29 de janeiro de 2014

Saúde respondeu por 10,2% do PIB nacional em 2013

O setor da saúde encerrou 2013 com uma participação de 10,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, ante 9,5% em 2012. O cálculo é da Confederação Nacional de Saúde (CNS). A entidade projeta mais crescimento para 2014 e estima que este ano o setor alcançará a marca de 10,7% do PIB nacional.
 
De acordo com a CNS, o setor público contribuiu com 43% do crescimento apurado no ano passado e o setor privado com a fatia restante de 57%. A entidade aponta, ainda, que a área de saúde terminou o ano com 3,1 milhões de postos de trabalho, sendo 61% no setor público e 39% no privado. Desde 2010, o número de empregos no setor cresceu 19,2%, indica a confederação.

Santa Marcelina recebe R$ 25 milhões em programa de auxílio

O hospital Santa Marcelina de Itaquera, maior centro de saúde público da zona leste de São Paulo, vai receber R$ 25,6 milhões em 2014 no novo programa de auxílio às santas casas do Estado. O objetivo é consolidar o hospital como referência em atendimentos de alta complexidade para a região metropolitana.
 
No total, a unidade deve receber R$ 41,2 milhões por ano em recursos do tesouro estadual. Além do novo incentivo, o centro continuará a receber mensalmente os R$ 1,3 milhão do programa Pró-Santas Casas.
 
Neste ano, as santas casas e hospitais filantrópicos do Estado receberão R$ 535 milhões extras em recursos da Secretaria de Saúde. As unidades atendem metade dos atendimentos realizados aos pacientes do SUS.

XHL Consultoria vai participar de seminário da Abramge

Para que os gestores possam ter o efetivo gerenciamento de informações para tomada de decisões, é importante ter dados confiáveis da instituição. Também é de extrema relevância debater as ferramentas gerenciais que auxiliem a geração de controles, levando uma gestão de custos eficiente à organização. Por esses motivos, o diretor executivo da XHL Consultoria, Eduardo Regonha, foi convidado pela Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) de São Paulo, para ministrar o seminário Gestão de Custos Hospitalares: Técnicas, Análises e Tomadas de Decisões, no dia 14 de fevereiro, das 9h às 17h, na sede da instituição, na Rua Treze de Maio, 1.540, na capital paulista.
 
O objetivo da iniciativa é provocar discussões sobre custos em saúde, gerenciamento, controle e tomada de decisão, despertar a importância destas informações, além de proporcionar noções claras e objetivas para o desenvolvimento destas ferramentas no dia a dia da gestão da instituição para o participante.
 
O seminário é voltado para profissionais de instituições de saúde que atuem nas áreas: financeira, custos, controladoria, contabilidade, comercial, gestores de todas as áreas de hospitais, operadoras de planos de saúde, clínicas e serviços diagnósticos envolvidos nos processos decisórios, nas negociações e no gerenciamento e controle das operações.
 
Entre os temas a serem abordados estão: cenário do setor, gestão de custos, custeio por absorção, formação do preço dos serviços, o custeio dos procedimentos médico-hospitalares, custeio variável, margem de contribuição e custos para decisão.
 
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 11 3289-7511, com Fabiana. As inscrições podem ser feitas em: pelo site www.abramge.com.br .
 

Apenas uma em cada dez pessoas recebe cuidados paliativos no mundo, diz OMS

Apenas uma em cada dez pessoas doentes e em fase terminal no mundo, que precisam de cuidados paliativos, pode desfrutar deles, segundo o primeiro estudo global sobre o tema, realizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
 
Neste estudo, intitulado "Atlas global dos cuidados paliativos em fase terminal", publicado pela OMS e pela WPCA (Aliança Mundial para os Cuidados Paliativos), com sede em Londres, a OMS considera que o acesso a este tratamento para aliviar a dor "é um direito humano".
 
Anualmente, há 20 milhões de pessoas em fase terminal que precisam de cuidados paliativos. Delas, 6% são crianças.
 
Os países onde a maioria da população têm baixa renda representam 80% das necessidades no campo dos cuidados intensivos.
 
Apenas 20 países no mundo têm um sistema de cuidados paliativos adequado: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, França, Alemanha, Hong Kong, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Noruega, Polônia, Romênia, Cingapura, Suécia, Suíça, Uganda, Reino Unido e Estados Unidos.
 
