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‘As mulheres precisam de mais representatividade’, diz Marta Lívia Suplicy

Em celebração à semana da mulher, o SindHosp e a FESAÚDE-SP realizaram uma edição especial do videocast “Papo da Saúde”, com foco no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. A convidada foi Marta Lívia Suplicy, presidente do Conselho Superior Feminino (COFEM) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Comandada por Francisco Balestrin e Larissa Eloi, presidente e CEO do SindHosp/FESAÚDE-SP, respectivamente, a conversa girou em torno da importância da equidade de gênero, da união entre as mulheres e dos desafios enfrentados no mundo corporativo e industrial. Para assistir à íntegra deste Papo da Saúde, clique aqui.

“Acredito na ideia de irmos todos juntos. Não é uma briga por espaço, mas uma cultura de respeito e responsabilidade coletiva”, destacou a entrevistada, enaltecendo o papel da saúde nesse processo. “Prédio não se constrói de cima para baixo, é preciso fundação; e a saúde é a grande base de qualquer forma de liderança, seja na indústria ou qualquer outra área”.

 

Voz às mulheres

 

A gaúcha Marta Lívia Suplicy compartilhou sua trajetória profissional, desde a formação em Zootecnia até sua atuação na indústria e em movimentos femininos, além de pós-graduações diversas, incluindo em Ciências Políticas. Ela destacou a importância da participação em movimentos para fortalecer a representatividade feminina. “O COFEM busca aglutinar as mulheres do mundo corporativo e da indústria, dando voz a quem não tinha”, afirmou Marta Lívia Suplicy, ressaltando o papel do conselho em articular políticas públicas e promover a equidade de gênero.

 

 

A saúde mental da mulher também foi um tema central no debate. A convidada especial apresentou dados sobre o impacto da liderança feminina na saúde mental e destacou a importância de abordar o tema. O programa “Elas na Indústria”, iniciativa do COFEM, foi mencionado como um exemplo de ação que oferece mentoria e apoio às mulheres, incluindo cuidados com a saúde mental. “A saúde mental é um tema crucial, com dados sobre o impacto em mulheres em cargos de liderança”, disse Marta Lívia Suplicy, enfatizando a necessidade de atenção e cuidado com o bem-estar feminino.

 

Papel político

 

O papel político da mulher também foi discutido, com exemplos de primeiras-damas e ministras que se destacaram. Marta Lívia Suplicy ressaltou a importância de valorizar as plataformas de mulheres e de votar em candidatas qualificadas. “As mulheres representam 54% do eleitorado, integram 43% da força produtiva nas empresas e têm apenas 12% de representatividade; é fundamental que usem esse poder para eleger representantes que defendam seus interesses”, afirmou a entrevistada, destacando a necessidade de maior participação feminina na política.

Ela concluir sua fala com uma reflexão sobre o papel dos homens no apoio ao crescimento das mulheres e na promoção da igualdade. Marta Lívia Suplicy enfatizou a importância de reconhecer as aptidões e competências femininas e de respeitar o crescimento das lideranças femininas. “É preciso promover a ‘fofoca reversa’ e servir de retaguarda para as mulheres que estão em posição de liderança”, disse a convidada, incentivando a união e o apoio mútuo entre as mulheres.

 

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GT Suprimentos trata dos impactos financeiros das novas regras OPME

O Grupo Técnico de Suprimentos do SindHosp se reuniu para discutir os “Impactos Financeiros das Novas Regras OPME”, em referência à gestão das Órteses, Próteses e Materiais Especiais. Coordenado por Carlos Oyama, o GT teve como convidados especiais Davi Uemoto, gerente-executivo da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (Abraidi), e Hella Gottschefsky, advogada, professora e consultora tributária, sócia do escritório Saavedra e Gottschefsky.

Durante a reunião remota, Davi Uemura destacou o impacto associado à retenção de faturamento e lembrou que o fornecedor de dispositivos médicos tem 180 dias para emitir a nota fiscal a partir da remessa. “O problema relacionado à retenção de faturamento não vai causar efeito só ao fluxo de caixa do fornecedor, mas também para o setor tributário”, ponderou Uemura, que também falou sobre o ajuste do Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico – Fiscais (SINIEF), na busca pela padronização do modelo de nota fiscal. “Esse ajuste SINFIEF é um convite para todos se sentarem à mesa e pensarem no processo, principalmente na hipótese de remessas destinadas à aplicação de OPME”.

