25 de março de 2015

Depressão e transtornos afetivos são maioria em ambulatório de saúde mental

Levantamento realizado pelo Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Psiquiatria, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo gerenciada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), na Vila Maria, zona leste da capital paulista, aponta que 52% dos pacientes atendidos no local possuem transtornos afetivos, principalmente depressão.
 
Quase 15 mil pessoas foram atendidas no AME desde sua inauguração, em agosto de 2010. Entre os idosos atendidos na unidade a depressão é o principal diagnóstico, respondendo por 38% dos casos.
 
O ambulatório oferece cinco linhas de cuidado. Além dos transtornos afetivos, psiquiatria geriátrica (que corresponde a 17% dos casos), psiquiatria da infância e adolescência (12%), transtornos psicóticos e esquizofrenia (11%) e transtornos ligados ao uso de álcool e outras drogas (8%) são as outras linhas atendidas pelo AME.
 
Segundo a psiquiatra Denise Amino, diretora do serviço, o número de atendimentos poderia ser ainda maior. "Ainda existe preconceito em buscar atendimento psicológico ou psiquiátrico. Com isso, uma situação que poderia ser controlada pode se agravar cada vez mais. No caso da depressão, outro problema é a dificuldade da pessoa identificar os sintomas, que geralmente são confundidos com sentimentos corriqueiros, como desânimo e tristeza", afirma.
 
Uma das principais formas de identificar a depressão é quando sentimentos negativos deixam de ser passageiros e começam a afetar de forma negativa a vida da pessoa em diversas áreas, seja no trabalho, sono, aspecto físico ou em suas relações pessoais.
 
"Sabemos que muitas vezes as pessoas sofrem em silêncio, mas isso não é necessário. A evolução do quadro pode ser grave, mas quando tratado, pode evitar situações extremas como o suicídio. Por isso recomendamos que em caso de suspeita procure ajuda especializada o quanto antes", afirma Denise. 
 
 

Diretor-presidente da Anvisa deixa o cargo

O diretor-presidente em exercício da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jaime Oliveira, deixa o cargo na sexta-feira, 27, dois anos antes da conclusão do mandato. A decisão foi comunicada para integrantes de sua equipe em uma mensagem eletrônica.
 
O presidente do Senado, Renan Calheiros, reivindica a indicação de um nome para uma vaga na diretoria da agência. Mas não se contenta com o posto. Quer que seu indicado seja alçado à presidência. 
 
A saída vai facilitar as negociações políticas no governo. Oficialmente, a decisão de Oliveira foi tomada por questões pessoais. O Estado apurou, no entanto, que o afastamento foi provocado diante da insatisfação de Oliveira com o fato de que ele não seria confirmado como diretor presidente da agência. Oliveira esteve reunido na segunda, 23, com o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O ministro não se manifestou sobre o assunto. Afirmou que a nova indicação é tema da Presidência da República.
 
O diretor, que é formado em Direito pela Universidade de São Paulo, estava como interino no cargo desde outubro do ano passado, depois do fim do segundo mandato de Dirceu Barbano. Uma versão mais "técnica" para as trocas é a de que o ministro Arthur Chioro defendia para a presidência da agência um profissional ligado à área de saúde. Isso afastaria as críticas, que engrossaram nos últimos meses, da falta de um representante do setor de saúde. Atualmente são dois com formação em Direito e dois em Economia. Com a saída de Oliveira, ficam dois cargos vagos na agência.
 
Esta é a segunda vez desde a criação da agência, em 1999, que um diretor renuncia ao mandato. Gonzalo Vecina, o primeiro diretor da agência, saiu do cargo para mais tarde assumir a Secretaria de Saúde de São Paulo. Vecina havia assumido o posto na gestão do tucano José Serra e sua saída coincidiu com os primeiros meses do mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
error: Conteúdo protegido
Scroll to Top