Segundo relatório da OMS, com o envelhecimento da população, as necessidades em cuidados paliativos são cada vez maiores.

Vendas de genéricos crescem 15,8% em 2013

O mercado de medicamentos genéricos registrou, em 2013, crescimento de 15,8% no volume de unidades vendidas em comparação a 2012. Foram comercializadas 786,9 milhões de unidades frente aos 679,6 milhões registradas no ano anterior. De acordo com Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), a evolução ficou dentro do esperado pela entidade que previa crescimento anual entre 15% e 20%.
 
Em valores, as vendas do segmento movimentaram R$13,6 bilhões no ano passado, montante 22% superior aos R$ 11,1 bilhões aferidos em 2012. O valor, auditado pelo IMS Healt, não considera os descontos de mais de 50% oferecidos pela indústria ao varejo e se baseia nos registros de preços feitos pelos laboratórios na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). 
 
 O segmento de genéricos cresceu acima do mercado total de medicamentos que evoluiu 11,6% no período, movimentando 2,8 bilhões de unidades contra 2,6 bilhões em 2012. Em valores, a evolução dos genéricos também superou o resultado alcançado por toda indústria. O mercado total apresentou crescimento de 16%, referente a vendas que somaram R$57,6 bilhões frente a R$49,6 bilhões no ano passado.
 
Para Telma Salles, presidente da PróGenéricos, os resultados mostram que os genéricos seguem atraindo os consumidores brasileiros por meio de uma política pública consistente que reúne preço baixo aliado a qualidade. “Os genéricos conquistaram os consumidores brasileiros de todas as classes. Eficazes, seguros e indiscutivelmente mais baratos que os produtos de referência, não apenas estão entre os produtos mais prescritos pelos médicos brasileiros como também são os substitutos mais adequados para os produtos de referencia indicado nas receitas”, explica a executiva.
 
Prestes a completar 15 anos no Brasil, no próximo mês de maio, os medicamentos genéricos vem cada vez mais permitindo que pacientes de doenças crônicas possam se tratar. “Dos dez medicamentos genéricos mais vendidos, sete são destinados ao tratamento de doenças crônicas”, diz Salles.
 
Desde que os genéricos surgiram no mercado brasileiro, em 2001, as vendas da indústria farmacêutica brasileira cresceram 84% em volume (2,8 bilhões em unidades frente 1,2 bilhão em 2001). “O papel do genérico como regulador de preços e única categoria com a prerrogativa de substituir os medicamentos de referencia nas receitas médicas trouxe milhares de consumidores que antes estavam excluídos do mercado”, informa a executiva. “Os genéricos promoveram forte competição entre as indústrias do setor e permitiram também a disponibilidade de novos produtos. Qualquer mudança nessa política deve ser pensada com cuidado”, conclui.
 
 

NorthWest compra hospitais da Rede DOr por R$ 725 mi

Especialista em imóveis para a área de saúde, o fundo canadense NorthWest International Healthcare Properties comprou, por R$ 725 milhões, quatro dos 32 hospitais da Rede D’Or. Os hospitais Santa Luzia e Coração (em Brasília, DF) e Caxias (RJ) foram adquiridos em dezembro de 2013 por R$ 447 milhões, enquanto o Hospital e Maternidade Brasil, em Santo André (SP), custou R$ 250 milhões em dezembro de 2012. As informações são do jornal Valor Econômico.
 
Do total, R$ 270 milhões foram captados pela NorthWest no banco de investimento brasileiro BTG, sócio da Rede D’Or. A empresa de Toronto possui investimentos no Brasil que ultrapassam R$ 800 milhões, somando a gestão do prédio do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo.
 
Segundo o Valor, a Rede D’Or pagará aluguel de aproximadamente R$ 70 milhões por ano pelos quatro hospitais por cerca de 25 anos, com direito a três renovações de contrato de igual duração. Ouvido pelo jornal, Gerson Amado, diretor geral da NorthWest no Brasil, diz que o negócio é interessante para os grupos hospitalares na medida em que se capitalizam sem entrada de capital estrangeiro – operação proibida no País – e reduzem custos relativos à posse do imóvel. Para os investidores canadenses, a taxa anual de retorno varia de 9,5% a 10,3%.
 
