20 de outubro de 2015

Santa Joana lembra importância da vacinação

As vacinas são um dos mecanismos mais eficazes na defesa do organismo humano contra agentes infecciosos e bacterianos, e consiste na proteção do corpo por meio de resistências às doenças que o atingiriam. Elas são compostas por substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que são introduzidos no organismo para estimular a reação do sistema imunológico quando em contato com um agente causador de doenças.
 
Em 1776, há mais de 200 anos, foi produzida a primeira vacina, contra o vírus da varíola – hoje erradicado. Nessa época, o médico britânico Edward Jenner elaborou as vacinas a partir de lesões em vacas e, hoje em dia, por meio de avanços tecnológicos na medicina, existem vacinas para diversas doenças como contra gripe, hepatite, febre amarela, sarampo, tuberculose, rubéola, difteria, tétano, coqueluche, meningite, poliomielite, diarreia por rotavírus, caxumba e pneumonia causada por pneumococos, entre muitas outras que estão em constante evolução e estudo.
 
Para Rosana Richtmann, médica infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, apesar de apresentar bons níveis de vacinação, o Brasil ainda tem que melhorar.  “Com a evolução da medicina e das vacinas, temos uma boa cobertura no Brasil. Tradicionalmente o país apresenta boas e elevadas taxas vacinais e os brasileiros acreditam e confiam nesse método. Recentemente, tivemos questionamentos sobre algumas vacinas mais novas introduzidas no PNI (Programa Nacional de Imunizações), e assim as coberturas ficaram fora do esperado. Portanto, temos ainda muito que trabalhar para garantir taxas ainda mais elevadas de vacinação para toda a população”, afirma.
 
No Brasil, o Programa de Imunizações (PNI), criado e gerenciado pelo Ministério da Saúde, tem como principal objetivo manter o controle de todas as doenças que podem ser erradicadas ou controladas com o uso da vacina.
 
Por ser de extrema importância para a saúde da população, os pequenos logo ao nascer, já recebem duas vacinas ainda na maternidade- a BCG vacina contra a tuberculose e a vacina contra a hepatite B. “A vacina é feita com os próprios microrganismos que causam as doenças, mas esses sem poder de ataque” explica dra. Rosana. 
 
Em relação a efeitos adversos, a infectologista comenta que são raros casos considerados graves e que não existe nada mais recomendável do que as vacinas. “Os efeitos colaterais mais comuns são dor no braço, vermelhidão e inchaço onde foi aplicada a vacina. Também podem ocorrer febre ou mal-estar passageiro. Em alguns casos, e dependo do tipo de vacina, a pessoa pode apresentar sintomas parecidos com os da própria doença. Isso acontece pelo fato de a vacina ter em sua composição um vírus enfraquecido, mas incapaz de transmitir a enfermidade. Em casos mais extremos, porém muito raros, pode causar choque anafilático. Não existe nada mais eficaz em saúde pública do que imunização. Por isso, elas são a melhor opção”, enfatiza dra. Rosana.
 
Rosana Ritchmann lembra, porém, que as vacinas não “fazem milagre” e não garantem imunização completa. “Praticamente nenhuma vacina tem 100% de eficácia para todas as idades. O grande objetivo das vacinas é deixar a população protegida contra determinadas doenças ou diminuir o risco de doença natural e, consequentemente, mais grave. A vacinação não erradica a chance de contrair a doença em 100%. Cada uma tem um potencial de proteção diferenciado”.
 
 

Edmundo Vasconcelos conquista Prêmio Excelência na Saúde

O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos recebeu,  neste mês de outubro, Prêmio Excelência na Saúde – categoria Gestão de Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde. O reconhecimento foi concedido pelo Grupo Mídia, empresa de comunicação responsável pelas publicações Healthcare Management, Health-IT e HealthARQ. 
 
Além do Edmundo Vasconcelos, outras 38 instituições de saúde, divididas em 13 categorias, foram eleitas pelo Conselho Editorial do Grupo Mídia. Para tal, foi realizada uma pesquisa de mercado, que analisou as principais ações neste último ano, como grandes investimentos, as inovações e as conquistas que o setor vivenciou.
 
