25 de junho de 2014

Médicos criam grupo no Whatsapp para troca de experiências

Médicos de diversas cidades-sede da Copa do Mundo – inclusive os que atuam diretamente nos estádios – estão usando um grupo no Whatsapp (aplicativo de mensagens para celular) com o intuito de compartilhar informações e experiências durante o mundial. A maioria dos profissionais são cirurgiões, intensivistas, anestesistas e pediatras da rede pública e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
 
“A partir de Santa Maria [incêndio na boate Kiss], a gente viu que os recursos que temos hoje são importantes para mobilizar equipes em diferentes locais. A estratégia acaba levando a um aprendizado para todos os profissionais que participam dessa rede”, explicou Gustavo Fraga, presidente da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado, em entrevista à Agência Brasil.
 
Segundo Fraga, ao final de cada jogo os profissionais compartilham, por exemplo, o número de atendimentos realizados e a quantidade de pacientes que precisaram ser removidos para um hospital. A maioria dos casos registrados, segundo ele, apresenta dor de cabeça associada à pressão alta, intoxicação, diarreia e consumo de álcool em excesso.
 
Apesar da baixa demanda por atendimento de pessoas envolvidas em pequenos conflitos, o grupo permanece alerta para acompanhar o jogo entre Argentina e Nigéria, em Porto Alegre (RS). O motivo: o grande número de torcedores argentinos e a rivalidade entre o país vizinho e o Brasil.
 
“Nosso grupo está montado e continua até o final da Copa. A ideia é mantê-lo ativo mesmo depois disso, para casos de atendimento em desastres ou acidentes com múltiplas vítimas”, disse. “Afinal, a Copa vai passar, mas os problemas na saúde vão continuar. E os legados na área da saúde vão ser pequenos em relação aos demais”, concluiu.
 

Nova grade curricular para cursos de medicina entra em vigor

As novas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de medicina entraram em vigor em 24 de junho com a publicação da Resolução 3/2014 no Diário Oficial da União. As escolas de medicina terão até dezembro de 2018 para implementar as mudanças. No entanto, nas turmas abertas a partir de 24 de junho, o novo currículo terá um ano para ser implementado.
 
Entre as principais mudanças está o estágio obrigatório no Sistema Único de Saúde (SUS), na atenção básica e no serviço de urgência e emergência. Pela resolução, o internato deve ter a duração mínima de dois anos, com 30% da carga horária cumprida no SUS.
 
Além disso, os estudantes serão avaliados pelo governo a cada dois anos. A avaliação será obrigatória e o resultado será contado como parte do processo de classificação para os exames dos programas de residência médica. A prova será elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), responsável por avaliações como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Inep tem dois anos para começar a aplicar a avaliação.
 
As diretrizes curriculares para cursos de medicina vigentes até agora eram de 2001. A reformulação estava prevista desde o lançamento do Programa Mais Médicos. Com essa resolução, o curso de graduação de medicina continuará com seis anos de duração. 
 
A expectativa é que 11.447 vagas em cursos de medicina sejam abertas até 2017 — 3.615 em universidades federais e 7.832 em instituições particulares. Na residência, deverão ser ofertadas 12.372 novas vagas no mesmo período. 
 

PPPs poderão ser estimuladas por particulares

Estimular as parcerias público-privadas (PPP) é o objetivo de projeto do senador Clésio Andrade (PMDB-MG) que se encontra na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Após constatar que as PPPs, instituídas pela Lei 11.079/2004, não deslancharam por “inércia da máquina estatal”, o senador propôs a criação de um instrumento pelo qual o particular provocará a administração – a manifestação de interesse da iniciativa privada (MIP).
 
Pela MIP, conforme a proposta (PLS 203/2014), o particular poderá apresentar estudos contendo opiniões fundamentadas e justificadas sobre a viabilidade de concessões ou permissões. Com isso, o parlamentar acredita que a iniciativa privada despertará o Poder Público quanto a oportunidades até então não vislumbradas.
 
Clésio Andrade manifesta sua convicção de que a MIP incrementará a relação público-privada, “oxigenando as mentes dos gestores com ideias trazidas pelos particulares”. Conforme o senador, “bons projetos poderão surgir a partir da possibilidade de apresentação pela iniciativa privada”, cabendo à administração pública a análise e eventual aprovação “conforme relevante interesse público e oportunidade”.
 
As PPPs foram criadas em 2004 a partir da constatação de que o Estado não dispõe de recursos suficientes para atender a todas as demandas de infraestrutura e de serviços. A ideia era buscar nos agentes econômicos, por meio de parcerias, os investimentos necessários para tocar os projetos. Entretanto, na visão de muitos especialistas, essas PPPs não produziram os resultados desejados, e as carências de infraestrutura continuam.
 