Entre estes investimentos no País, a NorthWest também participa da expansão do estacionamento do Hospital Coração, que custará cerca de R$ 20 milhões. Além do Brasil, a NorthWest atua na Austrália, na Nova Zelândia, na Alemanha e, claro, no Canadá.

Pesquisa identifica fatores do desperdício em saúde

A ineficiência relacionada à aplicação de recursos da saúde repassados pela União aos municípios é gerada por uma série de fatores como, por exemplo, má administração, não pagamento de tributos pelo município, fraca fiscalização do Conselho Municipal de Saúde e processo licitatório irregular. A conclusão é do estudo“Fatores Associados ao Desperdício de Recursos da Saúde Repassados pela União aos Municípios Auditados pela Controladoria Geral da União”, do Departamento de Contabilidade e Atuária da FEAUSP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP).

O trabalho dos autores Lidiane Dias, José Matias-Pereira, Manoel Farias e Vanessa Mayara Pamplona, publicado na última edição da Revista Contabilidade & Finanças, procurou identificar os fatores tanto de desperdício passivo quanto de desperdício ativo que melhor explicassem as irregularidades na gestão dos recursos públicos municipais repassados pela União para a área da saúde. O primeiro ocorre quando há um gasto desnecessário para a entidade pública, mas o servidor ou gestor não obtém vantagem financeira para si. Já o segundo é a corrupção propriamente dita, em que o indivíduo obtém benefício privado. Lidiane Dias, da Faculdade de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Pará, ressalta que, em alguns casos, o desperdício passivo existe para tentar camuflar o desperdício ativo.

Os reflexos da ineficiência da gestão dos recursos públicos na área da saúde são bastante conhecidos. Obras que perduram por meses a mais do que o planejado, remédios comprados e não distribuídos antes do vencimento, ausência de efetiva utilização dos equipamentos recebidos etc. De acordo com os autores, esse tipo de desperdício não recebe tanta atenção da mídia, ou mesmo em trabalhos acadêmicos, como ocorre com a corrupção (desperdício ativo). Mas estudos realizados no exterior indicam que os gastos desnecessários gerados pela má gestão pública podem representar até 4 vezes mais que os recursos relacionados ao desperdício ativo. Os autores da pesquisa citam, como exemplo, um estudo realizado por Bandiera, Prat, e Valletti (2009), evidenciando que, na Itália, esses gastos representam 83% do total de desperdício de dinheiro público na aquisição de bens.

Segundo comunicado da FEAUSP, a principal contribuição da pesquisa é chamar a atenção da academia, do governo e da sociedade para a existência de desperdício passivo, ou má gestão como é mais conhecido, que afeta a qualidade dos serviços prestados à população e provoca prejuízo aos cofres públicos.

Para a identificação do desperdício ativo e passivo nos gastos com saúde, os autores da pesquisa analisaram os relatórios de auditoria da Controladoria Geral da União (CGU), do Programa de Fiscalização por Sorteios Públicos, elaborados no ano de 2010, referentes a 102 municípios brasileiros fiscalizados. Os autores ressaltam que, apesar dos relatórios da CGU representarem uma fonte de dados técnica (não científica), eles têm sido utilizados em trabalhos científicos para a construção de base de dados de pesquisas que versam sobre corrupção e/ou ineficiência.

Fatores da ineficiência

O estudo utilizou a técnica multivariada de análise fatorial, que examina relações de dependência e/ou interdependência entre as variáveis. Para identificar o desperdício ativo foram observadas três variáveis e para o passivo, 17 variáveis, identificadas a priori no trabalho de Ferraz e Finan (2007). Os dados relativos às variáveis foram submetidos a uma análise fatorial para agrupá-los em fatores associados estatisticamente com as irregularidades na gestão dos recursos destinados à saúde pública dos municípios auditados. Os resultados não mostraram nível adequado de significância estatística para o desperdício ativo, ou seja, com base nos dados analisados não foi possível apresentar dentro do rigor científico um fator que melhor o defina. Quanto ao desperdício passivo, foram encontrados três fatores que mais se associaram com as irregularidades.

O Fator 1 foi denominado “Inadequabilidade Administrativa”, o qual agrupou as seguintes variáveis: n

Projeto Bússola promove gestão da qualidade para clínicas de SP

Na manhã da última terça-feira (28), no auditório do SINDHOSP, em São Paulo, foi realizado, na capital paulista, o segundo seminário de sensibilização do Projeto Bússola, que objetiva facilitar a obtenção da acreditação por parte das clínicas médicas.
 