A advogada Hella Gottschefsky também defende mudanças na relação entre hospitais e fornecedores. “Ainda é muito baixa a formalização de fornecedores com representantes hospitalares, e isso impacta em questões tributárias”, sustentou Gottschefsky, que também criticou o prazo estipulado para emissão de notas fiscal. “Ninguém tem interesse nesse prazo de 180 dias”.

A próxima reunião do GT Suprimentos será no dia 07 de maio deste ano.

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Firmada CCT com Sindicato dos Enfermeiros do Estados de São Paulo

Informe SindHosp Jurídico nº 15-A/2025

FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOS
ENFERMEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO, VIGÊNCIA DE 1º DE SETEMBRO
DE 2024 A 31 DE AGOSTO DE 2025.

Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o
SINDICATO DOS ENFERMEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO, com vigência de
1º de setembro de 2024 a 31 de agosto de 2025.

A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e
contribuintes no site do SINDHOSP, www.sindhosp.org.br ícone Jurídico/Convenções
Coletivas.

São Paulo, 11 de março de 2025.

FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE
PRESIDENTE

Base Territorial: Todo o Estado de São Paulo

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Firmada CCT com Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo

Informe SindHosp Jurídico nº 16-A/2025

FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOS
FARMACÊUTICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, VIGÊNCIA DE 1º DE
OUTUBRO DE 2024 A 30 DE SETEMBRO DE 2025.

Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o
SINDICATO DOS FARMACÊUTICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, com vigência
de 1º de outubro de 2024 a 30 de setembro de 2025.

A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e
contribuintes no site do SINDHOSP, www.sindhosp.org.br ícone Jurídico/Convenções
Coletivas.

São Paulo, 7 de março de 2025.

FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE
PRESIDENTE

Base Territorial: Todo o Estado de São Paulo

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Vinte hospitais associados ao SindHosp integram o ranking de melhores do mundo de 2025

Vinte hospitais associados ao SindHosp estão entre os 115 representantes brasileiros relacionados no ranking da revista Newsweek com os melhores do mundo de 2025. Elaborado em parceria com a empresa de análise de dados Statista, o estudo “World´s Best Hospitals” avaliou mais de 2.400 instituições de saúde em 30 países, levando em conta diversos critérios, incluindo a qualidade do atendimento, a experiência do paciente, as métricas de qualidade hospitalar, a produção científica e as medidas de resultado relatadas pelo paciente (PROMs), que avaliam a percepção dos pacientes sobre seu bem-estar funcional e qualidade de vida.

Veja aqui a lista dos melhores hospitais do Brasil segundo o estudo da revista Newsweek e aqui o ranking com os top 250 hospitais do mundo, incluindo sete instituições brasileiras.

O ranking Word´s Best Hospitals 2025 revelou a excelência de hospitais brasileiros em um cenário global competitivo. Esse reconhecimento reforça o alto padrão de saúde oferecido no Brasil, demonstrando a competência dos profissionais e a infraestrutura de ponta disponível no país.

“O Brasil, especialmente São Paulo, oferece uma das melhores estruturas médico-hospitalares do mundo. É motivo de orgulho para o SindHosp”, destaca o presidente da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FESAÚDESP) e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Estabelecimentos de Saúde no Estado de São Paulo (SindHosp).

Os 20 hospitais brasileiros associados ao SindHosp que se destacam entre os melhores do mundo são estes, pela ordem:

  1. Hospital Samaritano Higienópolis
  2. Centro Médico Campinas
  3. Hospital Santa Paula
  4. Hospital e Maternidade São Luíz Anália Franco
  5. Hospital 9 de Julho
  6. Hospital São Luiz Morumbi
  7. Vila Nova Star
  8. Hospital São Lucas
  9. Hospital e Maternidade Brasil
  10. Hospital São Luiz Itaim
  11. Hospital Unimed Araraquara São Paulo
  12. HUC – Hospital Unimed Campinas
  13. Hospital Unimed Limeira
  14. Hospital da Luz
  15. Hospital Unimed Araçatuba
  16. Hospital viValle – São José dos Campos
  17. Hospital Unimed Piracicaba
  18. Hospital Unimed Bauru
  19. Hospital Modelo Sorocaba
  20. Unimed Sorocaba – Hospital Dr. Miguel Soeiro