Entre os projetos de Gestão de Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde realizados pelo hospital em 2014, destaca-se a implantação de uma plataforma tecnológica de informações. A ferramenta digitalizou cerca de 60 milhões de documentos físicos de prontuário. Os sistemas de agendamento de consultas, recepção de pacientes e laboratório de análises clínicas foram integrados ao sistema de registro eletrônico e todos os documentos em papel de 180 mil pacientes também acabaram sendo digitalizados.
 
"Desde então, esta ferramenta tem um papel fundamental em nossa gestão, como um todo, pois agiliza o atendimento, a permissão para busca e indexação de arquivos, além de evitar a duplicidade de trabalho", salienta o diretor clínico do hospital, Antoninho Sanfins Arnoni.
 

Novos medicamentos para hepatite C começam a ser distribuídos

O Ministério da Saúde começa a distribuir dois novos medicamentos para hepatite C, o sofosbuvir e daclatasvir. A nova terapia, que será ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), aumenta as chances de cura e diminui o tempo de tratamento aos pacientes com hepatite C. Os medicamentos já foram enviados ao Distrito Federal e, a partir do próximo mês, começam a chegar ao restante dos estados. 
 
Os dois medicamentos atendem a cerca de 80% das pacientes que farão uso da nova terapia, composta também pelo Simeprevir, cuja distribuição, pelo Ministério da Saúde, está prevista para o mês de dezembro. Ao todo, 30 mil pessoas serão beneficiadas com o novo tratamento, no período de um ano.  
 
O investimento total para a oferta dos três medicamentos no SUS é de quase R$ 1 bilhão. O Ministério da Saúde conseguiu negociar os preços dos medicamentos com as indústrias farmacêuticas, com descontos de mais de 90% em relação aos preços de mercado. O custo por tratamento é de cerca de US$ 9 mil.
 
Além de anunciar o cronograma de distribuição do novo tratamento, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, entregou os frascos dos medicamentos à primeira paciente beneficiada com a nova terapia: Helenisar Campos Cabral Salomão. 
 
“Com essa entrega, estamos dando início a uma nova fase do tratamento da hepatite C no país. Trata-se do mais moderno tratamento disponível no mundo para a doença. Assim, assumimos a vanguarda na oferta dessa terapia, como já fizemos com a aids, com a oferta de antirretrovirais, afirmou o ministro.
 
EXAME – O Ministério da Saúde também incorporou, recentemente no SUS, um novo exame para avaliar o grau de comprometimento do fígado dos pacientes com hepatite C. A Elastografia Hepática Ultrassônica irá facilitar o diagnóstico aos pacientes que irão utilizar estes novos medicamentos. O exame é seguro, eficaz e efetivo para a definição do estágio da fibrose hepática, quando comparada à biópsia hepática que é o atual padrão de diagnóstico. Este exame possui níveis de sensibilidade e especificidade significativas, com a vantagem de ser um indolor e não invasivo.
 
“Essas incorporações são um importante avanço que tem como objetivo ampliar e melhorar, cada vez mais, a assistência prestada aos pacientes com hepatite C. Com esse exame e com os novos medicamentos, o sistema público brasileiro passará a oferecer o que há de mais moderno no diagnóstico e tratamento da doença”, informou o diretor do Departamento de Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.
 
INDICAÇÃO DO TRATAMENTO – As novas medicações vão beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos ofertados anteriormente, entre eles os portadores de coinfecção com o HIV, cirrose descompensada, pré e pós-transplante e pacientes com má resposta à terapia com Interferon, ou que não se curaram com tratamento anterior. A meta é ampliar a assistência às hepatites virais, minimizando as restrições impostas pelo tratamento anterior. A nova terapia garante ao paciente mais conforto e qualidade.
 
O diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, lembrou que o novo tratamento já estava previsto no novo protocolo para as hepatites, lançado em julho deste ano: “O protocolo prevê que os novos medicamentos sejam disponibilizados aos pacientes com co-infecção HIV/Hepatite C, aos pós-transplantados de fígados e outros órgãos e outras indicações específicas. Isso irá possibilitar que possamos dobrar o número de pacientes atualmente em tratamento”, ressaltou o diretor.
 
O tratamento oferecido, desde 2012, é o composto por dois esquemas terapêuticos, as terapias dupla e tripla com o Interferon Peguilado, que é injetável e combinado com outros medicamentos. O tratamento tem duração de 48 semanas. 
O SUS garante o acesso aos medicamentos de combate à doença para todos os pacientes diagnosticados e com indicação de tratamento medicamentoso. Vale ressaltar que, nem todas as pessoas que contraíram o vírus, precisam ser medicadas, sendo uma recomendação estabelecida por protocolo e avaliação médica.
 
