10 de março de 2016

Governo federal reforça atendimento às mulheres vítimas de violência

Para definir as diretrizes e reforçar a realização, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), de cirurgias plásticas reparadoras de sequelas e lesões causadas por atos de violência contra a mulher, os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Gomes, assinaram portaria que regulamenta a Lei nº 13.239/2015. 
 
A ação conta com a parceria da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC) que, junto com o governo federal, identificou hospitais que são referência no assunto e possuem residências conhecidas para dar maior velocidade e qualidade no atendimento a este público.
 
Os procedimentos serão realizados, preferencialmente, nos hospitais da Rede de Cirurgia Plástica Reparadora para Mulheres Vítimas de Violência, constituída em parceria com a SBCP, composta por estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS. São aproximadamente 400 serviços, sendo que, desse total, 64 são credenciados pela SBCP. No entanto, todos os serviços de saúde do SUS com expertise podem realizar as cirurgias. “É mais um passo do governo Dilma para reduzir a intolerância, o preconceito e a discriminação, e ao mesmo tempo oferecer acolhimento, resguardo e proteção às mulheres”, frisou o ministro Marcelo Castro.
 
Entre as cirurgias plásticas reparadoras constantes da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPME, e oferecidas pelo SUS, estão a cirurgia plástica reparadora e reconstrutiva, o tratamento de queimados, cirurgias da pele e tecido celular subcutâneo, cirurgia do sistema nervoso central e periférico, cirurgia das vias aéreas superiores, da face, da cabeça e do pescoço, cirurgia do aparelho da visão, cirurgia do sistema osteomuscular, cirurgia do aparelho geniturinário e cirurgia da mama.
 
Também integram os procedimentos relacionados à violência contra a mulher os de reconstrução da orelha, tratamento cirúrgico de lesões extensas com perda de substância de pele, tratamento cirúrgico para joelho, cotovelo, mãos e pés, tratamento cirúrgico para os lábios, pálpebras e coro cabeludo, tratamento cirúrgico para fraturas, reconstrução craniana e crânio-facial, reconstrução dos lábios, nariz, mandíbula, maxilar e gengiva e tratamento cirúrgico de fístula reto-vaginal. No entanto, o atendimento às mulheres vítimas de violência não está restrito a esses procedimentos, uma vez que a violência pode causar lesões e complicações que demandem intervenções clínicas e cirúrgicas em outras especialidades médicas e não médicas.
 
ATENDIMENTO – De acordo com a Lei 13.239/2015, a mulher vítima de violência grave que necessitar de cirurgia deverá procurar a unidade básica de saúde ou unidade de saúde da família mais próxima para solicitar atendimento e encaminhamento para consulta especializada com cirurgião plástico portando o registro oficial de ocorrência da agressão. O termo “registro oficial de ocorrência da agressão”, no entanto, não se remete apenas ao registro de ocorrência policial, uma vez que isso poderia restringir o direito da mulher com idade superior a 18 anos de decidir por sua livre vontade denunciar ou não o fato à autoridade policial, o que limitaria o acesso ao atendimento para as pessoas em situação de violência, configurando como omissão de atendimento. 
 
O registro oficial de ocorrência da agressão corresponde a qualquer tipo de registro emanado pelo governo ou autoridade administrativa reconhecida, como os prontuários de atendimento assinados pelos profissionais médicos nas consultas de saúde.
 
No setor saúde, não é necessário o registro de boletim de ocorrência para o atendimento. Se a pessoa adulta não deseja registrar o boletim de ocorrência, sua vontade deverá ser respeitada, sem prejuízo ao atendimento integral à saúde e de todas as orientações necessárias sobre seus direitos. Porém, os serviços de saúde devem orientar a vítima no sentido de seus direitos, inclusive o de denunciar o crime por meio de do Boletim de Ocorrência, se assim desejar.
 
A portaria considera a intersetorialidade entre as políticas de saúde e o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, a Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e o Pacto Nacional de Enfrentamento da Violência contra a Mulher da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Além disso, tratados e convenções internacionais e políticas nacionais que tratam do enfrentamento à violência contra as mulheres ajudaram a nortear as diretrizes.
 
