Rever processos é importante para assegurar a proteção dos dados

Acompanhando a crescente tentativa de estelionatários adentrarem o sistema informativo dos estabelecimentos de saúde, o SindHosp orienta que a categoria revisite processos de segurança digital e providencie divulgação de informativos para colaboradores, pacientes, visitantes e acompanhante.

Infelizmente, a pandemia da Covid-19 retomou a prática de um antigo golpe envolvendo o ecossistema da saúde. 

Com as medidas de segurança para contenção do coronavírus, a presença de acompanhantes e limitação de visitantes passou de ser regra nas internações. Aproveitando-se do momento delicado, golpistas têm se passado por falsos médicos ou colaboradores dos hospitais e, manipulando a necessidade de realização urgente de cirurgias ou compra de medicações, estão realizando cobranças por telefone informando falsos diagnósticos que, supostamente, justificam os procedimentos.

As famílias, que estão distantes das alas de internação e do contato próximo com a equipe multidisciplinar, em um ato de zelo pelo ente querido, realizam a transferência bancária conforme o valor requisitado pelo golpista, que está do outro lado da linha telefônica.

Como coibir o golpe

Essa ruptura na segurança interna, seja por prepostos do estabelecimento ou hackeamento do sistema informatizado dos serviços de saúde, indica a necessidade de revisitar os processos de segurança digital e governança interna, assegurando que a rotina da equipe incorpore todas as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e que o armazenamento de informações sensíveis esteja assegurado.

Em entrevista ao Jornal Nacional, o presidente do SindHosp Francisco Balestrin, afirma que esse tipo de cobrança não integra a rotina de nenhum serviço de saúde do país

O advogado do SindHosp, Rodrigo Marin, também orienta que hospitais, clínicas e laboratórios providenciem informativos e adotem providências para alertar as famílias dos pacientes internados. 

Especialmente nas recepções das unidades, deve ser comunicado que essa prática de cobrança é indevida e ao identificá-la, as famílias devem entrar em contato imediatamente com a administração do estabelecimento e procurar as autoridades policiais para informar sobre a tentativa de fraude e estelionato.

Nas alas de internação, também é imprescindível que seja entregue e assinado pelo responsável do paciente um documento que contenha a informação de que o serviço de saúde não requer nenhum tipo de pagamento extra durante a recuperação do paciente e que não realiza, em nenhuma hipótese, cobranças de valores financeiros por telefone. 

Importante incluir no registro impresso que, caso a família receba esse tipo de contato, deve informar o hospital para as providências cabíveis.

A implementação destas medidas pelos estabelecimentos de saúde indica a preocupação da instituição em transmitir aos visitantes, acompanhantes e pacientes conhecimento relativo às condutas internas e normas legais, e reduz riscos de eventuais responsabilizações.

SindHosp se posiciona na grande imprensa

Confira as reportagens em que o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, dialogou sobre o tema este ano.

Jornal Nacional

GloboNews

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