Intitulado Vantagens e dificuldades da qualidade no processo de acreditação, o evento, que precisou dessa segunda edição em São Paulo devido ao sucesso do primeiro encontro realizado em 29 de outubro passado, foi ministrado pela Relações Institucionais da Organização Nacional de Acreditação (ONA), Maria Carolina Moreno, que levou aos participantes os conceitos de qualidade, por que promover a gestão da qualidade é importante, o que é necessário para uma boa gestão assistencial, os fatores que interferem na qualidade, o que é acreditação, o papel da ONA e das instituições acreditadoras credenciadas, os aspectos do manual de acreditação e sua nova versão para 2014, entre outros assuntos. “Qualidade é uma questão de vida ou morte para as empresas de saúde, pois elas só sobreviverão promovendo essa gestão. É uma mudança cultural que precisa da participação de todos os colaboradores das instituições, desde a recepcionista ao responsável pela higienização, para dar certo. Para tanto, é necessário acompanhamento e a verificação é importante para que apareçam os resultados”, disse Carolina.
 
O seminário faz parte da primeira fase do projeto e tem o intuito de difundir os conceitos e os benefícios da gestão da qualidade. Os encontros são ministrados por consultores credenciados da ONA dirigidos às clínicas associadas e/ou contribuintes do SINDHOSP e dos sindicatos que compõem a FEHOESP.
 
A próxima etapa do projeto-piloto deve envolver a realização de Diagnóstico Organizacional em instituições que serão selecionadas a partir do questionário a ser preenchido pelos inscritos dos seminários de sensibilização, para identificar o perfil das clínicas participantes. Esse trabalho será feito pelo Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (Ibes) – instituição acreditadora (IAC) homologada pela ONA. Essa etapa inclui também a medição de indicadores definidos pelas entidades parceiras, com suporte técnico da ONA, para serem acompanhados até um ano após a acreditação de cada instituição que der continuidade ao processo de certificação.
 
O diretor suplente do SINDHOSP e conselheiro fiscal suplente da FEHOESP, Marcelo Luís Gratão, ressaltou a importância da gestão da qualidade e do processo de acreditação das instituições de saúde para o mercado. “Hoje, é uma demanda do próprio setor de saúde suplementar, pois a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou que a partir deste ano, os planos de saúde usem a acreditação como um dos critérios de qualidade na divulgação da rede prestadora de serviços aos seus usuários. Independentemente do porte, será preciso que as empresas de saúde se qualifiquem. Caso contrário, perderão espaço no mercado.” Ele ainda destacou a oportunidade que as clínicas associadas e/ou contribuintes do Sindicato estão tendo com o projeto-piloto em parceria com a ONA. “Muitas clínicas desejam a certificação, mas encontram inúmeras dificuldades para obtê-la, inclusive de ordem financeira. Essa parceria é um serviço com o perfil desse público e com custos bem menores. Qualidade é uma necessidade para as instituições de saúde e muito importante para a sustentabilidade dessas empresas.”
 
As clínicas que desejam participar do projeto-piloto terão que obedecer alguns critérios. São eles: serem sócias e/ou contribuintes do SINDHOSP e dos demais sindicatos; serem pessoas jurídicas legalmente constituídas há mais de um ano, com CNPJ, CNES, alvará sanitário e licença de funcionamento; atuarem nas especialidades de clínica médica geral, alergologia, angiologia, cardiologia, vascular, cirúrgica, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, infectologia, oncologia, ortopedia, otorrinolaringogia, pediatria, pneumologia, urologia e vacinação; a estrutura da clínica não ser classificada como consultório; terem no máximo de 45 a 50 funcionários; e preencherem e enviarem o “Questionário Preliminar do Perfil da Clínica”, com a ficha de inscrição, que é fornecido nos seminários.
 
Além dos dois seminários em São Paulo, já foram realizados os encontros em   Campinas, Santo André, Santos, Sorocaba e São José dos Campos. Os próximos serão em São José do Rio Preto, no dia 20 de fevereiro, e em Ribeirão Preto, no dia 26/2.  
 
Mais informações pelo telefone (11) 3331-1555, ramal 258.
 
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