O setor da saúde, em geral, é atrativo sim para os investidores. É o que afirmam os especialistas que participaram dos debates do Conecta Saúde, primeira edição de evento anual do IEPAS, realizado no dia 25 de outubro, no centro da capital paulista.
Segundo André Staffa Filho, diretor da Logika Consultores Associados, há dois tipos de investidores: os estratégicos, que atuam na evolução estratégica do negócio, e os private equity, são os investidores “que compram por dez e querem vender por vinte, trinta, quarenta num prazo entre cinco a sete anos”.
Na saúde, os interesses prioritários têm sido os planos de saúde, os hospitais gerais e os serviços de medicina diagnóstica. Staffa aposta ainda em interesses que crescerão, como em hospitais de longa permanência e os serviços de home care.
Staffa ainda garantiu que dinheiro hoje não é problema para qualquer grupo de investimento. A questão é o negócio ser atrativo.
Para Luiz Delgado, da empresa de gestão de investimentos KKR do Brasil, há um nível de informalidade ainda muito persistente na área da saúde, “muito porque o setor não tem tradição de receber o investidor”. Na área contábil, a transparência é fundamental, assim como outros fatores, como uma boa diversidade de fontes pagadoras, vantagem competitiva e perspectiva de crescimento, mesmo que orgânico.
Quando um investidor se interesse por uma companhia, uma diligência é iniciada, que pode levar muitos meses. “E quanto mais insegurança o investidor tiver sobre as informações, menos a empresa vai valer”, afirmou Delgado.
Fonte: Da Redação