22 de maio de 2019

SINDHOSP obtém sentença que suspende a cobrança de R$ 5,95 pelo vale-transporte em Santo André

O SINDHOSP impetrou mandado de segurança coletivo contra o ato do Prefeito Municipal de Santo André, que publicou o Decreto nº 17.150/2018, alterando o valor da tarifa de transporte urbano no Município de Santo André, exclusivamente para o cálculo do benefício do vale-transporte previsto na Lei Federal nº 7.418/85, para R$ 5,95 (cinco reais e noventa e cinco centavos), enquanto os demais usuários pagantes em espécie e cartão SOU, a tarifa restou fixada em R$ 4,75 (quatro reais e setenta e cinco centavos).

Em 22.03.2019, o Juiz da 2ª Vara Cível do Foro de Santo André concedeu a liminar para suspender o decreto em favor dos representados do SINDHOSP, a fim de que não sejam obrigados a atender a majoração de tarifa em R$ 1,20, garantindo-se a tarifa do vale transporte no valor de R$ 4,75, nos moldes pagos pelos demais usuários pagantes em espécie e pelo cartão SOU SANTO ANDRÉ.

Em 21.05.2019, o Juiz julgou procedente da ação a favor do SINDHOSP e seus representados para suspender os efeitos do Decreto Municipal 17.150/2018, tornando definitiva a medida liminar que suspendeu a cobrança de um valor maior para o vale-transporte no Município de Santo André.

Com a decisão nossos associados continuam a utilizar a tarifa de R$ 4,75 para o cálculo do benefício do vale-transporte.

Para adquirir o vale transporte com tarifa reduzida é necessário solicitar a declaração de associado junto ao SINDHOSP e cópia da sentença, através do e-mail: juridico@sindhosp.org.br. O arquivo com a sentença também pode ser acessada AQUI.

A decisão é passível de recurso para o Tribunal de Justiça de São Paulo.

O Departamento Jurídico encontra-se à disposição para esclarecer eventuais dúvidas.

São Paulo, 22 de maio de 2019.

 

Yussif Ali Mere Junior
Presidente

Congresso debate critérios de elegibilidade para a desospitalização

Teve início nesta terça-feira (22) 1º Congresso Brasileiro de Desospitalização, promovido pelo SINDHOSP, em parceria com a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) e a Federação dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Fenaess), organizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS), na 26ª Hospitalar, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Na abertura, o presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, Yussif Ali Mere Junior, destacou a desospitalização como aliado terapêutico na área da saúde. “Precisamos analisar os benefícios que um serviço como este pode trazer para o setor e também para o paciente. Espero que todos possam sair deste congresso com uma nova consciência.”

Ele comentou que debater a questão é importante porque “buscar medidas que tragam conforto e segurança ao paciente para mantê-lo longe dos altos riscos hospitalares e mais perto de seus familiares, torna a atenção mais humanizada, além de contribuir para a sustentabilidade do setor”.

 

 

Por Fabiane de Sá

Yussif Ali Mere Jr é entrevistado pela TV Globo

O presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, concedeu entrevista à TV Globo para comentar o novo Boletim Econômico da Federação, que aponta aumento na geração de empregos na área da saúde no primeiro trimestre do ano.

Segundo ele, os médicos são uma parte muito importante do setor, bem como os enfermeiros, mas há ainda uma enorme gama de profissionais que se dedicam pela saúde.

"Antes a qualidade da saúde se dava pela qualidade do médico.  Hoje ela se dá pela qualidade da equipe multidisciplinar que presta o serviço. Essa é a explicação para uma alta demanda de mercado".

Yussif comentou ainda sobre telemedicina. "Acredito que chegou para ficar e para melhorar ainda mais a qualidade da assistência. Há cada vez mais profissionais prestando serviços de excelência em locais remotos do país onde presencialmente muitas vezes se torna impossível alcançar".

A reportagem será veiculada no SPTV 2ª Edição. O novo Boletim Econômico está disponível para associados e contribuintes dos sindicatos da Federação e pode ser acessado AQUI.