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‘Não temos planos de saúde, mas intermediários financeiros’, diz o consultor Adriano Londres

Especialista em saúde suplementar, o economista Adriano Londres não mede palavras ao analisar a atual situação do setor, principalmente em relação aos planos de saúde coletivos. “Vivemos uma hipocrisia coletiva. Fazemos muito menos do que poderíamos para tornar esse setor um pouco mais eficiente. Claro que existem problemas ligado à economia do país, há uma correlação entre emprego, PIB e número de beneficiários, mas sabemos que somos pouco eficientes na gestão do cuidado e do recurso”, criticou o sócio da consultoria técnica Arquitetos da Saúde a Francisco Balestrin, presidente do SindHosp e FESAÚDE-SP e vice-presidente da CNSaúde, durante o videocast Papo da Saúde. Clique aqui e assista à integra da entrevista.

“Vivemos uma hipocrisia coletiva. Fazemos muito menos do que poderíamos para tornar esse setor um pouco mais eficiente”

No papo, Balestrin lembrou que Adriano Londres participou com ele da fundação da Anaph, em 2001, e que pertence a uma família tradicional de médicos: “Seu avô criou a Clínica São Vicente no Rio de Janeiro”. O convidado contou que seu sobrenome vem da Paraíba e falou de suas passagens pelo Hospital do Coração e Qualicorp antes de fundar sua consultoria. “O arquiteto tem de projetar sonhos com orçamento, é um pouco o nosso trabalho na área da saúde”, contou Londres.

 

Sem qualidade nem prevenção

Para Adriano Londres, a saúde suplementar precisa de um choque de gestão se quiser se tornar mais eficiente. Segundo ele, somente 7% dos hospitais privados do país têm acreditação e as operadoras investem apenas 0,25% de sua receita em planos reconhecidos pela ANS como de atenção à saúde. “Temos problemas reais e complexos, mas a gente pouco tem endereçado esses temas mais estruturantes, sobretudo de qualidade e prevenção. Resultado: em 10 anos, o setor cresceu menos de 1%, mesmo o plano de saúde sendo um objeto de desejo do brasileiro, isso é vergonhoso”, condenou Adriano Londres.

“Em 10 anos, o setor de saúde suplementar cresceu menos de 1%, mesmo o plano de saúde sendo um objeto de desejo do brasileiro, isso é vergonhoso”

Sobre a obrigatoriedade da acreditação para estabelecimentos de saúde, o convidado do Papo da Saúde citou o debate proposto pela filósofa Lúcia Helena Galvão sobre a ética da coerção em contraposição à ética da convicção. “Para que as pessoas ajam de maneira correta, elas precisam sentir que haja a possibilidade de ser penalizadas. Será que teremos de obrigar as instituições a ter um compromisso com qualidade, é isso? Agora, por outro lado, quantas empresas que contratam um plano de saúde sabem exatamente o que é uma acreditação ou quais benefícios a acreditação pode gerar tanto para ele, financiador, como para o beneficiário. Temos uma falha de comunicação, precisamos compilar mais dados associados à qualidade do cuidado”, ponderou Londres.

 

Judicialização da saúde

Francisco Balestrin e Adriano Lopes também discutiram a judicialização da saúde. O entrevistado do Papo da Saúde revelou que o número de processos dobrou de 2021 para 2024, atingindo 300 mil novos casos. “A judicialização é mais um sintoma dos problemas associados à saúde suplementar. Mas é preciso separar o que é legítimo do que não é. O ponto é que a politicagem ocupa um espaço que deveria ser de políticas para saúde, dando margem para a judicialização. E o setor não reage. Qual é a agenda estratégica da saúde suplementar? Não existe”, analisa o economista.

Nós, como Estado, não tratamos a saúde como deveríamos”

Adriano Londres também criticou o financiamento público da saúde no Brasil. “O valor per capta é baixo. Nós, como Estado, não tratamos a saúde como deveríamos”, afirmou o consultor. “Na outra ponta, a saúde suplementar faz menos do que poderia. As operadoras deveriam ser de planos de saúde, mas não temos planos de saúde no Brasil. O que temos são intermediários financeiros que vendem produtos que pagam contas do tratamento de doença”.