LIGUE 180 – O Ligue 180 é uma iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), vinculada ao Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. De acordo com a Secretária Especial de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, um balanço dos registros feitos pelo serviço em 2015 demonstrou crescimento de 54,4% em relação a 2014. “É lamentável, porque constatamos que a violência contra a mulher se tornou mais cruel; mas por outro lado é positivo percebermos que nossos serviços estão dando certo, e que as mulheres estão tendo mais coragem para denunciar, resgatar sua autoestima e procurar ajuda”, disse.
 
De acordo com a secretária especial, aumentaram as denúncias de cárcere privado, tráfico de mulheres e meninas para fins de exploração sexual e comercial e de estupros. Informações acerca da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência no âmbito do SUS, bem como da Lei nº 13.239, de 2015, podem ser obtidas por meio da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Ligue 180).
 
Estabelecimentos de Saúde que compõem a Rede de Cirurgia Plástica Reparadora para as Mulheres Vítimas de Violência
 
 

Índice para reajuste de medicamentos deve ser fixado pelo governo em 12,5%

A crise econômica está afetando o setor farmacêutico e, pela primeira vez em mais de 10 anos, o governo deve determinar um reajuste anual de preços acima da inflação. Os medicamentos poderão subir até 12,5% a partir de 31 de março, mas o consumidor deve perceber o aumento gradualmente, conforme as farmácias forem renovando os seus estoques. As oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica tiveram grande influência na mudança. 
 
Os medicamentos têm os preços controlados pelo governo, que realiza um reajuste anual com base no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Neste ano, a inflação entre março de 2015 e fevereiro de 2016 foi fixada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 10,36%. Além disso, outros três fatores são usados para definir as faixas de correção.
 
O primeiro fator considera a produtividade da indústria, que fora positiva nos últimos anos. Já o segundo se baseia na concorrência das classes terapêuticas para estabelecer faixas distintas de reajustes. Por último, o terceiro fator pondera forças econômicas como câmbio e energia elétrica na equação.
 
Desta vez, a produtividade da indústria foi negativa, ou seja, a mão de obra contratada produziu menos que no ano anterior. Assim, os fatores de produtividade acabaram sendo anulados e, com isso, o governo determinou apenas uma faixa de reajuste para todo o setor. 
 
O terceiro fator adicionou 2,14 pontos percentuais ao IPCA, devido à desvalorização do real frente ao dólar e aos aumentos no valor da energia elétrica.
 
“O cálculo do governo mostra com clareza que até a indústria farmacêutica, normalmente menos prejudicada por crises econômicas, está sendo atingida pelo momento difícil que o Brasil enfrenta”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).
 
 

Brasil adota recomendação da OMS e reduz medida para microcefalia

O Ministério da Saúde passa a adotar novos parâmetros para medir o perímetro cefálico e identificar casos suspeitos de bebês com microcefalia. Para menino, a medida será igual ou inferior a 31,9 cm e, para menina, igual ou inferior a 31,5 cm. A mudança está de acordo com a recomendação anunciada recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e tem como objetivo padronizar as referências para todos os países, valendo para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação.
 
“Mais uma vez, mostramos que o Brasil está em consonância com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e com as conclusões das sociedades médicas e científicas de todo o mundo. Estamos caminhando juntos e no caminho certo para descobrir e definir de forma cada vez mais específica todas as orientações em torno da microcefalia e do vírus Zika”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
 
O novo padrão está sendo adotado pelo Ministério da Saúde em consonância com as secretarias estaduais e municipais de Saúde e recebeu avaliação favorável do comitê técnico formado por sociedades científicas médicas e especialistas nas áreas de pediatria, infectologia e genética médica. A aferição do perímetro deve ser feita, preferencialmente, após as primeiras 24 horas do nascimento, ou até a primeira semana de nascimento.
 
A medida faz parte das adequações que estão sendo realizadas diante dos novos achados científicos, levando em consideração o aprendizado contínuo com descobertas sobre a microcefalia e sua relação com vírus Zika.
 
PREMATUROS – Para bebês nascidos com menos de 37 semanas de gestação (prematuros), a mudança ocorrerá na curva de referência para definição de caso suspeito de microcefalia. Até então, era utilizada a curva de Fenton. A partir de agora, será utilizada a tabela de InterGrowth, que tem como referência a idade gestacional do bebê. Trata-se de recente estudo internacional do crescimento fetal e do recém-nascido, encomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2010 para oito países, entre eles o Brasil, pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e finalizado em 2015.
 