 

 

Por Rebeca Salgado

CISS traz experiências centradas no paciente

Teve início, na manhã deste dia 22 de maio, o Congresso Internacional de Serviços de Saúde – CISS, evento oficial da Feira Hospitalar 2019 e que acontece durante a mesma.

Neste ano, sob o tema principal “Experiência e engajamento do paciente: uma abordagem de negócio”, o evento trouxe as experiências de outros países, com seus sistemas de saúde e as ferramentas que deles fazem parte.

Representantes do Canadá iniciaram as apresentações, falando sobre o desenvolvimento de novos modelos assistenciais centrados no paciente.

Rubens José Covello, CEO da IQG – Health Services Accreditation e um dos fundadores da Health Stardards Organization – HSO, afirmou que é necessário ter um olhar diferenciado em relação ao paciente e lembrar que a acreditação é uma ferramenta importante nas mãos dos gestores. “Os olhares devem ser focados no bem estar do paciente, incentivando sua participação ativa nos cuidados à saúde. Lembrar ainda de trabalhar linhas de cuidado e governanças clínicas, que, por meio da acreditação, melhora continuamente a qualidade dos serviços”.

A palestrante Dornoosh Zonoobi, cofundadora e CEO da Medo.Ai, start-up de tecnologia voltada para cuidados à saúde, também participou e falou sobre o futuro da geração de imagens médicas centradas no paciente, sob o ponto de vista da acessibilidade e da inovação. São ferramentas para isso a inteligência artificial, computação em nuvem e visualização em 3D. “Nossa missão é descentralizar processos como exames”, afirmou.

Participaram do congresso ainda Iris Leroux, gerente internacional de tecnologia para saúde na MedTec, e Manoel Coelho, da MetaOptima Technology Inc.

 

Da Redação

Desospitalização é o futuro da assistência

“Falar em desopitalização é olhar para o futuro da assistência.” A afirmação é da médica e professora da Fundação Getúlio Vagas (FGV), Ana Maria Malik, que ministrou a palestra magna do 1º Congresso de Brasileiro de Desospitalização, organizado pelo IEPAS, na Hospitalar, nesta terça-feira (22).

Para ela, o processo de desospitalização começa na internação. “É preciso fazer o planejamento da alta quando o paciente é internado, acabar com os leitos exclusivos, ter mais comunicação com o enfermo e a família, ter estrutura, equipes multidisciplinares e mostrar que fora do ambiente hospitalar a oportunidade de melhoria é muito maior”, explicou.

Ana Malik acredita que o gerenciamento de leito pode contribuir para o processo de redução de custos do sistema. “Muitos hospitais deixam para gerenciar os leitos quando o paciente já está internado, sem a menor programação de como será a vida útil desse leito ocupado. O ideal é ter um planejamento anterior e ações de desospitalização para liberação dessa unidade, promovendo a alta no período correto para não o manter ocupado totalmente sem necessidade.”

A telemedicina também é uma ferramenta para o processo de desospitalização, porque é eficiente, aumenta o acesso, evita deslocamentos, promove economia, reduz riscos e pode melhorar a qualidade do atendimento. “Nada substitui o contato humano, mas com profissionalismo pode fazer muito bem ao paciente e ao sistema.”

 

 

Por Fabiane de Sá

 

Regulamentação da desospitalização deve ter como foco o paciente

Oferecer oportunidade aos pacientes internados para que tenham cuidados diferenciados e específicos às suas necessidades. Essa é a visão de Ruy Baumer, CEO da Baumer, ao defender a desospitalização, por acredita que “uma unidade de apoio oferece, por vezes, um risco menor ao paciente, além de levar em consideração o tratamento com mais comodidade”.

No debate sobre os critérios de regulamentação, promovido pelo IEPAS, na Hospitalar, Ariane Mutti, gerente nacional de Desospitalização da Amil, defendeu que a disseminação desta estratégia entre todos os atores da cadeia é de fundamental importância para ampliar a compreensão do processo de desospitalização e propiciar o reconhecimento dos perfis de usuários indicados.