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Firmada CCT com sindicato dos empregados em estabelecimentos de saúde de Jaú e Região

Informe SindHosp Jurídico nº 13-A/2025

FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOS
EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE JAÚ E
REGIÃO, VIGÊNCIA DE 1º DE JANEIRO DE 2025 A 31 DE DEZEMBRO DE
2025.

Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o
SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE
SAÚDE DE JAÚ E REGIÃO, com vigência de 1º de janeiro de 2025 a 31 de dezembro
de 2025.

A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e
contribuintes no site do SINDHOSP, www.sindhosp.org.br ícone Jurídico/Convenções
Coletivas.

São Paulo, 26 de fevereiro de 2025.

FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE
PRESIDENTE

Base Territorial: Arealva, Areiópolis, Bariri, Barra Bonita, Boa Esperança Do Sul,
Bocaina, Boracéia, Borebi, Brotas, Dois Córregos, Dourado, Igaraçu Do Tietê, Itaju,
Itapuí, Jaú, Lençóis Paulista, Macatuba, Mineiros Do Tietê, Pederneiras, Ribeirão
Bonito, São Manuel, Torrinha e Trabiju.

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SindHosp sedia reunião de alinhamento de conteúdo da Hospitalar 2025

Seguindo a tradição, o SindHosp sediou mais uma vez a reunião de alinhamento de conteúdo envolvendo os principais parceiros e curadores da edição de 2025 da maior feira de saúde da América Latina, a Hospitalar. Comandada por Juliana Vicente, head do Portfólio Saúde da Informa Market Latam, organizadora da Hospitalar, o encontro serviu de ponto de partida para a definição de congressos e palestras do evento, além dos detalhes de infraestrutura e logística.

“A ideia da reunião de alinhamento é definir o conteúdo com parceiros e curadores de conteúdo que estão preparando conteúdo para a Hospitalar e, assim, evitar repetição ou sobreposição de assuntos e palestrantes”, explicou Juliana Vicente, da Informa Market. Em 2025, a Hospitalar completa 32 anos.

 

 

Fernanda Fortuna, gerente de Conteúdo da Informa Market, detalhou os eventos dos congressos próprios da Hospitalar. “Teremos arenas de conteúdo e nove congressos. As novidades serão os congressos de Gestão Veterinária, Suplain Chain, Infraestrutura e Cuidados Respiratórios, além dos tradicionais congressos de Reabilitação, Hotelaria e Facilities, Atenção Domiciliar e Cuidados de Transição, Serviços de Saúde e Future of Digital Health”, explicou Fortuna.

Larissa Eloi, CEO do SindHosp e da FESAÚDE-SP, falou sobre a participação de ambas as entidades na Hospitalar. “Vamos realizar a sétima edição do Fórum Brasil Saúde, tendo como base as agendas prioritárias para saúde traçadas em nossa publicação Guia de Ações Municípios Saudáveis e os projetos-pilotos públicos e privados que já colocaram em prática apontamentos desse trabalho”, reforçou Eloi.

 

 

A Hospitalar vai disponibilizar pelo menos 60 vans de transporte gratuito para quem for à feira. Elas estarão disponíveis em quatro pontos diferentes: aeroporto de Congonhas, shopping Plaza Sul, estacionamento do zoológico e metrô Santos-Imigrantes. “Evitem táxis, motorista de aplicativo e veículos próprios, privilegiem as vans que poderão circular por um acesso exclusivo à Hospitalar”, recomendou Juliana Vicente, da Informa Market.

A Hospitalar 2025 acontece entre os dias 20 e 23 de maio, das 11h às 20h, no centro de convenções São Paulo Expo, em São Paulo.

 

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WorkCafé debate terapias avançadas na busca por um futuro mais sustentável

O SindHosp em parceria com a Johnson & Johnson Innovative Medicine no Brasil realizou em sua sede, em São Paulo, mais uma edição do WorkCafé. Desta vez, com o tema “Diálogos para um futuro mais saudável”. Participaram do debate os convidados João Batista da Silva Junior, gestor da Gerência de Sangue, Tecidos, Células, Órgãos e Produtos de Terapias Avançadas (GSTCO) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Renato Porto, presidente-executivo da Interfarma; e Manoela Albuquerque, editora de Saúde na MIT Technology Review Brasil. O evento teve mediação de Francisco Balestrin, presidente do SindHosp e da FESAÚDE-SP e vice-presidente da CNSaúde, e participação especial das diretoras da Johnson & Johnson Innovative Medicine no Brasil, Simone Forny e Gabriela Almeida.

