12 de novembro de 2015
Senado discute projeto que destrava a pesquisa clínica
Resultado de um esforço para colocar o Brasil em um novo patamar de desenvolvimento e inovação na área médica, um projeto que promete tornar o modelo regulatório da pesquisa clínica menos burocrático, mais transparente e mais eficiente está em discussão no Senado Federal. De autoria dos senadores Ana Amélia (PP-RS), Waldemir Moka (PMDB-MS) e Walter Pinheiro (PT-BA), o Projeto de Lei do Senado nº 200 de 2015 foi tema de audiência pública na no dia 10 de novembro, na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática.
O texto aborda temas essenciais para destravar a pesquisa clínica no Brasil e tornar mais seguro para o paciente um sistema que, hoje, está entre os mais burocráticos do mundo. O projeto considera desde a estruturação clara do sistema de avaliação ética em pesquisa clínica até a implantação de normas sólidas para garantir o respeito aos pacientes que participam de testes clínicos no Brasil. O projeto tem apoio da Aliança Pesquisa Clínica Brasil, um movimento que reúne representantes de pacientes, médicos, pesquisadores e farmacêuticas com o objetivo de debater e propor soluções para acelerar a análise dos estudos.
Como consequência da elevada burocracia e baixa eficiência nesse setor, o Brasil convive atualmente com efeitos como a exclusão do país de testes internacionais, a estagnação do conhecimento científico, a redução de investimentos e até mesmo o fechamento de centros de referência, em um cenário que substancialmente o acesso dos pacientes a tratamentos inovadores. Líderes mundiais em pesquisa, como Estados Unidos e União Europeia, avaliam um estudo clínico em até 90 dias. No Brasil, esse processo leva, em média, 12 meses.
Santa Casa promove I Simpósio de Qualidade
O evento é interno e direcionado a gestores, coordenadores e lideranças da Santa Casa de Piracicaba; porém, o resultado prático das ações propostas pelo I Simpósio de Qualidade Hospitalar promovido pela Irmandade terá reflexos diretos na assistência direcionada a todos os usuários do sistema hospitalar.
Isso porque, segundo a coordenadora do Departamento de Qualidade Hospitalar da Santa Casa, Daniela Zarbetti, o conteúdo programático do Simpósio, que começa nesta quinta-feira (12) e prossegue amanhã, sexta (13), está totalmente relacionado aos processos implantados e utilizados pelo Hospital nas áreas de gestão hospitalar, que envolve o exercício da liderança, modelo de gestão, gerenciamento de risco e segurança do paciente.
“A eficácia corporativa só é estabelecida mediante a constante atualização dos processos e métodos de trabalho, implantados quando há participação e conscientização da comunidade hospitalar sobre a segurança nas práticas assistenciais e administrativas”, disse Daniela ao lembrar que o objetivo do Simpósio é impulsionar iniciativas em prol do desenvolvimento da Instituição.
Segundo ela, é importante pontuar, por exemplo, que a definição das práticas e padrões de trabalho na gestão do dia a dia deve seguir a metodologias específicas, estabelecidas com base no MEG- Metodologia de Excelência da Gestão. Este será o conteúdo da palestra a ser proferida a partir das 14h30 de hoje (12) pela especialista em gerência de serviços de saúde, Andrea Nascimento. Membro do Núcleo Técnico do Programa Estadual de Controle de Qualidade Hospitalar (CQH) e coordenadora dos NAGEHs- Núcleos Estaduais de Apoio à Gestão Hospitalar, ela falará sobre “Modelo de Gestão”.
Na sequência, às 15h30, palestra com o coordenador de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Saúde, Haino Burmester. Mestre em Medicina Comunitária pela Universidade de Londres, ele abordará o processo de “Liderança no Século XXI”.
Na sexta-feira, 13, às 14 horas, palestra com a psicóloga Claudia Maria Figueiredo Matias para uma ampla abordagem do processo de “Gerenciamento e Gestão de Risco – Reflexões e Conceitos sobre a Cultura da Qualidade e Segurança do Paciente”. Encerrando o evento, apresentação da peça teatral (Di)gestão Hospitalar, com o grupo voluntário Sorria ou Sorria.
Interior oferece curso para a área de RH
Pesquisa para detecção precoce de surtos epiléticos vence primeiro Prêmio Empreenda Saúde
Plenário julga inconstitucional lei paulista e reafirma que cabe à União legislar sobre trabalho
O prazo para adesão ao Programa de Parcelamento Incentivado foi reaberto
Novo teste reduz o número de biópsias em casos de câncer de próstata
Planos devem cobrir prótese que custa 60 mil para tratamento pós câncer
Dados da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que a incontinência urinária afeta 10 milhões de pessoas no Brasil, sendo que, no homem, a ocorrência está associada, na maioria dos casos, a cirurgia na próstata pós câncer. Muitos homens acreditam a única solução para esta condição crônica é o uso de fraldas, entretanto, todos os planos de saúde do país são obrigados pela ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar – a custear o tratamento definitivo: uma prótese para incontinência urinária, que custa em torno de 60 mil reais.
Pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo apontou que 25% dos homens submetidos à remoção cirúrgica da próstata podem tornar-se incontinentes após a prostatectomia radical. "A incontinência urinária é a consequência que mais afeta a qualidade de vida do homem, até mais que a disfunção erétil. Além de prejudicar a sexualidade, também tem efeitos negativos na vida social, causando depressão, ansiedade, problemas de autoestima e nos relacionamentos interpessoais", explica o urologista do Hospital da Clínicas e um dos responsáveis pelo estudo, Cristiano Gomes.
Nos casos leves e moderados, o tratamento é feito com slings – malhas cirúrgicas que funcionam como um suporte reforçando a sustentação da uretra – e injeções endoscópicas. Nos casos graves, o tratamento recomendado é a colocada de uma prótese, chamada de esfíncter urinário artificial – que é interna e substitui o papel do esfíncter – músculo em formato de anel que bloqueia a passagem da urina. Totalmente contida no corpo e imperceptível, a prótese importada é considerada o padrão ouro no tratamento, sendo eficaz em 90% dos casos.
Estudos mostram que a incontinência urinária é uma das condições mais degradantes para o homem – considerada o "câncer social". Para o urologista Valter Muller, chefe do serviço de urologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, a condição pode causar até depressão. "O homem não consegue ter convívio social nem sexual. Acredita que está sempre cheirando urina, tem medo de sair de casa e passar por um sufoco. E essa situação pode sim causar uma depressão – porque ele acredita que aquilo não terá cura", explica o especialista.
Mãe de Deus recebe reacreditação internacional da JCI
O Hospital Mãe de Deus foi reacreditado pela Joint Commission International em reconhecimento ao compromisso contínuo da instituição com padrões internacionais de referência em segurança e qualidade. A conquista significa que a instituição de saúde segue determinadas práticas em seus processos assistenciais e administrativos, incluindo a segurança no ambiente hospitalar, atendimento humanizado, treinamento permanente dos colaboradores, gerenciamento da informação, entre outros aspectos. As práticas relativas às metas internacionais de segurança, adotadas como indicadores da matriz de segurança, estão sendo disseminadas para os demais hospitais do Sistema de Saúde Mãe de Deus.