Já é obrigatório, no país, que os serviços de saúde possuam Núcleos de Segurança do Paciente, que estabeleçam Programas de Segurança do Paciente e que notifiquem os eventos adversos, segundo determina a RDC 36 de 2014, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Daí a importância do tema abordado em palestra realizada na regional de Santos do SINDHOSP, sob a tutela de professora doutora Maria de Jesus Castro S. Harada, enfermeira pela Unifesp, membro do Grupo Técnico de Segurança do Paciente e Qualidade nos Serviços de Saúde da Anvisa e autora dos livros “O erro Humano e a segurança do paciente” e “Dia a dia segurança do paciente”, entre outros.
Segundo a palestrante, os enfermeiros são os verdadeiros guardiões da segurança do paciente nos hospitais, uma vez que são eles os responsáveis pelo contato direto com o paciente. A complexidade e a multiplicidade da atividade, no entanto, pode induzir ao erro, se combinada ao estresse, a jornadas extensivas ou à falta de preparo técnico dos profissionais.
Adotar as práticas baseadas em evidências garante a diminuição dos erros, segundo inúmeras pesquisas. A prescrição informatizada, por exemplo, reduz em 81% os erros de medicação. A adoção de protocolos para cateter venoso central reduz em 92% as infecções. Estes e outros dados foram apresentados por Maria de Jesus Castro, evidenciando o que já se sabe em teoria: a qualidade do atendimento hospitalar depende da prática da segurança do paciente. Tem sido um desafio, no entanto, reduzir os números de eventos adversos, segundo ela.
Dicas como evitar a dependência da memória no desempenho das atividades, reduzir o número de interrupções durante determinadas tarefas, rever e simplificar processos e seguir protocolos ajuda bastante no bom desempenho das atividades.
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