19 de agosto de 2020

Quase 20 mil leitos de UTI para casos de covid-19 foram abertos na pandemia

Neste primeiro semestre, foram abertos no país 8.764 leitos de UTI adultos e pediátrico para pacientes acometidos pelo novo coronavírus na rede pública. Nos hospitais privados e beneficentes, foram 11.061 novas unidades de internação para casos de covid-19, segundo dados da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP).
Os números incluem os leitos de hospitais de campanha que estão sendo fechados aos poucos em algumas regiões. O hospital de campanha do Pacaembu, em São Paulo, foi desativado no fim de junho, por exemplo.
Em São Paulo, foram abertos, nos primeiros seis meses do ano, 2.056 leitos para covid na rede pública e 3.077 na rede privada para pacientes com a doença.
No fim de junho, na rede pública, havia um total de 359.603 leitos, o que representa um incremento de 10% quando comparado a dezembro de 2019. Já nos hospitais privados e beneficentes, o incremento foi de 5,1% para 171.669 leitos (geral e UTI).
No primeiro semestre, os hospitais, laboratórios e clínicas contrataram quase 93 mil funcionários, totalizando 2,4 milhões de trabalhadores contratados via CLT.

Yussif Ali Mere Jr, presidente da Fehoesp, pontua que durante a pandemia os hospitais passam por situações distintas, com alguns deles com alto volume de contratações para atender os casos de covid e outros ociosos devido ao cancelamento de procedimentos eletivos.
Segundo Francisco Balestrin, presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), a preocupação está em torno da proposta do governo federal de reforma tributária para o setor de saúde que em seus cálculos vai gerar um aumento de 70% no valor do imposto.

“Nosso maior custo, cerca de 45%, é com a mão de obra. Não temos como gerar créditos para abatimento tributário”, disse Balestrin. “Os grandes heróis da pandemia podem ficar desempregados”, complementou.

 

Fonte: Beth Koike, Valor Econômico

Confira dados de Agosto do Boletim Covid-19 da ANS

A quarta edição do Boletim Covid-19 publicada no dia 19 de agosto, contempla informações relacionadas aos atendimentos assistenciais, situação econômico-financeira das operadoras selecionadas e as reclamações realizadas pelos usuários de planos de saúde no período. Destaque de alguns pontos apresentados no boletim:

– A taxa de ocupação geral de leitos manteve-se estável em relação a junho deste ano e abaixo da taxa verificada no mesmo período em 2019.

– A quantidade de consultas em pronto-socorro que apresentou queda no início da pandemia, apresenta retomada a partir de maio de 2020.

– Os atendimentos de Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT) indicam uma retomada gradual, apresentando quedas menores desde maio comparado aos mesmos meses de 2019.

– Manutenção dos valores pagos pelos beneficiários em julho.

– Aumento do índice de sinistralidade em julho, mas ainda abaixo do patamar histórico, devido à manutenção dos pagamentos abaixo da média repassados pelas operadoras a fornecedores.

No geral, os dados coletados continuam não indicando desequilíbrios de ordem assistencial ou econômico-financeira nas operadoras de planos de saúde. 

CONFIRA AS EDIÇÕES ANTERIORES: 

TERCEIRA EDIÇÃO BOLETIM COVID-19: JULHO 

SEGUNDA EDIÇÃO DO BOLETIM COVID-19: JUNHO 

PRIMEIRA EDIÇÃO DO BOLETIM COVID-19: MAIO

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