3 de novembro de 2022

eleições

Eleições e o setor da Saúde: a Hora H

Em artigo para o jornal Labor News, o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, fala sobre a relação das eleições com o setor da saúde

O período eleitoral é um momento importante: o eleitor tem a oportunidade de conhecer melhor os candidatos. Saber o que pensam sobre temas relevantes e suas propostas para solucionar os muitos problemas que nos afligem enquanto Nação. A definição do voto vem -ou deveria vir- após essa análise.

Lamentavelmente, temos assistido a guerras ideológicas e acusações recíprocas entre os partidos que em nada contribuem para o debate. Isso sem falar nas fake news, disparadas aos milhares por pessoas mal-intencionadas e reproduzidas à exaustão por outras mal-informadas. Ainda que, em alguns casos, tenham boas intenções.

A saúde aparece no topo da lista como maior preocupação dos brasileiros pelo menos desde as eleições de 2014. Recentemente, o DataFolha mostrou novamente que saúde e educação são as áreas mais importantes para os eleitores na hora de definir o voto para presidente. Os participantes puderam escolher três áreas prioritárias. Quando somadas as respostas, a saúde obteve maioria (81%), seguida de educação (75%) e, em terceiro, emprego e renda (57%).

SindHosp apresentou propostas aos candidatos nestas eleições

Por entender o seu papel social e que o acesso à saúde com garantia de qualidade assistencial, equidade e sustentabilidade é um direito do cidadão, o SindHosp produziu um documento com dez propostas para a saúde. Intitulado Proposta Saúde São Paulo, foi apresentado aos candidatos ao Governo do Estado de S. Paulo, além de alguns candidatos ao Legislativo em ambas as instâncias.

As propostas foram elaboradas de forma democrática, com a colaboração de aproximadamente cem profissionais que atuam no setor público e privado. Só para ilustrar, elas partem de três pontos: 1) dar acesso ao cidadão; 2) que esse acesso seja de qualidade e 3) que haja uma boa relação custo-benefício.

O principal objetivo com a iniciativa é contribuir para o debate político e propor uma agenda avançada e positiva para o setor.

Tivemos a oportunidade de debater essas propostas com representantes dos candidatos ao Executivo. No dia 20 de setembro, em parceria com a Folha de S.Paulo, realizamos o Seminário Proposta Saúde São Paulo. Dessa forma reunimos os formuladores das plataformas de governo para a saúde dos candidatos a governador.

Em 27 de setembro, em parceria do SindHosp com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo,  Associação Brasileira de Medicina DiagnósticaAssociação Médica Brasileira e Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos, reunimos os assessores dos presidenciáveis para a mesma discussão.

Ambos os encontros serviram para que empresários, profissionais e expoentes da saúde avaliassem as propostas dos candidatos à Presidência e ao Governo do Estado.

Em paralelo, levamos a Proposta ao conhecimento de alguns candidatos ao Legislativo. Também entregamos a todos os atuais integrantes do Congresso, Assembleia Legislativa, secretarias municipais de Saúde e entidades do setor.

Afinal, não basta construir um projeto democrático e convergente se não o propagarmos. E o SindHosp tem feito a sua parte.

Os desafios da saúde são oportunidades

Sabemos que os desafios da saúde são, também, oportunidades que devem ser aproveitadas já que esse é um setor que está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico e social.

Independentemente dos resultados das urnas, é desejo de toda a sociedade que os eleitos consigam implementar políticas públicas que façam do Brasil um país mais saudável, mais justo e que garanta mais dignidade à vida das pessoas.

E que a saúde saia definitivamente da lista das principais preocupações dos brasileiros.

Para se manter atualizado sobre os próximos artigos publicados, convenções coletivas firmadas e a agenda de eventos, acompanhe a aba ‘Notícias‘ e as redes sociais do SindHosp.

NRs

NRs 4 e 5: o que mudou?

As Normas Regulamentadoras (NRs) 4 e 5 reúnem diretrizes sobre a prevenção de acidentes e doenças relacionadas à atividade laboral. Para ficar por dentro das últimas atualizações sobre essas normativas, acompanhe esse texto.

Nesse ano, o Ministério do Trabalho e Previdência aprovou modificações na redação dessas NRs, entretanto, muitas instituições ficaram com dúvidas sobre essas alterações.

Dessa forma, o SindHosp reuniu em seu último webinar dois especialistas no assunto, a fim de esclarecer o que foi adaptado:

  • Mauro Marques Muller, auditor fiscal no Trabalho no Ministério do Trabalho e Previdência;
  • Clóvis Veloso de Queiroz Neto, coordenador geral de Relações do Trabalho e Sindical na Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde).

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) foram o público-alvo do evento, uma vez que conhecer a íntegra das alterações é imprescindível para zelar pela integridade e saúde dos trabalhadores.

O palestrante Mauro Marques Muller compartilhou sua apresentação de slides para que os serviços de saúde revisitem o conteúdo. Clique no botão para ter acesso:

Conheça as 3 principais alterações nas NRs em 2022

Só para ilustrar, a nova redação das Normas preveem diversas mudanças, entre elas na estruturação e atribuições. O SindHosp resume, a seguir, as principais modificações das normativas.

Em primeiro lugar, a tabela apresenta as alterações da NR 4, e, da mesma forma, seguida da NR 5.

NR 4:

NORMATIVA ALTERADAO QUE MUDOU?
Art. 3ºOs graus de risco constantes do Anexo I – Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE (Versão 2.0), com correspondente Grau de Risco – GR, devem ser atualizados a cada cinco anos com base em indicadores de acidentalidade.
Anexo 4.3.1Compete ao SESMT:
h) Propor, imediatamente, a interrupção das atividades e a adoção de medidas corretivas e/ou de controle quando constatar condições ou situações de trabalho que estejam associadas a grave e iminente risco para a segurança ou a saúde dos trabalhadores.
Anexo 4.3.6Na modalidade de SESMT individual, caso a organização possua mais de um técnico de segurança do trabalho, conforme dimensionamento previsto nesta NR, as escalas de trabalho devem ser estabelecidas de forma a garantir o atendimento por pelo menos um desses profissionais em cada turno que atingir cento e um ou mais trabalhadores, para a atividade de grau de risco 3, e cinquenta ou mais trabalhadores, para a atividade de grau de risco 4, sem implicar em acréscimo no número de profissionais previstos no Anexo II.

NR 5:

NORMATIVA ALTERADAO QUE MUDOU?
Anexo 5.3.1A CIPA tem por atribuições:
a) Acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos bem como a adoção de medidas de prevenção implementadas pela organização.
Anexo 5.6.1A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.
Anexo 5.6.6 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.

Assista ao webinar para conferir a íntegra das alterações

Por isso, para se manter atualizado sobre todas as mudanças das NRs, assista ao evento on-line realizado pelo SindHosp. Assim, você terá acesso à análise completa dos profissionais e também aprenderá com os exemplos práticos apresentados.

Reforçamos que essa transmissão está disponível para visualização mesmo que a sua instituição não tenha realizado inscrição prévia no webinar.

Ainda assim, lembramos que o SindHosp segue promovendo eventos em sua agenda de 2022.

Portanto, para ficar atualizado sobre os próximos encontros promovidos e apoiados pelo SindHosp, acesse a aba ‘Notícias‘ no site e acompanhe o sindicato nas redes sociais.

error: Conteúdo protegido
Scroll to Top