21 de maio de 2014

SINDHOSP e FEHOESP iniciam nova etapa do Projeto Bússola

Debater a segurança do paciente, procedimentos padrões e os possíveis riscos e erros médicos são algumas das vertentes do Projeto Bússola, idealizado pelo SINDHOSP e FEHOESP, que, com realização do Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS), iniciam sua terceira etapa de capacitação e desenvolvimento para facilitar o processo de acreditação para clínicas médicas. Os primeiros seminários e treinamentos acontecem nos dias 16 e 17 maio para abordar as políticas de gestão e liderança.  
 
As avaliadoras daOrganização Nacional de Acreditação (ONA), Audrey Ripple e Thaiana Santiago, iniciaram os módulos relembrando aos gestores participantes os mais recentes casos de erros na segurança do paciente divulgados na mídia. “Vimos a pouco tempo diversos casos de repercussão nacional que nos fazem parar para pensar em como poderíamos ter atendido ao nosso paciente sem ter causado dano à sua saúde e também à imagem do hospital”, explicou Thaiana. “Foram diagnósticos errados, procedimentos mal feitos, decisões evasivas que poderiam ter sido controladas se pelo menos houvesse um entendimento entre paciente e médico. Entender o seu cliente é mais do que uma questão de segurança. É um demonstrativo de uma boa gestão de qualidade e atenção”, completou Audrey.
 
Segundo o diretor suplente do SINDHOSP e conselheiro fiscal suplente da FEHOESP, Marcelo Luís Gratão, o foco maior das clínicas deve ser a prevenção de incidentes. “As gestões hospitalares e clínicas são muito complexas porque, na maioria das vezes, envolvem procedimentos de alto risco. O que precisamos fazer é criar mecanismos de prevenção para que os possíveis erros não ocorram e, se ocorreram, causem o menor dano possível ao paciente e também à imagem do estabelecimento de saúde."
 
A terceira etapa do Projeto Bússola será divida em sete módulos e tem programação agendada até o fim de 2014. Ainda serão apresentados temas como gestão administrativa, cadeia de suprimentos e assistência farmacêutica, gestão da qualidade, atenção ao paciente, apoio técnico, diagnóstico e terapêutico e apoio logístico.

Observatório Anahp 2014 é lançado durante a Hospitalar

A intensa agenda da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) durante a 21ª Hospitalar Feira e Fórum incluiu o lançamento da edição 2014 do Observatório Anahp, publicação que reúne dados estatísticos de mercado e o desenvolvimento do setor saúde ao longo dos anos. Com a presença dos principais hospitais representados pela entidade e também de personalidades do setor, o presidente da Associação, Francisco Balestrin, discursou na noite de terça-feira (20) sobre a importância de estudos como esses para aprimorar a saúde no Brasil.

“Este ano estamos apresentando mais um Observatório com dados surpreendentes do setor. Vimos um crescimento na taxa de pacientes residentes, aqueles que permanecem mais de 90 dias nos hospitais, e também no tempo de permanência hospitalar, além da alta demanda por serviços de saúde”, explicou. “Tudo isso se deve a um simples fator ao qual ainda não estamos totalmente preparados, o envelhecimento populacional. O mercado já começa a sentir os efeitos e esse pode ser um dos maiores desafios das instituições membros da Anahp para o futuro”.

O observatório mostra também que a receita média líquida por saída hospitalar cresceu 5,1% enquanto as despesas por saída hospitalar avançaram 6,1%. Outro indicador que teve aumento foi o de despesa pessoal por saída hospitalar, principal custo para os hospitais. Este índice alcançou 7,4%, influenciado pelo crescimento de 9% do salário médio pago pelos hospitais. O resultado é reflexo do aquecimento do mercado de trabalho e as necessidade de profissionais qualificados para atendimento.

A cobertura completa deste evento e também mais informações sobre o Observatório Anahp 2014 você confere na próxima edição do Jornal do SINDHOSP que fará um especial sobre os destaques da Hospitalar.

CISS, o fórum oficial da Hospitalar, inicia atividades

A solenidade de abertura do Congresso Internacional dos Serviços de Saúde (CISS) foi realizada num tom entusiasmado. Waleska Santos, presidente da Hospitalar, contou um pouco de sua experiência ao visitar clusters internacionais de Saúde na Alemanha, Estados Unidos ou Israel, e na ideia em trazer os exemplos para serem compartilhados no fórum. “Temos com certeza muito a aprender pelo dinamismo dessa engrenagem, de como eles inovam com rapidez e eficiência”, disse.

