19 de julho de 2016

Brasil sai ganhando após Brexit, afirma embaixador britânico

Recentemente o mundo assistiu o referendo que determinou a saída do Reino Unido da União Europeia, conhecido como Brexit. A legitimidade do ocorrido e suposições de como seria o futuro econômico com os demais países começaram a surgir e transformaram o cenário em um verdadeiro painel de dúvidas. 
 
Para Alexander Ellis, embaixador britânico no Brasil, nosso país ganha destaque após o Brexit.  “O Brasil se torna mais importante em termos econômicos, de investimentos, educação, política, pesquisa e outras áreas”, afirmou durante o evento “Brexit e suas implicações nas relações Brasil – Reino Unido, que aconteceu na sede da Câmara Britânica de Comércio (Britcham), em São Paulo, com apoio da FEHOESP e do SINDHOSP, representados pelo gestor do IEPAS, Marcelo Gratão.  
 
“Essa é uma conclusão que o Reino Unido já chegou há alguns anos, por isso aumentamos nossa presença no Brasil. Abrimos no ano passado um consulado em Belo Horizonte e elevamos os investimentos em fundos bilaterais, para pesquisa e o fundo de prosperidade. Foi um forte aumento da presença financeira e física", concluiu.
 
Ellis destacou também o apoio brasileiro à acordos bilaterais. “Logo após o Brexit recebemos os cumprimentos de José Serra, ministro das Relações Exteriores do governo interino de Michel Temer. O Itamaraty deseja reforçar os laços com os britânicos, mas não podemos nos esquecer do apoio e importância da UE, que são nossos principais parceiros comerciais".
 
Por enquanto o Reino Unido continua sendo membro da União Europeia e, assim, não pode negociar acordos bilaterais com outros países, mas o embaixador afirmou que “é necessário manter os olhares atentos ao mundo”. Ellis finalizou sua explanação dizendo que que o governo britânico pretende realizar um evento "Brasil week" no país em 2017, para reforçar os elos bilaterais.
 
FOTO: Leandro Godoi
 

Quase 1,9 milhão perderam o plano de saúde desde 2015

Os planos de saúde perderam 910 mil clientes nos primeiros 6 meses deste ano, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Sumplementar (ANS).
 
O setor reuniu em junho no país 48,48 milhões de beneficiários no país, uma queda de 1,84% ante a um total de 49,39 milhões de pessoas em dezembro do ano passado.
Em 12 meses, a queda foi de 3,2%, ou o equivalente a uma perda de 1,64 milhão de clientes. Em junho de 2015, os planos médico-hospitalares reuniam 50,12 milhões de beneficiários.
 
O relatório da ANS destaca, porém, que 5 estados registraram aumento do número de beneficiários em planos de assistência médica em relação a maio: Amazonas, Bahia, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins.
 
Entre as grandes operadoras, apenas a Hapvida registrou crescimento no número de clientes em junho (0,66%). Amil, Bradesco Saúde e Sul AMérica tiveram, respectivamente, queda de 0,09%, 0,64% e 0,48%, na comparação com maio.
 
Em nota, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) atribuiu à atual crise econômica  como motivo principal para a movimentação negativa do setor, por ser "impactada diretamente pelo número de empregos formais".
 
"A entidade afirma que já vinha alertando para a inédita queda de beneficiários de planos de saúde desde o início de 2015 e, se no segundo semestre de 2016 o desempenho econômico do Brasil não melhorar, poderá finalizar o ano com uma queda de mais 2 milhões de clientes", informou a entidade.
 
Setores e segmentos
 
Ainda segundo a agência, os planos exclusivamente odontológicos somaram 21,96 milhões de clientes em junho, o que representa um aumento de 0,87% em relação ao mês anterior. Na comparação com junho de 2015, a alta foi de 1,9%.
 
A ANS informou que em junho o número de beneficiários nos planos coletivos empresariais somou 32,1 milhões de clientes. Já o número de participantes em planos individuais caiu para 9,4 milhões.
 
A perda de número de clientes nas operadoras de plano de saúde acontece em meio à recessão e aumento do desemprego no país, que ficou em 11,2% no trimestre encerrado em maio deste ano, segundo o IBGE. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2016, o Brasil perdeu 448 mil empregos formais, segundo o Ministério do Trabalho.
 
No dia 6 de junho, a ANS autorizou o reajuste de até 13,57% nos planos de saúde individuais e familiares.
 
A agência abriu uma discussão sobre a comercialização dos planos de saúde via internet. A ANS sugeriu um prazo de 10 dias para que interessados encaminhem propostas e indagações sobre o assunto.

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