15 de abril de 2024

Pesquisa SindHosp revela aumento de internações por dengue com repercussão nacional na mídia

Revelado por pesquisa SindHosp, o aumento de internações por dengue na rede privada de saúde do Estado de São Paulo repercutiu em diversos veículos de imprensa do Brasil, incluindo rádios, TVs, jornais e portais de internet. Segundo o levantamento, mais de 60% dos hospitais particulares paulistas registraram elevação de casos da doença em seus leitos.

Os resultados mostram que o aumento ocorreu tanto nos leitos clínicos como nas unidades de terapia intensiva (UTI). Ainda de acordo com a pesquisa, 77% dos pacientes ficaram internados por quatro dias nas UTI. Os dados foram divulgados por pelos menos 45 veículos nacionais e locais, incluindo TV Globo, Globo News, Portal G1, Rádio CBN e jornal Valor Econômico, SBT, Rádio Jovem Pan e Jovem Pan News TV, Folha de São Paulo e Uol, Rádios Bandeirantes e Band News FM, Record News e jornal Diário de S. Paulo.

Evolução do cenário

Intitulado “Evolução do Cenário – Pacientes diagnosticados com Dengue, Covid-19 e outras doenças prevalentes”, o trabalho elaborado pelo Núcleo de Inteligência e Conteúdo (NIC) do SindHosp mostrou, ainda, que casos com suspeita de dengue atendidos nos pronto-socorros e serviços de urgência subiram 60% e que o número de pacientes positivos para dengue cresceu. Os pacientes com resultado positivo para dengue tinham, em média, 30 a 50 anos, segundo mais da metade dos hospitais consultados.

A pesquisa foi realizada no início de abril com 95 hospitais do serviço privado no Estado de São Paulo, permitindo a comparação com pesquisa anterior, realizada entre fevereiro e março. Em contraposição aos dados de dengue, os hospitais particulares paulistas registram uma queda nos novos atendimentos e internações por Covid em relação à pesquisa anterior, quando 18% dos hospitais indicavam aumento de dengue e 71% de dengue e Covid.

Temperatura e repelente

Segundo Francisco Balestrin, presidente da Fehoesp (Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) e do SindHosp, a pesquisa apontou o aumento de dengue e a queda de Covid no início de abril. “As altas temperaturas e a falta de repelentes para todos provavelmente contribuíram para o crescimento da dengue nos hospitais”, disse Balestrin. “Registramos filas de espera e demora no atendimento por conta da alta demanda de pacientes. Tivemos um conjunto grande de pessoas que se encaminharam para os hospitais para confirmar o diagnóstico da doença e, portanto, houve uma pressão nos atendimentos de prontos-socorros, ambulatórios, consultórios, mas você não tem uma pressão de internação, não há lotação de leitos”.  

Sintomas e Tratamento

Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores nas articulações e manchas no corpo. O tratamento é feito com remédios que aliviam os sintomas, no entanto, o uso de AAS e alguns anti-inflamatórios não são indicados para a doença. Por enquanto, a vacina contra a dengue na rede pública de saúde está disponível somente para crianças de 10 a 14 anos.
Veja e baixe a pesquisa completa:
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Firmada CCT com Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos de Saúde de Franca e Região

Informe SindHosp Jurídico nº25 A/2024

FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE FRANCA E REGIÃO, VIGÊNCIA DE 1º DE MARÇO DE 2024 A 28 DE FEVEREIRO DE 2025.

Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE FRANCA E REGIÃO, com vigência de 1º de março de 2024 a 28 de fevereiro de 2025.

A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e contribuintes no site do SINDHOSP, o www.sindhosp.org.br. Clique aqui para ter acesso à CCT.

São Paulo, 15 de abril de 2024.

FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE

PRESIDENTE

Base Territorial:

Aramina, Buritizal, Cristais Paulista, Franca, Guará, Igarapava, Itirapuã, Ipuã, Ituverava, Jeriquara, Miguelópolis, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Ribeirão Corrente, Rifaina, Restinga, São José da Bela Vista

CATS discute igualdade salarial e negociações coletivas

A segunda reunião da Câmara de Assuntos Trabalhistas e Sindicais do SindHosp discutiu dois temas que impactam de forma direta as relações de estabelecimentos de saúde da rede privada com seus colaboradores. No primeiro bloco, a advogada trabalhista Daniela Bernardo, coordenadora da CATS, tratou da Lei de Igualdade Salarial entre homens e mulheres e, no segundo, o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais e consultor e ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), falou sobre mercado de trabalho e negociações coletivas. O encontro contou com a participação de 18 integrantes da CATS.

Homens e mulheres

Publicada em 2023, a legislação que dispõe sobre os critérios de igualdade salarial entre homens e mulheres (Lei nº 14.611/2023) foi regulamentada pelo Decreto 11.795/2023 em conjunto com a Portaria MTE 3.714/2023. Segundo a regulamentação, empresas com mais de cem empregados devem enviar um relatório ao Ministério do Trabalho e Emprego e fazer a divulgação semestral em mídias próprias com informações relativas à remuneração dos trabalhadores da organização.
Em sua explanação, a advogada trabalhista Daniela Bernardo apresentou detalhes sobre o tema e ouviu dos integrantes da mesa o que cada um tem feito a esse respeito. De acordo com as considerações gerais, as medidas variam. Há as empresas que publicaram o relatório e aquelas que não publicaram. Entre as que publicaram, algumas não fizeram ponderações enquanto outras enfatizaram a inexistência de distinção salarial entre homens e mulheres que exercem as mesmas atividades e possuem a mesma função. As que não publicaram o fizeram em razão de medida judicial (que concedeu liminar autorizando a não publicação) ou em virtude da incerteza jurídica, considerando, inclusive, a Ação Declaratória de Inconstitucionalidade (ADI 7612) interposta pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Para Daniela Bernardo, independentemente da medida adotada, e da análise de riscos vinculada a essa decisão, é importante que as empresas verifiquem internamente as suas políticas de cargos e salários. “Além de garantir que não haja nenhuma diferença salarial entre homens e mulheres”, acrescentou a coordenadora da CATS.

Desafios trabalhistas

No segundo bloco da reunião da CATS, o sociólogo Clemente Ganz Lúcio falou sobre mercado de trabalho e negociações coletivas. Além de coordenador do Fórum das Centrais Sindicais e consultor e ex-diretor técnico do DIEESE (2004/2020), ele é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS) da Presidência da República e membro do Conselho Deliberativo da Oxfam Brasil.
Durante sua palestra, Clemente Ganz Lúcio elencou os principais desafios atuais nas relações de trabalho diante de mudanças disruptivas no processo de produção, tratou da reformulação do sistema e da cultura sindical no Brasil em discussão dentro do Ministério do Trabalho e Emprego e defendeu o fortalecimento da negociação coletiva para que a estrutura sindical se adapte às transformações em curso no mundo do trabalho.
“A sociedade passa por mudanças disruptivas no processo de produção”, destacou o sociólogo. “A engenhosidade humana criou máquinas que não só substituem a força manual, como, também, e principalmente, processam e armazenam informações. Essa quebra de paradigma tem impacto sobre todas as dimensões da vida e, consequentemente, do trabalho”.
A próxima reunião da CATS acontece em maio próximo. O propósito dessa câmara é contribuir para o alinhamento de discurso do setor patronal da saúde com embasamento técnico, trabalhando em prol da construção de negociações coletivas e acordos individuais eficientes e contemporâneos.

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