A utilização da curva de  InterGrowth também é recomendação da OMS. Vale esclarecer que o perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê, no nascimento, e continua sendo acompanhado ao longo de toda a infância.
 
A medição do perímetro cefálico deve sempre ser realizada logo após o parto, permitindo que o médico identifique possíveis problemas de forma precoce. No entanto, a confirmação do diagnóstico de microcefalia e da sua associação a outras infecções só pode ser feita após a realização de exames complementares, como ultrassonografia transfontanela e tomografia, já que a medida do crânio não é um fator determinante, ou seja, bebês com o tamanho da cabeça um pouco abaixo da medida de referência, não necessariamente, terão malformações.
 
Devido às atuais mudanças, o Ministério da Saúde revisou todas as definições previstas no Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika.
 
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Carlos Nardi, o Ministério da Saúde tem realizado videoconferências e reuniões presenciais, para que as informações sejam totalmente padronizadas. “Isso irá garantir, além da confirmação ou descarte de cada caso, o suporte às crianças e as famílias acometidas pela microcefalia”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Nardi.
 
Diante do aumento inesperado e inusitado dos casos de microcefalia em recém-nascidos, verificado em outubro de 2015, no Brasil, o Ministério da Saúde recomendou, no primeiro momento, que fosse adotada a medida de 33 cm para o perímetro cefálico. A iniciativa teve como objetivo incluir um número maior de bebês na investigação, para uma melhor avaliação e compreensão da situação. Em dezembro de 2015, após o andamento das primeiras investigações destes casos, o padrão foi reduzido para 32 cm. 
 
MUDANÇAS – Desde o dia 18 de fevereiro, a notificação dos casos suspeitos de Zika no Brasil passou a ser obrigatória para todos os estados do país. A medida foi publicada no Diário Oficial da União por meio da portaria 204, de 17 de fevereiro de 2016. A mudança significa que todos os casos suspeitos de Zika devem ser comunicados pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, às autoridades de saúde, semanalmente. Nos casos de gestantes com suspeita de infecção pelo vírus ou de óbito suspeito, a notificação deve ser imediata, ou seja, deverá ser feita em até 24 horas.
 
A mudança na notificação também foi resultado de uma análise criteriosa dos métodos de acompanhamento do vírus Zika no Brasil. Até então, a doença era monitorada por meio de vigilância sentinela para prestar apoio às medidas de prevenção à doença. Cabe ressaltar que o Zika é uma doença nova no Brasil, tendo sido identificada pela primeira vez em maio de 2015 e, como qualquer outra nova doença identificada, necessita de estudos e reavaliações periódicas.

Como declarar aluguéis recebidos no IR 2016?

Aluguéis recebidos por proprietários de imóveis ao longo de 2015 são tributáveis e devem ser declarados no Imposto de Renda 2016.
 
Se o proprietário recebeu os aluguéis de pessoas físicas, além de informá-los na declaração, ele também deve recolher o imposto mensal obrigatório (Carnê-Leão) sobre estes valores.
 
No entanto, o contribuinte que recebeu aluguéis de pessoas físicas por valores mensais inferiores a 1.903,98 reais está isento do recolhimento do tributo mensal.
 
A tributação é proporcional ao valor recebido e segue a tabela progressiva do Imposto de Renda. Veja a seguir a tabela válida para 2015:
 
Base de cálculo mensal  Alíquota  Parcela a deduzir do imposto
Até R$ 1.903,98
De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65 7,5% R$ 142,80
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 15% R$ 354,80
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 22,5% R$ 636,13
Acima de R$ 4.664,68 27,5% R$ 869,36

Fonte: Receita Federal

 
Para fazer o recolhimento mensal do imposto, o contribuinte deve utilizar o programa Carnê-leão da Receita Federal. Depois de preenchê-lo, basta importar os dados para o programa gerador da declaração, na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de PF/Exterior”, selecionando o ícone "Importar Dados do Carnê-Leão".
 
Caso os aluguéis recebidos de pessoas físicas durante o ano de 2015 tenham sido isentos do recolhimento do Carnê-leão, eles deverão ser informados diretamente na declaração, mês a mês, também na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de PF/Exterior”.
 
Já se os rendimentos foram pagos por pessoa jurídica, os valores devem ser incluídos na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”. No campo “Discriminação”, o contribuinte deve informar os valores, nome e CNPJ da empresa.
 