Yussif Ali Mere Jr, presidente do SINDHOSP, este ano assumiu o papel de presidir o CISS, e falou na abertura sobre o grande desafio da saúde contemporânea: equacionar assistência e custo. “Os sistemas de saúde precisam trabalhar com essa equação, sem perder a qualidade da assistência. E esse não é um problema só nosso. No Brasil, particularmente, convivemos com as doenças crônicas não transmissíveis, ao mesmo tempo em que sofremos com as doenças típicas de países que não de desenvolveram. Fazemos parte do grupo de países que enriqueceu antes de envelhecer”.

Além de Waleska e Yussif, estiveram Renato Merolli, presidente da Confederação Nacional da Saúde; Humberto Gomes de Mello, presidente da Fenaess; Francisco Balestrin, presidente da ANAHP; Paulo Fraccaro, da Abimo e Fabio Leite Gastal, do Hospital Mãe de Deus, e que preside a Comissão Científica do Congresso.

Congresso de Clínicas debate os desafios para o setor

José Carlos Barbério deu as boas-vindas ao público presente à 9ª edição do Congresso Brasileiro de Gestão em Clínicas de Serviços de Saúde, que teve início na manhã desta quarta-feira (21), no Expo Center Norte. O evento, que ocorre simultaneamente à 21ª Hospitalar Feira e Fórum, integra a programação dos Congressos de Gestão promovidos pelo IEPAS, em parceria com o SINDHOSP, CNS e Fenaess.
 
Ele lembrou da missão do IEPAS, criado em 2011 para abraçar as ações educativas promovidas pelo Sindicato e pela FEHOESP. “Estamos buscando cumprir nossa missão e para nós isso é motivo de orgulho e muita responsabilidade.”
 
A primeira palestra do evento abordou a visão empreendedora e foi coordena pelo diretor da XHL Consultoria, Eduardo Regonha, que apresentou os desafios para o setor. “A saúde é um negócio e precisa ter rentabilidade. A instituição precisa ser perene e ter longevidade, mas não se pode descartar o aspecto social”, destacou.
 
Enrico De Vettori, sócio da Deloitte Consultoria, disse que as empresas precisam ser autossuficientes, mas “é preciso ter foco, separar a necessidade da urgência”. Para ele, inovar é sempre preciso. “O empreendedorismo é um estado e é preciso ser obstinado. Só com comprometimento não se chega lá”, afirmou.
 
A ideia é compactuada por André Pereira, sócio da IGC Partners, que disse que a palavra do momento é inovação e que não há espaço para o antigo. “Tem que estar mudando sempre. Obstinação, acreditando na ideia e indo atrás dá certo.”
 
Ele também comentou a importância de crescer e atrair investidores, e lembrou que um dos grandes desafios ainda para a área da saúde é a organização. “Os fundos de investimentos estão olhando para a saúde especialmente onde existe a possibilidade de consolidação. Porém, a saúde demorou um pouco para se preocupar com organização. Estar pronto para o que vem, para o futuro é fundamental, e isso só pode ocorrer com organização.”
 

Fotos: Leandro Godoi

CISS: Desafio da tecnologia na saúde é equacionar custo e qualidade

Em qualquer lugar do mundo, o dilema é o mesmo: incorporar tecnologia sem extrapolar os custos do sistema de saúde, com a sabedoria suficiente para discernir entre o que é necessário e trará benefícios reais, e o que é dispensável, ou assessório.
 
Dentre todas as experiências internacionais relatadas durante o dia, no CISS, nenhuma deixou de lado a questão deste equilíbrio. Estados Unidos, Israel, Alemanha e Reino Unido apresentaram soluções em curso em seus países, todas relacionadas à inovação e tecnologia. Mas em algum momento, sempre se esbarra nos custos. 
 
Cleveland, por exemplo, reiventou sua economia, que era predominantemente industrial, para uma economia de serviços e pesquisa. Mas mesmo entre os norte-americanos, em que a tecnologia é “apreciada”, existem limitações em relação custo. “A China está inclinada a passar o tamanho da economia dos Estados Unidos em 2014. O custo de um produto da China será muito menor e nós entendemos isso como um desafio: reduzir consistemente o custo do nosso produto sem reduzir a qualidade, e isso vale para a saúde”, afirmou William O`Riordan, dirigente da Steris – empresa especializada em processos de esterilização. 
 
