4 de fevereiro de 2016

Operadoras de planos de saúde devem R$ 1,3 bilhão para a Prefeitura

Os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo apresentaram o relatório final da CPI (Comissão parlamentar de Inquérito) dos Planos de Saúde. Ao todo, as investigações duraram nove meses.
 
A comissão foi criada para investigar a atuação dos planos de saúde na cidade de São Paulo.
 
Segundo a relatora, a principal conclusão é que a dívida das cinco maiores empresas de planos de saúde chega a R$ 1,3 bilhão. A dívida refere-se ao não recolhimento de tributos municipais como ISS e IPTU.
 
Os vereadores recomendaram que a criação de uma outra CPI apenas para a investigar a Unimed Paulistana. A operadora de saúde deixou mais de 700 mil clientes sem atendimento.
 
O relatório também pediu a criação de uma agência municipal reguladora para fiscalizar a atuação dos planos na cidade de São Paulo e a revisão dos benefícios tributários concedidos aos planos de saúde.
 
Esse relatório vai ser encaminhado ao Ministério Público e para a Secretária de Finanças do Município.

IR de médicos, dentistas e advogados vai incluir CPF de clientes

A Receita Federal informou que a partir deste ano os médicos, dentistas e advogados autônomos terão de declarar o CPF dos seus pacientes e clientes na declaração do Imposto de Renda Pessoa Física de 2016, cujo prazo de entrega começa dia 1º de março. Se o médico não informar o CPF do paciente, ambos cairão na malha fina.
 
Download de programas estarão disponíveis a partir do dia 25 e declaração começa em março
Segundo o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, no ano passado esses profissionais foram avisados e, no Carnê Leão, o qual esses trabalhadores pagam mensalmente para quitar seus impostos, havia a possibilidade de indicar esses dados. “Oprofissional que fez isso ao longo do ano passado só terá de importar as informações do carnê para a declaração”, explicou.
 
Os limites para algumas deduções também foram alterados. O desconto máximo para educação, somando gastos com dependente e com o próprio titular, pode chegar a, no máximo, R$ 3.561,50. No ano passado esse limite era de R$ 3.375.
 
O limite de abatimento por dependente também aumentou, de R$ 2.156,52 para 2.275,08. O programa para preencher da declaração será disponibilizado na internet a partir de 25 de fevereiro. A Receita espera  receber 28,5 milhões de declarações neste ano, ante 27,8 milhões do ano passado.
 

Santa Casa abre inscrições para novo curso de pós-graduação

A Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo está com inscrições abertas para o curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gerenciamento em Enfermagem Hospitalar.  Com duração de 18 meses e carga horária de 420 horas, o curso modular tem o objetivo de formar e capacitar profissionais para o gerenciamento da assistência da enfermagem em unidades de internação hospitalar.
 
Com disciplinas que vão desde empregabilidade e mercado de trabalho, ética e legislação profissional até serviços de apoio às unidades de internação, a especialização integra aulas teóricas e práticas, que possibilitam maior vivência e aprendizado do aluno no decorrer do curso.
 
"As aulas serão ministradas por enfermeiros, docentes ou profissionais, com sólida experiência no mercado de trabalho, possibilitando discussões realísticas, situações-problema, estudos de caso e outras metodologias ativas, sempre em busca da aproximação do ensino acadêmico para a prática hospitalar. Vale lembrar que, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, observamos, em outros cursos, turmas bastante heterogêneas quanto à experiência profissional e isso tem tornado as discussões bem mais ricas e o aprendizado mais sólido", comenta Maria Lúcia Costa, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenadora do curso.
 
Ao todo, serão oferecidas 30 vagas e os candidatos interessados devem se matricular até o dia 15/2, seguindo as orientações disponíveis no Portal da Instituição: www.fcmsantacasasp.edu.br.
 
