4 de agosto de 2015

Internação domiciliar cresce 50% em três anos

Aos 83 anos, Zeni Athie sofreu um mal súbito em casa. No hospital, veio o diagnóstico de acidente vascular cerebral e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), grupo de doenças que bloqueiam o fluxo de ar. No caso de Zeni, a DPOC foi provocada por agravamento de bronquite severa. A partir de então, ela se tornou dependente de um respirador.
 
Passados três anos e meio do episódio, Zeni faz fisioterapia duas vezes por semana, tem acompanhamento de enfermagem 24 horas, que monitora o aparelho que a mantém respirando, a alimentação balanceada por nutricionista e consultas com psicólogo. Tudo em casa. Beneficiária de plano de saúde, é mantida em serviço de internação domiciliar. Do contrário, estaria hospitalizada até hoje.
 
“Minha mãe ficou completamente dependente”, relata a advogada Miriam Athie, de 57 anos. “Tenho certeza que ela não teria resistido a tanto tempo num hospital. Ela mora na frente do meu trabalho. Posso vê-la todos os dias, tem o carinho da família, está no ambiente dela”, afirma.
 
Esse tipo de internação está crescendo no País. Dado inédito da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostra que em 2014 houve 139.388 internações domiciliares – 50% a mais do que em 2011, ano em que o serviço passou a fazer parte da lista obrigatória de procedimentos oferecidos pelos planos de saúde, quando houve 92.664 internações em casa.
Em 2013, o serviço registrara pico de 326.843 atendimentos, mas o dado está sendo revisto pela ANS. Técnicos do órgão regulador suspeitam que tenha havido erro das operadoras.
 
Nos últimos anos, também houve salto no número de empresas que prestam o serviço. Eram 108 em 2005; 400 em 2013, segundo censos realizados pelo Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (Nead).
 
“Houve mudança no perfil do atendimento, com maior número de pacientes com doenças crônico-degenerativas. E o número de leitos hospitalares não acompanha esse crescimento”, afirmou Leonardo Zimmerman, diretor de negócios da Integral Saúde e vice-presidente do Nead. 
 
O serviço de home care tem duas modalidades: o atendimento domiciliar, em que os profissionais visitam os pacientes para cuidados ambulatoriais, como fazer curativo e aplicar medicamentos injetáveis. É indicado para pessoas com dificuldade de locomoção. E a internação, para quem precisa de acompanhamento contínuo, aparelho de respiração ou tem escaras complexas.
 
Queixas. O crescimento das empresas de atenção domiciliar é acompanhado pelo aumento de queixas trabalhistas. A Federação Nacional dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais prepara ofensiva contra as empresas de home care. No Rio, cinco foram denunciadas ao Ministério do Trabalho.
 
“Há uma degradação das relações de trabalho. Fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas são terceirizados, às vezes ‘quarteirizados’. Há até mesmo contratos verbais”, acusa Diego Torres, presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais.

Abimed cria programa para capacitar PMEs em compliance

A Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed) desenvolveu um conjunto de iniciativas para ajudar pequenas e médias empresas (PMEs) do setor a implementar programas de compliance. O objetivo é capacitar as empresas para se adequarem ao novo Código de Conduta da entidade e à Lei Anticorrupção (lei 12.846, de 1º de agosto de 2013) vigente no país.
 
O programa oferece conhecimento prático e visa principalmente empresas que não possuem uma área estruturada de compliance. “Nosso objetivo é oferecer ferramentas para ajudá-las a implementar boas práticas de negócios no seu dia a dia e na interação com todos os públicos” destaca Carlos Goulart, presidente-executivo da Abimed.
 
Segundo Goulart, disseminar uma cultura de compliance é fundamental para o segmento da Saúde, que tem grande interação com o setor público, como a área regulatória e a Receita Federal, além de participar de licitações. “São empresas que também dependem de terceiros na sua prática comercial, como distribuidores, representantes e despachantes aduaneiros, e que interagem muito com profissionais de saúde”, diz ele.
 
O programa de capacitação prevê a realização de uma série de treinamentos, que deverão se prolongar até março de 2016. Além de presenciais, eles serão gravados e disponibilizados no site da Abimed. 
 
Para apoiar as empresas, a Abimed criou ainda o Grupo de Estudos de Compliance (GEC), ligado à Comissão de Ética, com a missão de criar ferramentas práticas que possam ser utilizadas no dia a dia. A primeira delas é um documento com perguntas e repostas sobre a aplicação do Código de Conduta da Abimed.
 
