13 de janeiro de 2021

SindHosp em campanha contra aumento de impostos

O SindHosp, representante de cerca de 50 mil serviços de saúde, entrou na campanha “A saúde não pode pagar essa conta”, criada para esclarecer à população impactos da reforma tributária para o setor. Também fazem parte da ação a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) e Federação Brasileira de Hospitais (FBH). A campanha digital “A saúde não pode pagar essa conta” (#aSaudeNaoPodePagarEssaConta) está sendo veiculada nas redes sociais das entidades organizadoras. 

A campanha busca conscientizar a população sobre os impactos caso a reforma seja aprovada da maneira como está sendo apresentada pelos poderes Legislativo e Executivo. Perda de empregos e êxodo para o SUS são algumas das consequências caso proposta atual seja votada com a atual redação, que não contempla as características únicas da Saúde.  As consequências da medida, que unifica PIS/Cofins, não afetam apenas empresários, mas todos os brasileiros. O resultado dessa equação é devastador: acréscimo nos custos dos serviços prestados; queda na qualidade de atendimento; diminuição de investimentos em pesquisa e desenvolvimento; fechamento de hospitais, laboratórios e clínicas; redução drástica do acesso à saúde. 

SUS e Empregos 
O maior estrangulamento do Sistema Único de Saúde (SUS) também será inevitável. A estimativa é que cerca de 1,2 milhão de pessoas migrem da saúde suplementar para o sistema público, já que não conseguirão mais pagar por planos de saúde ou perderão o benefício concedido por seus empregadores, também inviabilizados de manter o auxílio.

Os impactos para economia serão também sentidos com a eliminação de postos de trabalho. Atualmente, o setor da saúde é responsável por aproximadamente 2,3 milhões de empregos diretos e o aumento de até 170% em sua carga tributária acarretará a perda significativa do emprego formal.

ACESSE O VÍDEO DA CAMPANHA AQUI   

#aSaudeNaoPodePagarEssaConta 

86% dos hospitais privados detectam aumento de internações por Covid-19 nos dez primeiros dias do ano

O SindHosp realizou pesquisa entre 76 hospitais privados do Estado de São Paulo (20% da amostra de 383 hospitais privados aptos a atender Covid-19) para obter um raio-x das internações Covid-19 na rede privada, verificar se houve aumento de casos, checar se os hospitais têm capacidade de ampliação de leitos clínicos e de UTI e se estão mantendo a agenda de cirurgias e procedimentos eletivos. O período pesquisado corresponde aos primeiros dez dias do ano.

O levantamento apurou que a taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes portadores do novo coronavírus variava entre 81% a 90% para 44% dos hospitais. 20% dos hospitais estavam com taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 de 91% a 100%, e 8% com 71% a 80% de ocupação de leitos de UTI para Covid-19, perfazendo um total de 72% de hospitais com taxa superior a 71%.

Hospitais aumentaram leitos, mas têm capacidade para ampliar mais

28% dos hospitais tiveram que aumentar o número de leitos clínicos destinados à Covid-19 nesse período e 26% dos hospitais aumentaram o número de leitos de UTI para atendimento da Covid-19 para atender ao aumento da demanda. Mesmo assim, 63% dos hospitais afirmam ter condições de aumentar ainda nais o número de leitos destinados ao tratamento da Covid-19, se necessário.

Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, destaca que a rede privada de saúde quer apoiar os governos no atendimento rápido e eficiente aos pacientes Covid-19. “A integração público-privada torna-se fundamental nesse momento da pandemia. E os hospitais privados estão ampliando atendimentos e desdobrando esforços para garantir assistência à população”.

A pesquisa indica que os hospitais privados não estão cancelando ou adiando outros atendimentos. 76% dos hospitais pesquisados responderam que não estão cancelando cirurgias ou outros procedimentos eletivos em razão da Covid-19. “Precisamos atender a todos pacientes, sejam infectados pelo coronavírus ou não”, destaca o presidente.

 

Clique aqui e acesse a pesquisa na íntegra

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