Sindhosp

26 de novembro de 2025

Papo da Saúde recebe a CEO da ABRALE

O Papo da Saúde, transmitido ao vivo em 25 de novembro, recebeu a CEO da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Catherine Moura. Conduzido pela diretora Executiva da FESAÚDE e do SindHosp, Larissa Eloi, o bate-papo abordou o trabalho da entidade, as novas terapias e os desafios para garantir que todos os pacientes com câncer tenham acesso equitativo aos tratamentos e às oportunidades disponíveis.

Com 23 anos de atividades, a Abrale é uma organização sem fins lucrativos (ONG) que atua em 15 capitais com a missão de oferecer ajuda e mobilizar parceiros para que todas as pessoas com câncer e doenças do sangue tenham acesso ao melhor tratamento. “Em um país tão desigual, com barreiras de acesso ao sistema e muitos vazios assistenciais, mobilizamos parcerias e trabalhamos em várias frentes para garantir diagnóstico precoce e o melhor tratamento aos pacientes com câncer e outras doenças do sangue”, afirma Catherine Moura.

O primeiro campo de atuação da ONG é no apoio direto ao paciente, através de atendimento psicológico e nutricional, orientação jurídica e teleconsultas para uma segunda opinião médica. Em outra frente, a entidade realiza pesquisas com o objetivo de entender a jornada do paciente antes, durante e após o tratamento, verificando as necessidades e dificuldades de acesso. Também disponibiliza o Observatório de Oncologia, uma plataforma online e dinâmica de monitoramento de dados abertos e de compartilhamento de informações sobre a área no país. Clique aqui e acesse o portal.

Outro pilar de atuação está voltado para a área de educação e informação, com cursos de capacitação a distância e canais de comunicação. Por fim, a Abrale possui o pilar de políticas públicas e advocacy, focado em relacionamentos e ações que tragam melhorias e transparência nas leis e nos processos do governo, para beneficiar os pacientes com câncer e doenças do sangue. “As grandes transformações sociais são sempre feitas através de boas políticas públicas”, ensina a CEO da Abrale.

Desafios

De acordo com Catherine Moura, cerca de 30 mil novos casos de câncer do sangue são diagnosticados por ano no Brasil. “A Abrale, com seus 70 colaboradores e voluntários, atende, em média, entre seis e sete mil novos pacientes todos os anos”, afirma a CEO. Além do acesso e dos vazios assistenciais, Moura destaca como grande desafio a disparidade existente no país entre as estruturas e recursos de atendimento. “O Sistema Único de Saúde (SUS) não funciona de forma igualitária em todas as regiões do país. Muitas crianças com câncer do sangue sequer conseguem ser diagnosticadas e tratadas”, enfatiza.

Larissa Eloi questionou a CEO da Abrale como uma liderança pode manter vivo o espírito de empatia e acolhimento na equipe. “Na Abrale, o recrutamento, seleção e desenvolvimento humano trabalham sempre a empatia e o senso de propósito. Por atuar no terceiro setor, na saúde e na assistência a pacientes com câncer, procuramos desenvolver sempre uma escuta e uma linguagem de esperança. Temos relatos de casos que nos deparam constantemente com a finitude da vida, e isso nos faz dar valor ao que temos”, ensina Catherine Moura.

O Papo da Saúde ainda abordou o desenvolvimento acelerado e as expectativas com as inovações terapêuticas, sobretudo as terapias-alvo e gênicas; custo-efetividade desses avanços para os sistemas de saúde; o futuro do tratamento do câncer e muito mais. Para obter informações sobre a Abrale, se tornar um voluntário, patrocinador ou doador acesse aqui o site da entidade.

A íntegra do Papo da Saúde com a CEO da Abrale estará à disposição no canal do YouTube do SindHosp (@SindHospOficial) a partir do dia 2 de desembro.

 

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SindHosp inaugura comitê técnico para produzir manual de boas práticas em ILPI

O SindHosp realizou a reunião inaugural do recém-criado Comitê Técnico de Boas Práticas em Instituições de Longa Permanência de Idosos, as ILPI. Coordenado por seu diretor técnico-científico, o médico José Antônio Maluf de Carvalho, o grupo tem como objetivo produzir um documento que norteie o trabalho de donos e gestores das ILPI. “Queremos produzir um manual de boas práticas. É uma oportunidade de extrapolar as nossas fronteiras, gerando recomendações que visem garantir um melhor funcionamento de ILPI, tanto para aqueles idosos que já estão alocados como para aqueles que necessitam deste serviço de saúde”, definiu Maluf.

O presidente do SindHosp/FESAÚDE, Francisco Balestrin, abriu a reunião chamando a atenção para o papel do comitê. “Queremos fomentar aqui discussões técnicas no sentido de estabelecer parâmetros de governança clínica, princípios operacionais e arquitetura de qualidade assistencial no âmbito das ILPI”, destacou Balestrin.

Lançamento em 2027

O objetivo do grupo é realizar reuniões bimestrais durante o ano de 2026 para lançar o manual em 2027, oferecendo-o para autoridades, sociedades e frentes de trabalho e criando a partir dele webinares e aulas educativas para diferentes públicos. “Do ponto de vista da saúde, o cuidado integral nas ILPI deve reafirmar o compromisso com a dignidade humana e com a excelência, sempre identificando os riscos para a segurança do idoso”, ponderou Maluf.

Durante a reunião, a enfermeira sanitarista e educadora Miriam Ikeda apresentou a palestra “Visão Assistencial das Estruturas para Idosos”.  Diretora da Ânima-Ânimus Consultoria em Saúde, com projetos de implantação de unidades de saúde e Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), plano diretor assistencial, revisão de processos, eficiência operacional, ela diz que qualquer pessoa que pretenda ou trabalhe com idosos precisa se fazer esta pergunta: “O que você vai ser quando envelhecer?”.

Segundo Ikeda, para se trabalhar com idoso é preciso pensar que também vai envelhecer. “E saber que envelhecer não é doença. O problema é quando a gente envelhece muito e mal, o que leva a doenças crônicas. Mas nem todo crônico é idoso e nem todo idoso é crônico”. Para ela, o objetivo não deve ser tratar doenças, mas, sim, manter o idoso saudável.

Processo não patolótico

Segundo a OPAS, o envelhecimento é “um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte”. Ou seja, é um processo natural, “não patológico”, reforçou a palestrante. “Os dois grandes erros são tratar alterações em um idoso como decorrente do envelhecimento e tratar o envelhecimento natural como doença”, sustentou Miriam Ikeda.

De acordo com a Anvisa, as ILPI são instituições de caráter residencial destinadas ao domicílio coletivo de pessoas acima dos 60 anos em condições de liberdade, dignidade e cidadania. “É uma residência assistida, que engloba diversos aspectos da vida, da saúde ao social. Existe uma complexidade, por conta do manejo dos cuidados prolongados. E o cuidado tem de ser centrado na pessoa, não no paciente, em sua história e sua jornada”, salientou Ikeda.

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