Quando o contribuinte for responsável pelo pagamento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) ou da taxa de condomínio do imóvel alugado, é possível deduzir essas despesas do imposto a pagar (veja quais são os limites de deduções do Imposto de Renda 2016).
Nesse caso, para fazer as deduções, basta descontar os valores gastos com o condomínio e o IPTU do valor do aluguel, declarando no Carnê-Leão apenas o rendimento que restar após a subtração desses gastos. 
 
Locatário pessoa física 
 
Quem recebeu em 2015 rendimentos com aluguéis de pessoas físicas e é obrigado a recolher o imposto mensal obrigatório deve incluir no programa "Carne-Leão” os aluguéis recebidos a cada mês. Se o pagamento do aluguel for recebido de diversas pessoas físicas, apenas deve ser informado o valor total.
 
Dessa forma, é possível calcular o imposto devido sobre o valor total dos rendimentos obtidos em cada mês, com base na tabela progressiva do Impos

Atrasos na liberação de produtos afetam indústria farmacêutica

Produtos médico-hospitalares, medicamentos, vacinas e matéria-prima para a indústria farmacêutica se acumulam há 58 dias no terminal de cargas do aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas, no interior paulista.
 
São mercadorias importadas que dependem da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa), mas que, devido à falta de funcionários, seguem paradas no aeroporto, gerando prejuízo para as empresas.
 
Entre os medicamentos estão insulinas adquiridas pelo próprio governo federal, além de remédios para câncer e reprodução humana, anticorpos para vacinas, tubos para exames clínicos (inclusive dengue) e sondas.
 
Alguns desses produtos estão no terminal desde dezembro. Segundo empresas, o atraso, no início do ano, chegou a 70 dias.
 
Atualmente, são sete funcionários para avaliar 4.500 licenças de importação. Segundo importadores, a equipe da Anvisa no local já chegou a ter dez funcionários. Mas o ideal, ainda de acordo com as empresas, seriam 20.
 
O problema começou há um ano, quando alguns servidores se aposentaram. Os importadores afirmam que os problemas se repetem, com menor gravidade, nos aeroportos de Cumbica, em São Paulo, e do Galeão, no Rio.
 
A Anvisa diz que, para minimizar os atrasos, tenta agilizar a liberação dos produtos com a realização de forças-tarefas –funcionários de outros lugares são deslocados temporariamente para lá.
 
Já foram organizadas duas forças-tarefas, uma em 2015 e outra no começo deste ano.
 
A direção do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Campinas e a própria concessionária de Viracopos, a Aeroportos Brasil, já avisaram que vão à Justiça para obrigar a Anvisa a agilizar a liberação.
 
Para a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Saúde(Abimed) e o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo), o prazo razoável para liberação das mercadorias seria de até sete dias.
 
Prejuízos
Julio Gândara, diretor da multinacional 3M do Brasil, afirma que o faturamento da empresa foi afetado por causa dos atrasos. A empresa, cuja fábrica fica próxima ao aeroporto, em Sumaré (SP), teve que aumentar os estoques e praticamente dobrou os custos com armazenagem.
 
A Bioclin, uma das gigantes em diagnósticos in vitro do país, afirmou que prefere pagar mais caro e usar o aeroporto de Confins (MG) para evitar problemas com a liberação da mercadoria.
 
O aeroporto internacional de Viracopos é o segundo maior em importação de cargas. Os produtos que precisam de vistoria da Anvisa –perecíveis e ligados à área da saúde (humana e animal)– representam cerca de 10% do total importado pelo aeroporto.
 
Segundo Carlos Alberto Alcântara, assessor de relações institucionais da Aeroportos Brasil em Viracopos, os prejuízos à concessionária vão desde os gastos extras para armazenar as mercadorias até a perda de clientes.
 
Outro lado
A Anvisa não respondeu sobre a falta de funcionários. Ela informou que novas forças-tarefas serão feitas até 8 de abril em Viracopos e que trabalha na transferência definitiva de seis servidores para o aeroporto "nos próximos meses"
 

HCor conquista o quarto ciclo da acreditação hospitalar

A qualidade e a segurança do paciente são objetivos estratégicos do Hospital do Coração (HCor). Por meio de programas de melhoria contínua, que atendem aos mais exigentes padrões internacionais da Joint Commission International (JCI), o hospital tem alcançado patamares de excelência cada vez mais avançados. Desde 2006, quando conquistou sua primeira acreditação, o HCor tem sido avaliado por especialistas da JCI tendo sido acreditado também nos anos de 2009 e 2013.
 