Após o parecer da CAE, o projeto seguirá para decisão terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A íntegra do projeto pode ser vista no site do Senado.
 

Teste da linguinha já é obrigatório para recém-nascidos

 
Hospitais e maternidades serão obrigados a fazer o teste da linguinha em recém-nascidos. O procedimento serve para detectar se a criança tem o problema comumente chamado de língua presa. Segundo a presidenta da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Irena Marchesan, é uma conduta simples que pode fazer a diferença na vida da criança.
 
O frênulo da língua é uma membrana que liga a língua à parte inferior da boca. Todos têm a membrana, mas em alguns casos é maior do que o normal, o que popularmente é conhecido como língua presa.
 
De acordo com Irene Marchesan, a avaliação é muito importante porque pode detectar se existe algo fora do normal, o que possibilita fazer o procedimento para cortar a membrana antes que ela dificulte a vida da criança.
 
― O primeiro problema de ter o frênulo preso é que a criança vai ter dificuldade ao mamar, podendo deixar o peito precocemente. Um segundo problema é no desenvolvimento da criança, que pode ficar com a fala alterada e com dificuldades para mastigar.
 
A fonoaudióloga diz que os efeitos do procedimento para acabar com a língua presa não são os mesmos quando a criança é maiorzinha, por isso a importância de fazer no recém-nascido. Segundo Irene, o procedimento é muito simples, e alguns pediatras fazem na hora que a criança nasce, antes de entregá-la à mãe.
 
Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, na rede pública geralmente são os pediatras que fazem os testes obrigatórios logo após o nascimento das crianças, e serão eles os responsáveis pelo teste da linguinha. O Sistema Único de Saúde paga o procedimento para corrigir o problema para pessoas de todas as idades.
 
A Lei 13.002, que torna obrigatório o teste da linguinha, já foi publicada e  entra em vigor em até 180 dias.

9ª edição do Prêmio SINDHRio de Jornalismo & Saúde tem inscrições abertas

Até 22 de agosto estão abertas as inscrições para a 9ª edição do Prêmio SINDHRio de Jornalismo & Saúde, que distribuirá um total de R$ 65 mil. O iniciativa é do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro (SINDHRio) e tem por objetivo valorizar o papel da imprensa na cobertura de assuntos relacionados à Saúde e contribuir para a qualificação da informação. A abrangência é nacional. 
 
Os artigos e reportagens inscritos podem enfocar a Saúde pelos aspectos social, econômico, jurídico, cultural ou científico. Na medida em que lança foco sobre o setor, o Prêmio também é um incentivo à busca pela excelência por parte de instituições e profissionais da Saúde.
 
O Prêmio está dividido em cinco (05) categorias: website, jornal, revista, TV e rádio. Nesta edição, contará ainda com um Troféu Especial para a instituição ou profissional de saúde que mais se destacou. Os vencedores de cada uma das cinco categorias receberão R$ 13 mil. Para os 2º e 3º colocados serão conferidas menções honrosas. A cerimônia de premiação ocorrerá em outubro, no Rio de Janeiro, em data a ser divulgada.
 
Na soma de suas oito edições, o Prêmio Sindhrio já recebeu 1.200 trabalhos produzidos por jornalistas dos mais diferentes veículos de comunicação.
 
SOBRE AS INSCRIÇÕES
 
As inscrições irão até o dia 22 de agosto de 2014. Os trabalhos, este ano, serão recebidos exclusivamente pelo e-mail premiojornalismo@sindhrio.org.br
 
A ficha de inscrição estará disponibilizada no site do SINDHRio (www.sindhrio.org.br)  e deverá ser enviada em arquivo anexo ao e-mail, devidamente preenchida. As reportagens impressas (revista e jornal) devem ser enviadas em arquivo PDF, em boa resolução (tamanho máximo do arquivo de 10 Mb). Arquivos maiores que 10 Mb poderão ser enviados via Dropbox (www.dropbox.com), para a conta premiojornalismo@sindhrio.org.br (via link ou arquivo compartilhado). As reportagens de rádio e TV devem ser enviadas em arquivo mp3, mp4, mpg, mpeg, wma ou wmv, em condições mínimas de resolução para que sejam julgadas, com tamanho máximo de 10 Mb por e-mail. Arquivos maiores que 10 Mb poderão ser enviados via Dropbox (www.dropbox.com.br), para a conta premiojornalismo@sindhrio.org.br (via link ou arquivo compartilhado). Para as reportagens de web, serão aceitos o envio de URLs válidas, que devem estar ativas durante todo o período de julgamento.
 
 
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