Para Gerry McDonell, vice-presidente de Assuntos Clínicos e Científicos da Steris, os hospitais investem muito dinheiro em equipamentos gigantescos, mas não investem tanto em limpeza. “Descobrem depois que o robô precisa ser esterilizado. O dinheiro gasto com antibióticos para tratar infecções poderia ser revertido em prevenção. Gastamos muito dinheiro, mas não de forma tão sabia”, avaliou.
 
Em Israel, conhecida como a nação das start ups, o sistema de saúde é subsidiado pelo governo e amplamente regulado por ele. Os recursos são escassos – 7,7% do PIB – mas existem experiências positivas de aplicabilidade da inovação e da tecnologia em favor da saúde de qualidade. Existe um cenário desfavorável, com falta de médicos e enfermeiros e falta de leitos, no entanto o país apresenta indicativos surpreendentes, como expectativa de vida alta e baixa taxa de mortalidade infantil, por exemplo. Segundo Eyal Jacobson, diretor adjunto da Administração de Serviços Médicos do Ministério da Saúde de Israel, nos últimos anos o governo resolveu investir em tecnologia emergente, o que resultou em 100% dos prontuários de saúde como sendo eletrônicos, e num projeto de extensão da informação, que é coletada em tempo real. “Hoje temos dados demográficos, diagnósticos, procedimentos, testes de laboratórios e patologia, relatórios de alta, tudo conectado”, afirmou.
 
Para Claudio Lottenberg, presidente do Hospital Israelita Alber Einstein, Israel é um exemplo de como fazer muito com pouco. Lottenberg criticou a incorporação tecnológica pelo simples incremento, e afirmou que ela deve vir acompanhada de um ambiente propício para a inovação. “Monitorar as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, teria um impacto muito maior do que qualquer incorporação tecnológica”.
 
O CISS – Congresso Internacional de Serviços de Saúde é o evento oficial da Feira Hospitalar, realizado com apoio do SINDHOSP e diversas entidades.

Gestão da qualidade é diferencial para clínicas

Ainda na manhã desta quarta-feira (21), no 9ª Congresso Brasileiro de Gestão em Clínicas de Saúde, o diretor do SINDHOSP e da FEHOESP, Marcelo Gratão, coordenou o painel que abordou a importância de uma gestão da qualidade para o mercado consumidor.
 
Na oportunidade, Gratão apresentou aos congressistas as ações do Projeto Bússola, iniciativa da Federação em conjunto com seus sindicatos filiados e a Organização Nacional de Acreditação (ONA). Ele informou que o projeto está na terceira fase, que trata dos modelos presenciais, e que a previsão é que seja concluída em novembro deste ano e reforçou: “Em um processo de certificação não há receita de bolo, cada empresa é única”.
 
Daniela Camarinha, diretora-sócia da empresa You Care, falou sobre as expectativas do consumidor e destacou que “a saúde faz parte das necessidades primárias do ser humano, e entender suas particularidades faz parte do dia a dia do empreendedor”. 
 
Ela também comentou sobre a importância das empresas adotarem processos de qualidade, como a acreditação, e traçou um perfil do novo consumidor, que é “mais exigente, mais participativo e menos fiel”. 
 
Andréa Matsushita, superintendente de Sinistros Saúde da SulAmérica, apresentou indicativos de qualidade no âmbito da saúde suplementar. “Criamos uma ferramenta de qualidade que busca identificar pontos de melhoria – o IAQD, que é dividido em quatro dimensões: satisfação do cliente, investimento e estrutura, operação e desfecho clínico.”
 
Ela afirmou que os resultados elevaram o nível de transparência com o prestadores, e que também adotaram planos de melhorias, com objetividade e assertividade, entre outros fatores, melhorando os índices de satisfação do cliente final.
 
Finalizando o debate, Roberto Queiroz Gurgel, diretor da Onco Hematos, clínica sediada em Sergipe, apresentou a visão do prestador de serviços. Ele falou das ações empreendidas pelo estabelecimento, com foco nos clientes externos e internos. Para ele, o colaborador ter que ser destaque para a instituição, dando ênfase a uma política de recursos humanos para trazer resultados. “Posso dizer que estamos no caminho certo, porque 100% dos nossos colaboradores disseram que indicariam um colega ou familiar para tratamento na clínica.”
 