Entre os dias 22 e 26 de fevereiro, o HCor passou mais uma vez por uma nova avaliação de acreditação, a fim de avaliar seus processos internos no cuidado aos pacientes para a garantia da qualidade e segurança da assistência prestada, obtendo os melhores resultados a eles.
 
“Após uma avaliação de cinco dias na instituição conseguimos atender aos padrões para acreditação. Na busca da melhoria contínua no que diz respeito à segurança e qualidade no atendimento aos nossos pacientes, o HCor conquistou pela quarta vez a acreditação da JCI”, explica Evandro Félix, Gerente Executivo de Planejamento e Qualidade do HCor. 
 
A segurança também está diretamente associada à qualidade da gestão hospitalar, que proporciona uma equipe preparada, com foco no paciente e na família, aliada a um ambiente com recursos necessários para oferecer o tratamento adequado e um atendimento digno e respeitoso em um ambiente acolhedor e confortável.
 
“A acreditação pela JCI não é uma forma de fiscalização, mas sim uma forma de programa de educação continuada. O objetivo principal é aumentar a qualidade e segurança com que prestamos nossos serviços aos pacientes”, finaliza Félix.
 

9 de Julho inaugura unidade de Transplante de Medula Óssea

O Transplante de Medula Óssea (TMO) é um procedimento de alta complexidade e alguns cuidados são essenciais para o seu sucesso. O Hospital 9 de Julho foi buscar o que há de mais moderno nesses espaços para montar sua nova unidade de TMO, inaugurada no fim de fevereiro. O investimento total foi de R$ 6 milhões.
 
O onco-hematologista do Hospital 9 de Julho, Dr. Celso Massumoto, explica que o transplante é uma forma de imunoterapia que elimina as células antigas, doentes, para que a medula receba as novas, com menor risco de rejeição. “Após a realização do procedimento, o paciente precisa ficar em isolamento para não correr risco de infecção, já que o sistema imunológico está comprometido”, diz. 
 
Por este motivo, os hospitais têm unidades separadas e com rigorosas políticas de isolamento para minimizar o risco de infecções. Entre os principais diferenciais da nova unidade do Hospital 9 de Julho está a filtragem do ar dentro de todo o setor. “Normalmente, a filtragem é feita somente dentro do quarto e, por isso, o paciente não pode sair de lá. Nós implantamos um sistema que vai permitir que eles circulem também pelos corredores”, afirma o médico ao salientar que esse é um diferencial inédito no Brasil. Outro sistema inédito no País que o H9J vai disponibilizar é o de tratamento da água que abastece o setor. A água recebe tratamento especial, à base de prata e cobre, o que reduz, consideravelmente, os riscos de infecção. 
 
No corredor da Unidade foram criadas estações de atividade física para que o paciente possa iniciar seu processo de reabilitação no próprio local, uma vez que o paciente muitas vezes fica internado por longos períodos, o que pode causar atrofia muscular. As estações de atividades físicas são compostas de bicicleta ciclo-ergométrica, barras de apoio, elásticos (para exercícios de fortalecimento muscular) e sinalização no chão para motivar o paciente a caminhar.
 
“Todos esses cuidados são extremamente importantes para garantir o sucesso do transplante e a recuperação do paciente. Além disso, buscamos humanizar o atendimento durante todo o tempo que ele passa aqui no Hospital”, destaca Massumoto. 
 
A nova unidade de TMO será composta por 16 leitos, sendo um deles de pronto atendimento e dois de completo isolamento, para casos mais graves. Uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e nutricionistas vai atuar no local.
 
Transplante
 
De acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), existem no Brasil 70 centros para transplante de medula óssea, sendo 26 para transplantes com doadores não aparentados. O Hospital 9 de Julho está cadastrado entre os que realizam o transplante entre não aparentados e faz, inclusive, o transplante haploidêntico. Esse método permite o procedimento mesmo quando o doador não é totalmente compatível com o paciente. São poucos os centros no Brasil que realizam esse processo, de alta complexidade.
 
