8 de agosto de 2017

FEHOESP e entidades derrubam índice deflator do Fator de Qualidade

Em reunião realizada nesta quinta, 3 de agosto, do Comitê Técnico de Avaliação da Qualidade Setorial (COTAQ), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a gerente-executiva de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade Setorial (GEEIQ) da Dides, Ana Paula Cavalcante, informou aos presentes que a agência irá rever os índices de reajuste do Fator de Qualidade. Segundo ela, o índice que prevê reajuste de apenas 85% do IPCA será extinto, e permanecerão apenas os índices de 100% e 105%.

A ANS não informou quando deverá publicar a instrução normativa que revoga a existência do índice de 85%, mas a expectativa é que isso seja feito em breve.

Desde 2014, quando a ANS editou a Lei 13.003 e suas posteriores instruções normativas, a FEHOESP, por meio de seu departamento de Assistência à Saúde, vem afirmando que praticar um reajuste de 85% do IPCA significa aplicar a deflação nos contratos. Embora apoie a iniciativa que incentiva a qualidade, a Federação não pode compactuar com uma medida que prejudique o equilíbrio financeiro – já combalido – de seus representados. É o que explicita o presidente da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr.: "Como você estimula um estabelecimento de saúde que não possui certificação a implantar medidas de melhoria? Certamente não é pagando menos. O reconhecimento dos que possuem mais qualidade não pode ser em detrimento daqueles que ainda estão no processo de busca", afirma. 

Na reunião do dia 3, os prestadores de serviços ainda entregaram propostas à Dides, solicitando a revisão do índice maior, de 105%. A defesa é que o valor aumente, e o pleito, segundo a gerente Ana Paula, será encaminhado à diretoria.

Regulamentação do PRD sai na segunda quinzena de agosto, afirma Paulo Frange

Desde o dia 7 de agosto o Município de São Paulo passou a exigir das Sociedades Uniprofissionais a emissão de Nota Fiscal de Serviços. A nova exigência veio com a revogação do dispositivo legal que dispensava a emissão de nota. Antes, as SUP podiam emitir apenas recibo, agora é obrigatória a emissão de nota fiscal eletrônica. 

Para esclarecer a mudança e também abordar o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) na cidade, o SINDHOSP e o Projeto IN$truir realizaram, em 8 de agosto o workshop “PPI 2017”, que contou com a presença do vereador Paulo Frange (PTB-SP), autor do Programa de Regularização de Débitos (PRD), destinado ao pagamento das dívidas relativas ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, que faz parte do PPI.

Frange explicou que o programa nada mais é do que “o parcelamento das dívidas acumuladas em decorrência do momento econômico”. Segundo ele, o setor da saúde só pode ser contemplado no PPI e no PRD “graças a esforços conjuntos entre a prefeitura, a Federação e o Sindicato, onde podemos discutir as necessidades de cada prestador de serviço e tentar criar uma regulamentação benéfica a todos”.

“Esse projeto é uma dádiva para que os serviços possam ser regularizados. As sociedades uniprofissionais foram pegas de surpresa ao serem desenquadradas e taxadas de modo diferente”, afirmou Yussif Ali Mere Jr, presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, que fez a abertura do evento. 

Vale lembrar que são consideradas sociedades de profissionais ou uniprofissionais, aquelas cujos profissionais (sócios, empregados ou não) sejam habilitados ao exercício da mesma atividade e prestem serviços de forma pessoal, em nome da sociedade, assumindo responsabilidade pessoal, em observância ao artigo 15, § 1º da Lei nº 13.701/2003.

O vereador disse também que o segundo semestre de 2017 será agitado para os membros da Câmara. “Com tantas mudanças e projetos que temos pela frente só posso dizer que teremos um segundo semestre bem movimentado, de muito trabalho. A começar pelo PRD que deve ser aprovado na segunda quinzena de agosto ainda. As uniprofissionais vão continuar existindo em São Paulo”.

Estiveram presentes também no evento Luiz Fernando Ferrari Neto, vice-presidente do SINDHOSP e diretor da FEHOESP; Marcelo Gratão, CEO das entidades e José Carlos Barbério, presidente do IEPAS. 
 

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