A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) apoia o “Movimento Eu Dou Sangue Pelo Brasil” em prol da doação regular e voluntária de sangue no Estado de São Paulo e, consequentemente, no Brasil como forma de salvar vidas e garantir a manutenção da saúde das pessoas que necessitam de transfusões. Como gancho ao movimento, o Dia Mundial do Doador de Sangue é datado em 14 de junho.
A doação de sangue é um procedimento simples e apesar das campanhas de conscientização quanto ao ato de doar voluntariamente e, em especial, por repetição, o número de doadores de sangue está abaixo do esperado no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a média mundial de doadores de sangue está entre 3% e 5% em relação à população de todo o país. A média brasileira é de 1,9% nos últimos cinco anos; destes, 40% o fizeram pelo menos duas vezes ao ano.
Em 2014, foram coletadas cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue, quantidade responsável por 3.127.957 transfusões ambulatoriais e hospitalares. São Paulo é o Estado com o melhor índice de doações em todo o país, correspondendo a 25% do total. Todavia, segue muito abaixo do padrão internacional.
“Hoje, a doação é segura não só para o doador, mas também para o paciente. Uma das conquistas da ABHH é a implementação do NAT, um exame que aumenta a segurança das transfusões de sangue, porque é capaz de detectar a presença do vírus do HIV (Imunodeficiência Humana); HCV (Hepatite C) e HBV (Hepatite B) no organismo em um curto período de tempo, existente entre o dia da contaminação por vírus e o momento de sua manifestação no organismo (janela imunológica) e que garante a segurança do paciente que irá receber o sangue para tratamento”, explica Dimas Tadeu Covas, presidente da ABHH.
Com a chegada do inverno, o número de doações cai ainda mais. “A queda de temperatura, o aumento das infecções respiratórias e outras enfermidades fazem com que as doações diminuam em média 30%. Além disso, com o período de férias há um aumento no número de acidentes nas estradas, o que pressiona ainda mais os estoques dos hemocentros. Não há um material substituto. Em caso de cirurgias ou tratamentos, só se pode contar com a solidariedade dos doadores”, observa Diana Berezin, criadora da campanha, em 2011 em São Paulo, com sua irmã Debi Aronis. Três anos depois, a iniciativa foi estendida para todo o território nacional. “Somente quem vive a dificuldade de conseguir sangue sabe a importância das doações. Depois de sentir na pele o que é isso, decidimos disseminar e promover a conscientização para que esse se torne um hábito na vida do brasileiro”, explica Debi.
Para lembrar a data, os principais monumentos do país estão com a cor vermelha, como o Viaduto do Chá, Biblioteca Mario de Andrade, Monumento às Bandeiras, Estátua do Borba Gato, Câmara dos Vereadores, Sala São Paulo, Fonte do Parque do Ibirapuera, ambos em São Paulo, Ministério da Saúde, no Distrito Federal, Memorial de Curitiba, no Paraná, entre outros.