Terapia com células CAR-T

Na abertura do WorkCafé, Francisco Balestrin lembrou que a parceria do SindHosp com a Johnson & Johnson vem de longa data. “Este é nosso terceiro evento juntos e o primeiro foi histórico, porque criou as bases para a produção da Proposta Saúde São Paulo 2022, uma publicação voltada aos então candidatos a governador do Estado”, destacou Balestrin.

Também na abertura, Simone Forny, diretora médica de Hematologia da Johnson & Johnson, falou sobre a importância de trazer temas sensíveis ao debate, como é o caso da aplicação de novas tecnologias na saúde. “Não podemos nos furtar dessa discussão. Estamos há mais de 90 anos no Brasil, procurando trazer soluções para pacientes que não têm opções de tratamento. Na hematologia, temos a questão do mieloma múltiplo, que, há 20 anos, significava hemodiálise e fratura óssea. Hoje, temos caminhos para garantir mais anos de vida com qualidade”, destacou Forny.
Segundo ela, uma das abordagens mais promissoras é a terapia com células CAR-T, uma modalidade da imunoterapia, que utiliza células de defesa geneticamente modificadas e reprogramadas em laboratório para combater o câncer. O tratamento é feito com dose única, por meio de infusão intravenosa. “É apenas um shot, de um supersoldado. Os pacientes sobrevivem, e com qualidade de vida. Mas é preciso responsabilidade. Não é para todo mundo. Depende do perfil do paciente e do caminho até se chegar ao tratamento, isso faz diferença”, ponderou Simone Forny.

Riscos e benefícios

O WorkCafé apresentou o painel “Terapias Inovadoras e Perspectivas Futuras”. O primeiro a falar foi João Batista, da Anvisa, que se pautou pelo tema “Segurança, eficácia e qualidade dos produtos de terapias avançadas: aspectos regulatórios”. Segundo ele, existem 45 estudos avaliados pela agência de produtos de terapias avançadas (PTA) desde 2018, sendo nove produtos registrados, média de dois por ano, o que representa muita coisa considerando todo o ciclo de investigação. “Estamos falando não só de transplante de células, mas de elaboração de células, isso é alta biotecnologia. E as pesquisas estão avançando, já temos biorreatores em animais vivos para criação de órgãos. O trabalho da agência é regular e fiscalizar tudo isso levando em conta os riscos e os benefícios”, pontuou Joaõ Batista.

Segundo o gerente da GSTCO, a Anvisa harmoniza com as agências reguladoras de países que têm concentração tecnológica, como Estados Unidos, Japão e muitas nações da Europa. “Somos líderes na questão regulatória entre os BRICS, tangenciando o acesso. Poucas agências no mundo regulam sangue, tecido, células e órgãos”.

Medicamentos biológicos 

Na sequência do painel, Renato Porto, da Interfarma, lembrou de Steve Jobs, que morreu por uma forma rara de câncer, um tumor do tipo neuroendócrino de pâncreas, e teria uma vida mais longa se fosse tratado com terapias avançadas de hoje. “Nosso desafio é ter uma população mais saudável e, como disse Steve Job, criatividade é conectar. Temos de focar no resultado, em mudar a vida das pessoas, e nos provocar a ter soluções não lineares. Quero que cada um na cadeia faça o melhor, seja disruptivo, e não se utilize para dificultar uma jornada de pesquisa e desenvolvimento que já é difícil. O desafio de inovar é gigantesco. Estamos falando de soluções altamente personalizadas, complexas, sem desperdício”, considera Porto.

“Qual o custo por não ter medicamento disponível? Não tratar adequadamente sete doenças representou um prejuízo de centenas de bilhões de reais. Ou seja, os tratamentos de alto custo, na verdade, não são alto custo, porque garantem um aprimoramento econômico do Estado”, revelou o presidente da Interfarma. “O futuro do mundo são os medicamentos biológicos, há uma mudança geracional em curso. Não vamos parar em soluções comuns, vamos ao limite, fazer o impossível para chegar ao possível, nenhum paciente pode ficar para trás”.

