Desde 2009, a Espanha enfrenta uma crise econômica que reduziu em 17% o orçamento da saúde no país. Desde então, tem tentado equilibrar a assistência à população e a economia, com um sistema de saúde que valoriza a qualidade assistencial.
Os desafios são muitos, segundo o diretor-geral de Coordenação de Assistência Sanitária da Comunidade e Madri e conselheiro em empresas de saúde pública na Espanha, César Pascual Fernández. Mas estão conseguindo virar o jogo. “Para enfrentar esta situação, dispensamos 98 mil funcionários, diminuímos salários, aumentamos a carga horária, reduzimos os preços dos medicamentos e desenvolvemos programas de copartipação para a população. Foi um remédio amargo, que não agradou o trabalhador. Mas era necessário devido ao momento econômico.”
Com o sistema universal e financiado por imposto, a solução espanhola foi investir e financiar tecnologia e inovação. “Adaptamos a oferta de cuidados, incorporamos novos serviços focados na atenção primária, na prevenção, reduzimos cargas financeiras e minimizamos os riscos de incrementar as desigualdades de acesso, desencentivando o consumo ineficiente de recursos.”
O responsável pela área de Planejamento e Desenvolvimento Internacional da Asisa, Antonio Mateu Serra, concluiu: “É importante se readaptar e investir em novos segmentos sanitários para atender a demanda da população e garantir a assistência de qualidade”.