Serviço
Pós-graduação em Gerenciamento em Enfermagem Hospitalar
 
Aulas teóricas: terças e quintas-feiras, das 14h às 18h00
 
Início das aulas: 16 de fevereiro de 2016
 
Matrículas: até 15 de fevereiro de 2016 – www.fcmsantacasasp.edu.br
 

São Paulo registra segundo caso de transmissão de zika por transfusão

São Paulo registrou, nesta terça-feira, o segundo caso de transmissão do zika vírus através de uma transfusão de sangue. A doação ocorreu em Campinas, no início de 2015, em um paciente gravemente ferido. Ele estava internado no Hospital das Clínicas e não resistiu, mas, tanto o Ministério da Saúde como o Hemocentro da Unicamp confirmaram que o homem morreu em consequência dos ferimentos que tinha, por arma de fogo.
 
O diretor da Divisão de Hemoterapia do Hemocentro da Unicamp, Marcelo Addas Carvalho, explicou que o homem recebeu mais de 100 bolsas de sangue no período em que ele ficou internado, entre fevereiro e maio. Em abril, foi identificada uma queda de plaqueta. Encaminhou-se então uma amostra de seu sangue para o instituto Adolfo Lutz. A suspeita era de que ele estava com dengue.
 
— O teste deu negativo, mas o Adolfo Lutz, nos casos negativos para dengue, e com suspeita química de arbovirose (infecção viral por arbovírus, como zika e chikungunya), prossegue na investigação de acompanhamento epidemiológico — descreve Marcelo.
 
A confirmação de zika chegou para o Hemocentro em dezembro. Como o paciente ficou internado na UTI, a possibilidade de transmissão por mosquito foi reduzida, segundo Marcelo. Com isso, foi feito um rastreamento das bolsas de sangue utilizadas no atendimento deste paciente, na época em que identificaram a queda de plaqueta. Chegou-se a um doador, de 20 anos. Segundo Marcelo, só foi possível encontrar o homem porque havia amostras guardadas.
 
— O doador informou que, três dias após a doação, ele e pessoas de sua família tiveram quadro clínico de zika. Uma coisa interessante é que o paciente mesmo não apresentou nada — conta.
 
No primeiro caso, a Unicamp notificou a contaminação por transfusão em maio. O homem infectado, morador de Sumaré, havia doado sangue no Hemocentro de Campinas alguns dias antes de apresentar os sintomas. Ele teve a iniciativa de ligar para o local para informar que estava com dengue. O hemocentro desencadeou então o processo de investigação da notificação, enviando a amostra de sangue desse doador para o Adolfo Lutz. O paciente receptor não desenvolveu a doença, nem apresentou sintomas. Os dois ficaram bem.
 
Segundo a secretaria Municipal de Saúde de Campinas, há seis casos de zika na cidade em investigação. Dezenove foram descartados.
 
TESTES
 
Após uma doação de sangue, são feitos testes para doenças de Chagas, sífilis, hepatites B e C e HIV. Dengue, zika e chikungunya não entram na lista. A orientação agora é que os doadores fiquem atentos quanto aos sintomas.
 
— O risco de transmissão por transfusão dessas doenças (as que estão na listagem) é muito alto. Já o risco maior de se pegar dengue e essas outras doenças é realmente pela picada do mosquito Aedes aegypti — frisa Marcelo: — Todo investimento em termos de segurança de saúde pública precisa ser feito em controle dos vetores e tratamento dos pacientes — continua.
 
Em nota, o Ministério da Saúde informa que a capacidade de infecção do vírus por transmissão sanguínea deve ser avaliada, além dos procedimentos de hemovigilância que devem ser adotados conforme novas descobertas. O órgão informa ainda que reforçou orientação aos hemocentros para que não deixem de realizar a triagem clínica (quando os candidatos apontam em questionário da doação a ocorrência de sintomas de doenças infecciosas), com atenção também aos sintomas de dengue, zika e chikungunya.
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