18 de novembro de 2014

PL que altera jornada de trabalho dos psicólogos é vetado

O Vice-Presidente da República, Michel Temer, vetou o projeto de lei nº 3338, de 2008, de autoria do Deputado Felipe Bornier, que reduzia para 30 horas semanais, sem alteração salarial, a jornada de trabalho dos psicólogos.

 

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional, em caráter terminativo, foi enviado para sanção em 28 de outubro de 2014.

 

O veto publicado no Diário Oficial da União de hoje, 18 de novembro, teve por fundamento o impacto orçamentário aos entes públicos, com possíveis danos ao Sistema Único de Saúde, , além de possibilitar prejuízos ao setor privado, gerando ônus aos usuários dos serviços.

 

Segue a íntegra da mensagem.

 

 

No- 390, de 17 de novembro de 2014.

Senhor Presidente do Senado Federal, Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1o do art. 66 da Constituição, decidi vetar integralmente, por contrariedade ao interesse público, o Projeto de Lei no 3.338, de 2008 (no 150/09 no Senado Federal), que "Dispõe sobre a jornada de trabalho do psicólogo e altera a Lei no 4.119, de 27 de agosto de 1962, que dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo".

Ouvidos, os Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e da Saúde manifestaram-se pelo veto ao projeto pelas seguintes razões:

"A redução da jornada semanal proposta impactaria o orçamento de entes públicos, notadamente municipais, com possível prejuízo à política de atendimento do Sistema Único de Saúde – SUS, podendo, ainda, elevar o custo também para o setor privado de saúde, com ônus ao usuário. Ademais, para além de não contar com regras de transição para os diversos vínculos jurídicos em vigor, a medida não veio acompanhada das estimativas de impacto orçamentário, em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Por fim, a negociação coletiva permite a harmonização dos interesses dos gestores da saúde e representantes da categoria profissional."

Essas, Senhor Presidente, as razões que me levaram a vetar o projeto em causa, as quais ora submeto à elevada apreciação dos Senhores Membros do Congresso Nacional.

 

Medicina personalizada é tema de debate em SP

Uma saúde pensada individualmente com tratamentos voltados para cada patologia e para cada ser humano. Esta é a bandeira defendida pela medicina personalizada, em fase de implantação no Brasil, que busca a cura através dos perfis genéticos do ser humano. Com o avanço da tecnologia no País, o tema entra em debate para os impactos econômicos e estruturais de uma medicina cada vez mais precisa e preventiva. Um evento, realizado em 13 de novembro na IT Mídia, reuniu especialistas e gestores da saúde para discutir o assunto. 
 
Atualmente, segundo a geneticista e professora da Universidade de Campinas (Unicamp), Iscia Lopes, o Brasil conta com menos de trezentos médicos com títulos de especialista em genética, o que pode ser um fator complicado para o futuro da medicina especializada. “Um olhar sobre o indivíduo, baseado em estatísticas ao invés de se basear em uma doença e milhares de testes para seu tratamento, faz com que tenhamos um atendimento humanizado e único, no entanto, um dos maiores problemas pode ser a interpretação dos exames pelo médico, uma vez que hoje o grupo de geneticistas é pequeno e muitos deles ainda se confundem na hora de transmitir a mensagem correta ao paciente, o que pode causar um desconforto ao invés de se mostrar como solução”, explica.
 
As doenças crônicas são o primeiro teste para a genética no Brasil, derivando a farmacogenética, ou seja, o tratamento medicamentoso aplicado de acordo com as características de cada indivíduo, sem testes.“Toda a área de estudo de DNA promove uma revolução na área de saúde e esta será uma como poucas vezes vimos”, afirmou Yussif Ali Mere Jr, presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, presente no evento. “A medicina personalizada é o grande desafio do futuro, porque ela pode provocar duas mudanças. Uma é redução de custos e a outra é um tratamento melhor para o paciente. Estamos em fase inicial de conseguir colocar o resultado das pesquisas científicas a serviço da população, em um aumento em ritmo exponencial, mas certamente vemos uma medida importante para disseminar a tecnologia para a população como um todo”. 
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