SITUAÇÃO DA DOENÇA – Em 13 anos de assistência à doença no SUS, foram notificados e confirmados 120 mil casos, e realizados mais de 100 mil tratamentos. Atualmente são 10 mil casos notificados ao ano. Estima-se que a tipo C seja a responsável por 350 e 700 mil mortes por ano no mundo. No Brasil, são registrados cerca de três mil mortes por associadas à hepatite C. 
 
Desde 2011, o país também distribui testes rápidos para a hepatite C. Naquele ano, foram distribuídos 15 mil testes, sendo que em 2014 o número saltou para 1,4 milhão. Este ano, está prevista uma compra de 3 milhões de testes, que serão distribuídos nos próximos anos.
 
Sem diagnóstico até 1993, a hepatite C, como a hepatite B, é uma doença de poucos sintomas. As formas mais comuns foram a transfusão de sangue e infecção hospitalar na década de 80, sendo outras formas de transmissão são o compartilhamento de objetos de uso pessoal e para uso de drogas. A transmissão sexual ainda é um tema muito debatido por pesquisadores de todo o mundo. 
 

Entidades vão promover evento sobre RDC 30

Aproxima-se o fim do prazo para que os laboratórios clínicos e postos de coleta laboratorial adequem-se à resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 30/2015, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada em 24 de julho deste ano. A norma, que trata da obrigatoriedade de assinatura digital para laudos, preocupa a categoria e foi tema do encontro realizado no último dia 15 de outubro, na sede da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

A reunião contou com a presença de representantes de empresas de software para a saúde, sindicatos e sociedades de medicina laboratorial e teve como objetivo alinhar pontos de discussão que serão debatidos com a Anvisa no evento que será realizado pela FEHOESP, com organização do IEPAS e apoio do Conselho Federal de Farmácia; da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML); da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC); Sindicato dos Laboratórios de Minas Geriais (SindlLab-MG); e do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), no dia 4 de novembro próximo, a partir das 14 horas, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.

De acordo com  vice-presidente do SINDHOSP e diretor da FEHOESP, Luiz Fernando Ferrari Neto, “a certificação digital só traz custos para os laboratórios”.  Para ele, a saída seria adiar o prazo de início da resolução até que se viabilize um acordo bom para ambas as partes. 

De opinião semelhante, Luiz Gastão Rosenfeld, membro da Câmara Técnica da Abramed e consultor do Laboratório Dasa, acredita que “a resolução, do modo em que está, parece não atingir os objetivos do setor. O evento vem com grande consistência técnica e a Abramed conseguiu reunir empresas concorrentes em prol de um interesse coletivo”, conclui.

Para participar do evento, basta se inscrever acessando o link: http://goo.gl/forms/2tQL0ajJ4E. A inscrição é gratuita.

Veja a programação completa do evento a seguir:

13h30 às 14h15

 

Credenciamento

 

14h15 às 14h30

 

Abertura

Claudia Cohn – Presidente da Abramed

Yussif Ali Mere Junior – Presidente FEHOESP/SINDHOSP

José Carlos M. da Silva Moutinho – Diretor da Anvisa

 

14h30 às 15h30

 

Palestra: Certificação digital – RDC 30

André Paes de Almeida – Especialista em Regulação da Anvisa

 

15h30 às 16h

Síntese das dúvidas e posições do setor

Luiz Gastão Rosenfeld – Coordenador da Câmara Técnica da Abramed

 

16h às 16h30

Coffee break

 

16h30 às 17h30

 

Talk Show:

Coordenação: Wilson Shcolnik – Grupo Fleury

José Carlos M. da Silva Moutinho – Anvisa

André Paes de Almeida – Anvisa

Monica Grau – Vigilância Sanitária (Visa) do Estado de São Paulo

Martha Virgínia Gewehr – Visa da cidade de São Paulo

Luiz Gastão Rosenfeld – Abramed

 

Serviço 

Certificação Digital – RDC 30

Data: 4/11/2015

Horário: 14h às 18h

Local: Alameda Campinas, 140, São Paulo-SP – Hotel Maksoud Plaza – Sala Rio de Janeiro

Inscrição: http://goo.gl/forms/2tQL0ajJ4E

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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