12 de fevereiro de 2024 marca os 86 anos do maior Sindicato patronal da saúde na América Latina, o SindHosp
Fundado em 1938 por sete hospitais paulistas, a história do Sindicato de Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Estabelecimentos de Saúde no Estado de São Paulo (SindHosp) se enreda pela evolução da medicina e pela concepção do Sistema Único de Saúde (SUS). Nascido, na ocasião, com o propósito de auxiliar os empresários e gestores dos hospitais privados no relacionamento com os trabalhadores, que se organizavam em movimentos isolados de paralisação (as greves na época eram proibidas), e a participar mais ativamente das decisões governamentais, o SindHosp acompanhou todas as transformações políticas, econômicas, sociais e científicas ocorridas ao longo das décadas.
Hoje, o SindHosp é o maior sindicato patronal da saúde na América Latina e representa cerca de 51 mil prestadores de serviços de saúde no Estado de São Paulo. Há cerca de dois anos, iniciou um processo de governança corporativa que culminou com a modernização do seu estatuto social e a adoção de um novo modelo de gestão, já adotado pela diretoria eleita em 2023. Um conjunto de boas práticas de administração foi implantado para assegurar a eficiência e o cumprimento das metas traçadas em planejamento estratégico, além de levar para os representados o conceito do sindicalismo associativo, embasado em valores como colaboração, empatia, união e credibilidade.
O mercado representado pelo SindHosp movimenta cerca de R$ 60 bilhões anualmente e responde pela geração de 1,8 milhão de postos de trabalho diretos. A representatividade deste importante segmento econômico e social é realizada através de um intenso relacionamento com todo o ecossistema da saúde, ou seja, entidades governamentais, agências reguladoras, conselhos de classe e integrantes da cadeia produtiva.
Além das cerca de 50 negociações coletivas realizadas todos os anos, o SindHosp tem um leque de produtos e serviços voltados ao segmento. Conheça um pouco cada um deles:
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Conheça um pouco da história do SindHosp
Um ano após a sua fundação, em 1939, as clínicas de saúde foram incorporadas à representatividade do SindHosp. Na década de 40, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi concluída e o Ministério da Saúde, criado. Em 50 e 60, São Paulo cresce exponencialmente e o setor privado de saúde acompanha esse crescimento. Surgem os primeiros planos de saúde e, junto com eles, um novo desenho assistencial e de relacionamento comercial no setor. Os laboratórios de pesquisas e análises clínicas passam a ser representados pelo Sindicato na década de 70.
Nos anos 80, a ideologia da estatização ameaçava os estabelecimentos de saúde privados. Graças à atuação do SindHosp, em conjunto com outras entidades representativas, a iniciativa privada é contemplada na Constituição de 1988. A atuação política que o SindHosp desempenhou, na época, foi fundamental para que o setor privado existisse como se apresenta atualmente: como espaços focados na inovação, pesquisa e de instituições renomadas internacionalmente pela qualidade dos seus serviços. No mesmo período, a proliferação do vírus da Aids provoca a falta de leitos para doentes no Estado. O SindHosp se reúne com o Governo do Estado e se engaja fortemente em uma campanha de prevenção e conscientização da doença.
A partir de 90, o SindHosp começa a promover cursos, treinamentos e eventos para o setor e amplia sua representatividade no Interior. A crise do SUS nesse período é acompanhada de perto pelo Sindicato, que se envolve em um movimento por reajuste nas tabelas. A promulgação da Lei 9656, em 1998, muda o cenário do setor suplementar. A saúde incorpora novas tecnologias, procedimentos e registra uma das décadas mais produtivas da sua história.
A partir dos anos 2000, após a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o SindHosp foca suas atividades no relacionamento entre prestadores de serviços e operadoras de planos de saúde. Três pesquisas com os Institutos DataFolha e Vox Populi, com o objetivo de mostrar as dificuldades comerciais enfrentadas pelos profissionais e estabelecimentos, são realizadas. Os levantamentos têm repercussão em todo o país. Paralelamente, e nos anos seguintes, cresce significativamente o número de cursos e eventos. .
Além da forte atuação no campo do conhecimento, o Sindicato luta pelo fim da prorrogação da CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, já que o dinheiro arrecadado não estava vindo para a Saúde, e por redução da carga tributária. Sua atuação política nas três esferas governamentais é ampliada.
Durante a pandemia de Covid-19, que expôs as fragilidades do SUS e do sistema de tomada de decisão governamental, o SindHosp teve papel crucial no auxílio aos estabelecimentos e profissionais da saúde. As mais de 30 pesquisas realizadas junto aos hospitais para levantar as dificuldades enfrentadas no combate ao coronavírus, além de terem ampla repercussão na mídia nacional, ajudaram a solucionar os problemas com maior rapidez. Além disso, informações em tempo real foram disponibilizadas aos contribuintes sobre normas, portarias e outras decisões emitidas pelos órgãos governamentais, como Anvisa, Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde, entre outros.
Em 2022, o SindHosp, para qualificar o debate político e contribuir para a construção de uma agenda avançada e positiva para a saúde paulista, idealiza a Proposta Saúde São Paulo. A iniciativa nasceu com os objetivos de garantir o acesso sustentável dos paulistas ao SUS, a qualidade assistencial, a sustentabilidade do complexo econômico-financeiro do setor e incentivar São Paulo a produzir uma política de Estado capaz de inserir a saúde como base de uma agenda de desenvolvimento econômico e social. Clique aqui e conheça a Proposta na íntegra
Somente uma instituição atenta à realidade e aos desafios do setor consegue chegar aos 85 anos como o maior sindicato patronal da saúde na América Latina. Com o planejamento traçado para os próximos anos e os novos projetos e serviços que em breve serão anunciados não é exagero afirmar que o SindHosp terá um futuro ainda mais promissor. Com isso, ganham os estabelecimentos de saúde paulistas, a população, que continuará a receber serviços de qualidade, e o exercício da democracia, já que o SindHosp é uma entidade representativa de um dos setores mais importantes para o desenvolvimento socioeconômico do país: a Saúde.