamento de procedimentos e tantas outras coisa absurdas. A contratualização é uma saída para o setor, mas, antes, é preciso que seja feito um reajuste nos valores dos procedimentos. Assim como na política, ainda há muito que se fazer na saúde”, concluiu.
 
Yussif Ali Mere Jr este ano é o presidente do Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS), que será realizado nesta quarta-feira (21) e quinta-feira (22), durante a Hospitalar. O tema do evento será “Inovação para um sistema de saúde mais eficaz e satisfatório para a cidadania: caminhos a trilhar na indústria e nos serviços”.  “É uma honra poder presidir um congresso tão importante como este, e temos a responsabilidade de fazer deste evento um sucesso. Faremos o debate dos assuntos mais importantes do setor neste ano em que a saúde é destaque no Brasil.” 
 
Foto: Leandro Godoi

O problema da saúde é o modelo, diz secretário adjunto

Convidado para a abertura da Hospitalar, realizada na manhã desta terça-feira, 20 de maio, o secretário adjunto da saúde do Estado, Wilson Pollara, falou sobre as falhas do modelo que temos hoje para gerir a saúde.  “Concordo que falta dinheiro, mas para este modelo que temos. Existem hoje 17 mil leitos sobrando no Estado de São Paulo. São 168 hospitais com menos de 50 leitos cuja taxa de ocupação é de 30%”, disse.
 
O secretário pontuou, brevemente, o programa da secretaria que tem buscado otimizar recursos junto às Santas Casas. “É um modelo que tem dado muito certo, porque estamos dando inteligência ao sistema”. Segundo ele, as Santas Casas estão sendo referenciadas para atendimento terciário.
 

Abimed debate inovação de produtos na saúde

O primeiro evento da Associação Brasileira da Indústria de Alta tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed) na 21a Hospitalar Feira e Fórum aconteceu na tarde de terça-feira, 20, debatendo os caminhos para acelerar a inovação de produtos para saúde no Brasil. O painel teve a presença de Flavio Vormittag, presidente da Fundação para o Remédio Popular (Furp); Gilberto Peralta, presidente e CEO GE Brasil; Roberto Fendt, diretor executivo do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri); e Saide Jorge Calil, professor titular do Centro de Engenharia Biomédica da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp (FEEC/Unicamp). O jornalista da TV Globo, Willian Waack, foi o moderador do debate.
 
Atualmente as empresas e indústrias internacionais têm enxergado o Brasil como possível potência na produção de produtos hospitalares e medicamentos, prova disso são as atuais parcerias público-privadas (PPPs) e os programas de desenvolvimento produtivo (PDP), idealizados pelo Ministério da Saúde e governo federal. “Temos qualidade, competência e podemos preencher as normas e requisitos internacionais", afirmou Peralta. “O sucesso do crescimento do mercado brasileiro faz com que tenhamos a necessidade da ampliação da oferta de produtos e serviços oferecidos na área da saúde no do País”.
 
Para Saide Jorge Calil, o primeiro passo neste avanço é a qualidade na apresentação dos projetos que buscam os investimentos disponíveis. “As verbas ainda são limitadas, mas, certamente se os projetos fossem mais elaborados e tivessem melhor qualidade técnica, os investimentos viriam com maior facilidade”. “Mas qual seria o problema então se não há falta de verba?”, questionou Waack. “Gestão”, respondeu o professor.
 
A Indústria médico-hospitalar cresceu 4,2% em 2013 e tem expectativa de crescimento de 10% em 2014, de acordo com dados da Abimed, e para Fendt, o SUS deveria estar à frente nesta inovação. “O Sistema Único de Saúde não só pode como deve ser o introdutor dos produtos inovadores utilizados neste novo mercado. A saúde pública deve estar em primeiro lugar”.
 
 
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