Doenças x tratamentos


Fechando o painel, a jornalista Manoela Albuquerque, da MIT Technology Review Brasil, tratou do futuro das terapias avançadas. “O ponto mais sensível dessa discussão cabe aos pacientes. É difícil para uma pessoa acompanhar o desenvolvimento de um medicamento para combater sua doença sabendo que a solução não vai chegar a tempo de beneficiá-la. Por outro lado, sabemos dos desafios de se lançar um produto, o que inclui dados clínicos, segurança e eficácia, valor e acesso. Estamos desenvolvendo um projeto que pretende mapear as dores comuns associadas às terapias avançadas, envolvendo desenvolvedores, prescritores e pagadores. Temos seis indústrias desenvolvedoras participando do projeto”, revelou Albuquerque, que também destacou esta frase de Miguel Forte, presidente da International Society for Cell & Gene Therapy (ISCT), dada durante uma entrevista a ela: “As doenças têm uma distribuição global, e a capacidade de as tratar não tem. Mas eu julgo que vários exemplos – e o Brasil vem sendo um deles – mostram que isso é possível, e é nesse sentido que o desenvolvimento desses produtos caminha”.

Encerrando o evento, Gabriela Almeida, diretora de Acesso e Estratégia da Johnson & Johnson Innovative Medicine no Brasil, fez as considerações finais. “Espero que esse evento tenha sido um marco na busca por soluções em relação a terapias avançadas, com um ambiente regulatória bem estabelecido, caminhos para que a lei seja cumprida e pacientes tenham acesso, mas o paciente certo, na hora certa. Precisamos de mais conversas complexas com foco em salvar vidas”, atentou Almeida.

“Pesquisamos mais de 10 mil moléculas para conseguir colocar uma no mercado, e ainda tem a educação médica. O ciclo de inovação é caro. E hoje temos o tratamento com CAR-T cell, devidamente estabelecido em centros de referência, submetido a decisões coletivas. Ou seja, a tecnologia tem eficácia, transforma vidas, mas os pacientes não conseguem acesso, a não ser por via judicial, muitas vezes depois do momento certo para receber. Precisamos de modelos de parcerias para facilitar o acesso, um sistema mais resiliente e sustentável”.

 

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As 10 tendências em gestão de pessoas no setor da saúde para 2025

O Grupo Técnico de Gestão de Pessoas realizou sua primeira reunião do ano, introduzindo os temas que serão discutidos nos próximos encontros. A pauta deste GT, coordenada pelo médico Thiago Constancio, se concentrou nas 10 Tendências em Gestão de Pessoas no Setor de Saúde para 2025. Durante a reunião, os integrantes do GT de Gestão de Pessoas do SindHosp elencaram aspectos decisivos para os negócios de hospitais, laboratórios e clínicas. Eis os destaques:

  1. Inteligência Artificial: a adoção da IA em recrutamento, seleção e gestão de talentos tornou-se imperativa.
  2. Saúde mental: investimentos em programas mais sofisticados de bem-estar
  3. Capacitação de líderes: eles impactam diretamente a retenção e o desempenho das equipes
  4. Capacidade de execução: o foco deixa de ser desenhar estratégias inovadoras para garantir que os planos saiam do papel
  5. De volta às raízes: a gestão de desempenho volta a ser um dos pilares fundamentais do RH, servindo como base para outras iniciativas.
  6. Gestão de mudança: a cultura organizacional pode ser o maior impulsionador da inovação ou o maior entrave
  7. Modelo híbrido: a flexibilidade se tornou essencial para retenção e engajamento
  8. Habilidades: as competências do futuro vão além da técnica
  9. Competitividade e inovação: diversidade não é apenas uma questão de justiça social – impacta diretamente a inovação e a performance
  10. Métricas claras: sem dados, não há progresso

Participe do GT de Gestão de Pessoas 

  • Clique aqui e veja como participar das próximas reuniões do GT de Gestão de Pessoas.
  • Importante: nossos GTs são exclusivos para associados e contribuintes do SindHosp. Clique aqui e veja como se associar.

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