Foto: Leandro Godoi

Formas de remuneração são destaques em congresso

No terceiro painel do 9ª Congresso Brasileiro de Gestão em Clínicas de Saúde, realizado na tade desta terça-feira (21), foram discutidas as formas de remuneração para todos os envolvidos no processo de prestação de serviços em saúde.
 
O coordenador dos debates foi Márcio Ciamponi, diretor da MC Consultoria e Gestão em Saúde, que fez uma breve apresentação do tema, abordando o contexto das operadoras de planos de saúde e dos trabalhadores do sistema.  
 
O médico Rogério Barbosa, da Takaoka Anestesia, apresentou sua experiência de remuneração do corpo médico, destacando a importância das bases sólidas da empresa e a transparência na relação entre os sócios para o sucesso do negócio. 
 
Caio Soares, diretor médico da Omint, destacou a premiação da qualidade e o fator humano como forma de manter o bom desenvolvimento da empresa. Ele disse que o processo negocial é fundamental para o crescimento ou não da atividade. “Crescer sempre, mas dentro de um limite adequado, ano a ano, é o que queremos. Para isso, precisamos de um valor de remuneração satisfatório e revisado a cada seis meses e uma negociação com uma boa relação de confiança e trabalho”, definiu.
 
Destacando a remuneração por méritos sob o ponto de vista das equipes, falou o diretor executivo da Alergo Dermatologia, Fabio Kayano. Segundo ele, “quando se fala em méritos, já se ranqueia as pessoas, o que gera uma cultura muito negativa em relação a isso. É preciso quebrar esse paradigma”.
 
Kayano lembrou que é possível aplicar meritocracia na remuneração dos colaboradores, desde que a empresa tenha claro os seus objetivos. ”A equipe tem um papel estratégico nos resultados da empresa, e, muitas vezes, o valor da instituição está em sua equipe”, afirmou. 
 

Fotos: Leandro Godoi

IEPAS realiza sorteio para congressistas de Clínicas

Para encerrar o dia de atividades do 9º Congresso Brasileiro de Gestão em Clínicas de Saúde, os participantes do evento foram convidados para um coquetel na sala vip do Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS), onde foi realizado um sorteio especial de brindes da Copa do Mundo. Quatro “Brazucas”, as bolas oficiais da Copa, e duas camisas oficiais de torcedor da Seleção Brasileira de Futebol estavam em jogo.
 
O presidente do IEPAS, José Carlos Barbério, em conjunto com o presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr, e os diretores das entidades, Marcelo Gratão e Luiz Fernando Ferrari Neto, foram os responsáveis por sortear os números previamente entregues aos congressistas. 
 
Assim como no Congresso de Clínicas, o 8º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos, que acontece em 22 de maio, também terá um coquetel com sorteios de brindes no fim do dia.
 

Cultura organizacional impacta nos resultados das empresas

Encerrando a 9ª edição do Congresso Brasileiro de Gestão em Clínicas de Saúde, o último painel tratou do “impacto da cultura organizacional e do desenvolvimento de competências para os resultados da empresa”.
 
A coordenadora do painel foi a coach e consultora da empresa Para Evoluir, Márcia Fonseca.
 
O primeiro case foi o da empresa 3 Corações, apresentado pelo gerente de Desenvolvimento Organizacional, Rodrigo Corrêa Leite. Ele falou sobre a organização e demonstrou algumas de suas práticas. “Valorizar os colaboradores sempre. Os donos sabem o nome das pessoas e com isso elas se sentem reconhecidas.” Leite também comentou que “a seleção é totalmente baseada em valores. Gostamos de ouvir a história de vida de cada um”.
 
Ele também destacou a integração dos novos colaboradores e o uso da própria equipe na facilitação dos processos de aprendizagem e treinamento. “Eles não são remunerados a mais por isso, mas recebem muito reconhecimento”.
 
Para Leite, esses são alguns dos fatores que fazem com que a empresa venha sendo reconhecida com prêmios, entre eles o de uma das melhores empresas para se trabalhar no país, condição conferida pelos seus próprios colaboradores. “Em nosso negócio, isso dá certo porque o dono faz. Não adianta falar se você não faz por eles”, finalizou.
 
O painel foi encerrado com o diretor da Onco Hematos, Roberto Queiroz Gurgel. O gestor apresentou as práticas de cultura organizacional e desenvolvimento de competências em sua empresa. E destacou  que “não se pode ter só boa vontade, tem que se ter técnica para montar a estrutura organizacional”.
 
 
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