Luís Cláudio Rodrigues Marrochi, cofundador da Saúde Care, acredita que “os profissionais e a gestão do hospital devem considerar o trabalho em equipe, compartilhando com outros serviços de saúde da rede de atenção local e/ou regional para a efetivação de encaminhamentos seguros e no tempo oportuno”.

O presidente da Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa), William Dib, informou que o papel do órgão é regular e estimular a adoção de novas práticas em prol da melhoria do setor e acredita que “a desospitalização é um grande avanço na questão da oferta de uma melhor assistência ao paciente”.

Para o diretor de Normas e Habilitação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Rogério Barbosa, há muito desafios nos cuidados com a saúde e o mercado do autocuidado, assim como o da desospitalização, deve ser ampliado.

O diretor-executivo da Nobre Saúde, Eduardo Santana, explicou que o processo de desospitalização é um caminho indispensável para a população brasileira em processo de envelhecimento, além de ser uma tendência mundial de humanização da assistência, promover a diminuição de custos e priorizar o atendimento multiprofissional, porém, ainda não há um critério nacional para redução do tempo de internamento em hospital. “Os serviços extra-hospitalares que promovem a continuidade do cuidado não são regulamentados e, por sua vez, não aparecem no Rol da ANS. Isso prejudica a transição de cuidados e aumenta, portanto, a taxa de permanência hospitalar, o que coloca em risco a segurança do paciente", explicou, lembrando ser importante a construção coletiva de critérios de elegibilidade. “Com isso a saúde do país poderá ter uma ferramenta para tornar o sistema mais seguro, eficiente e sustentável."

É preciso abandonar o modelo hospitalocêntrico

Na tarde desta terça-feira, os participantes do 1º Congresso Brasileiro de Desospitalização, do IEPAS, divididos em grupos, discutiram os critérios de elegibilidade e regulamentação com o objetivo de levar o tema para o debate com a sociedade civil, as entidades de classe e o Ministério da Saúde. “Como isso, queremos construir uma ferramenta universal para desospitalização segura, com a correta indicação para qual serviço o paciente deve ser encaminhado após sua jornada em uma instituição hospitalar”, explicou Luciano Rodrigues de Oliveira, da LRO Consultoria. Na sua opinião, dessa forma, toda cadeia da saúde irá ganhar com o abandono do modelo hospitalocêntrico. “Teremos a garantia de um sistema seguro e sustentável e o principal beneficiado será o usuário, pois assim o paciente será o centro do cuidado”.

Para Lucas Freire de Andrade, CEO da Clínica Florence, há de se haver critérios para a realização da transição do paciente, que geralmente é de alta complexidade. “Há a necessidade eminente de bons recursos de diagnóstico, seguir um check list para se ter sucesso na desopitalização”, defendeu.

Os desafios para a mudança no modelo de assistência e de cuidado, na visão de Alessandro Mouro, gerente comercial da Pleno Saúde, passa por fatores como dificuldades socioeconômicas do paciente e da família, envelhecimento populacional ausência de cuidador e necessidade de comprometimento dos envolvidos, isso inclui médico, hospital, operadora de plano de saúde e até empresa de home care. “Os critérios para a desospitalização precisam seguir regrar claras, objetivas, que evitem o alto consumo de serviços de urgência, reduza custos, mas que, principalmente, promova a melhoria na qualidade de vida do paciente”, defendeu.

A superintendente de Relacionamento e Gestão Médica da SulAmérica, Hashilla Carolina De Cicco, tem a mesma opinião e acredita que o processo de desospitalização tem de funcionar como uma engrenagem, aliando médico, hospital, equipe multidisciplinar, paciente, família, suporte pós-alta e fonte pagadora. “É preciso garantir a segurança do paciente por meio de excelência e ata performance na gestão do cuidado, reduzindo riscos, conforme um plano de cuidados, para promover sua reabilitação e/ou mais qualidade de vida.”

Por Fabiane de Sá

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