O Código, que está na quarta edição revista, inovou ao recomendar e detalhar um programa de compliance para a interação das empresas com terceiros e intermediários. Ele também altera as regras para o relacionamento com profissionais de saúde, propondo um novo modelo de patrocínio em substituição ao patrocínio direto.
 
“O programa de capacitação tem uma dupla finalidade: ao mesmo tempo que exerce uma ação profilática para evitar que as empresas se envolvam em más práticas, visa protegê-las de eventuais condutas irregulares de terceiros” avalia Goulart. 
 
 
 
 

Samaritano inaugura Centro de Reabilitação Física e Cognitiva

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 60% dos pacientes de um hospital geral são passíveis de receberem cuidados de reabilitação para prevenção ou tratamento de incapacidades. O Hospital Samaritano de São Paulo, referência em atendimento de alta performance em medicina especializada, inaugura hoje, 04 de agosto, o Centro de Reabilitação Física e Cognitiva.
 
Seguindo uma tendência mundial, o novo Centro terá uma equipe transdisciplinar para o atendimento dos pacientes, ou seja, é realizada uma avaliação individual por médicos especialistas e pela equipe de reabilitação. Ao final de cada avaliação, chega-se a um consenso de toda a equipe sobre as condições do paciente e a terapia mais adequada a cada caso.
 
Outro diferencial do Centro será a realização de laudos homogeneizados das áreas cognitiva e motora: em cognição, os relatórios serão elaborados pelos profissionais que o assistem: terapeuta ocupacional, neuropsicólogo e/ou fonoaudiólogo. Na área motora, os responsáveis serão médicos especializados em medicina de reabilitação, além de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e equipe de enfermagem especializada. “Este acompanhamento será periódico, o que permitirá analisar o histórico do paciente e apresentar ao médico responsável pelo caso uma avaliação da evolução no tratamento”, destaca Dr. Donaldo Jorge Filho, médico fisiatra,  especialista responsável pelo atendimento de reabilitação motora e coordenador do Centro.
 
O espaço conta com investimento e o suporte da  tecnologia em procedimentos diagnósticos, prontuário eletrônico para registro da evolução dos pacientes, além da presença da equipe de reabilitação que atende as necessidades de pacientes com diferentes limitações físicas e cognitivas, especialmente nas áreas de Ortopedia, Neurologia, Ginecologia, Oncologia, Urologia e casos como dor, demências, transtornos de atenção, reabilitação pós trauma de crânio, entre outras.
 
“A metodologia de trabalho aplicada por profissionais experientes deverão tornar o  Centro de Reabilitação uma referência”, afirma o Dr. Renato Anghinah, responsável pelo atendimento cognitivo,  ao lado do Dr. Donaldo Jorge Filho, responsável pela reabilitação motora e coordenação do Centro.
 
Relação de terapias e procedimentos:
 
•         Tratamento das afecções  da coluna vertebral (RPG; Pilates; Fisioterapia Tradicional)
•         Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia
•         Reabilitação em amputados e artoplastias
•         Reabilitação em Reumatologia
•         Reabilitação Respiratória infantil e adulto
•         Reabilitação cardiopulmonar (patologias cardiopulmonares e lesões encefálicas)
•         Doenças e Traumatismos na Medula Espinhal
•         Incontinência urinária e fecal
•         Drenagem Linfática Terapêutica
•         Fisioterapia para gestantes e puérperas
•         Reabilitação em Oncologia (Pré e Pós Operatória)
•         Bloqueios neuroquímicos com toxina botulínica
•         Bloqueios anestésicos paraespinhosos e dessensibilização de Pontos Gatilho Musculares.
•         Lesões Encefálicas e Traumatismos Cerebrais
•         Avaliação cognitiva (neuropsicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais)
•         Avaliação cognitiva comportamental
•         Afasias e problemas de linguagem
•         Problemas de deglutição
•         Déficit de atenção
•         Déficit de memória e quadros demenciais
•         Alteração Cognitiva Pós- Lesão encefálica ( Hipóxia  pós–parada; Trauma de Crânio e AVCs)
•         Avaliação motora
 
Com alta tecnologia para a realização de procedimentos das mais variadas abrangências, a infraestrutura do Hospital Samaritano conta ainda com moderno Centro Cirúrgico composto por 17 amplas salas, com avançadas tecnologias e 313 leitos, além de moderno Centro de Medicina Diagnóstica e Laboratório de Análises Clínicas.
 
 
error: Conteúdo protegido
Scroll to Top