“O transplante haploidêntico surgiu há pouco tempo nos Estados Unidos e aumentou muito a possibilidade de doadores”, explica Massumoto. Existem três tipos de transplante: alogênico, autólogo e singênico. No alogênico a medula é obtida de um doador previamente selecionado por testes de histocompatibilidade, normalmente identificado entre os familiares ou em bancos de medula óssea. 
 
No transplante autólogo, a medula óssea ou as células tronco periféricas são retiradas do próprio paciente, armazenadas e reinfundidas após altas doses de quimioterapia. O transplante de medula óssea entre gêmeos univitelinos é denominado singênico. O Hospital 9 de Julho realiza todos esses procedimentos.
 

São Luiz Itaim utiliza robô em cirurgias bariátricas

Cresce o número de cirurgias bariátricas que utilizam o sistema robótico Da Vinci Si no São Luiz. Desde o fim do ano passado, a Rede D’Or São Luiz, maior grupo de hospitais privados do país, lançou em São Paulo o seu Programa de Cirurgia Robótica com a aquisição do robô Da Vinci Si, implantado na unidade Itaim do Hospital e Maternidade São Luiz. A unidade também possui um Centro de Excelência em Cirurgia Bariátrica e Metabólica, que tem uma estrutura envolvendo desde psicólogos, cirurgiões, nutricionistas até preparadores físicos que fornecem um acompanhamento pré e pós-operatório da cirurgia bariátrica e metabólica.
 
Segundo o Dr. Murilo de Almeida Luz, coordenador do Programa de Cirurgia Robótica, unir os dois programas foi algo natural. “O Centro de Excelência em Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital e Maternidade São Luiz possui um grande critério de qualidade no grupo, que une profissionais multidisciplinares que sempre buscam o aperfeiçoamento, como no caso da cirurgia robótica”.
 
Alexandre Elias, cirurgião bariátrico do Centro, explica que a implantação da vídeo-laparoscopia com o sistema robótico vem tendo grande crescimento de adesão por conta dos recursos desse sistema, trazendo grandes benefícios para o paciente. “Essa técnica permite avanços como cortes menores, menos dor e desconforto no pós-operatório, diminuição na perda de sangue durante a cirurgia, menor tempo de internação e ainda permite uma recuperação mais rápida”.
 
Sistema Da Vinci Si e benefícios da cirurgia robótica
 
O sistema cirúrgico robótico Da Vinci Si é composto por três unidades: um console de comando com binoculares e “joysticks” para controle dos braços, local onde fica o cirurgião; uma torre de vídeo que une as informações do sistema; e o console do paciente, composto pelos quarto braços mecânicos com câmera e instrumentos cirúrgicos. Os instrumentos utilizam pequenas incisões para acessar a área a ser operada, assim como acontece na cirurgia laparoscópica pura. Embora seja conhecido como “robô”, este sistema não executa atividades com autonomia, ele reproduz os comandos, em tempo real, do cirurgião de uma maneira sutil.
 
Comparado à cirurgia laparoscópica convencional, isso é um grande ganho, já que até o momento eram utilizadas visão 2D e instrumentos menos articulados, que dificultavam os movimentos mais detalhados do profissional. O sistema cirúrgico de alta tecnologia utiliza visão de alta definição em 3D e braços mecânicos que eliminam qualquer possibilidade de tremor, pois reproduzem com precisão os movimentos do cirurgião de uma maneira mais delicada, harmônica e muito estável.
Sobre o Centro de Excelência em Cirurgia Bariátrica e Metabólica
 
O Centro de Excelência em Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital e Maternidade São Luiz oferece tratamento com equipe multidisciplinar composta por nutricionistas, psicólogos, preparadores físicos e cirurgiões, além de infraestrutura customizada. Criado para atender o público que sofre de obesidade mórbida, associada ou não com doenças metabólicas como hipertensão, diabetes, apneia e colesterol alto, o Centro nasceu para atender àqueles pacientes que estão em busca de saúde para o corpo e qualidade de vida, bem-estar no convívio social e muita autoestima.
 
Possui certificação internacional, acreditado pela Surgical Review Corporation (SRC), organização responsável pelos melhores centros de tratamento da obesidade mórbida no mundo, com foco na melhora da segurança e da qualidade do atendimento dado ao paciente, como índices mínimos de complicações em casos de cirurgia para redução de obesidade.
 
Saiba mais no site: http://cirurgiabariatricaemetabolica.saoluiz.com.br/
 
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