23 de junho de 2022

ABCVAC recebe suporte do SindHosp na busca de soluções para os problemas das clínicas privadas de vacinação

Ciente das preocupações da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) frente a situação regulatória do setor, o SindHosp apresentou durante o primeiro dia do V Congresso Nacional das Clínicas de Vacinas, uma consolidada proposta para solucionar os gargalos da categoria.

Comunicação aberta entre o segmento versus agentes reguladores e a criação de um Grupo Técnico na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para discussão do setor foram as principais propostas do SindHosp.

As direções defendidas pelo sindicato orientam para a conquista de um espaço de diálogo entre o setor. “Também propomos a elaboração do regulamento uniforme nas exigências das fiscalizações municipais para corrigir distorções regulatórias nos diferentes serviços de vacinação. Eventualmente, pode surgir uma audiência pública para ampliar esta discussão e entendimento da sociedade”, argumentou Tacyra Valois, diretora de Relações Institucionais do SindHosp.

Tacyra explicou que estas ações visam garantir a segurança do paciente e das notificações de vacinação; a qualidade nos transportes, armazenamento e guarda dos imunizantes; o acompanhamento dos eventos adversos e a sustentabilidade dos serviços privados de vacinação.

Revisão da RDC 197/2017 foi apontada pelo SindHosp durante evento da ABCVAC

 Após examinar a regulação sobre os requisitos para o funcionamento dos serviços de vacinação humana, o SindHosp apontou gargalos na RDC 197/2017, justificou sua compreensão para as mudanças e apontou o órgão responsável a ser endereçado. Assim, a ABCVAC tem agora em mãos, concretas orientações para sanar as dificuldades do setor.

“Trabalhar em conjunto para a Saúde, no final é estar trabalhando para o paciente. Essa interlocução é muito bem-vinda e necessária, ainda mais em um assunto tão estruturante para o segmento. Os problemas estão definidos e ter essa abertura será um dos caminhos para sanar as dificuldades do setor e que refletem, consequentemente, na segurança do paciente, na sustentabilidade do sistema e na notificação correta para que se possa acompanhar possíveis eventos adversos”, explicou Carlos Goulart, diretor institucional da FEHOESP.

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3 novas vacinas já são planejadas pela indústria para o próximo ano

Os principais players do mercado de vacinas estão reunidos nesta quinta-feira (23/06) no V Congresso Nacional de Clínicas de Vacinas, evento que o SindHosp é apoiador institucional. Dentre as pautas do encontro, a indústria detalhou que pelo menos três novas vacinas já estão sendo testadas em laboratórios brasileiros e internacionais.

A informação foi confirmada pela diretora de vacinas da Pfizer, Lucila Moro, durante participação na mesa-redonda sobre as perspectivas do mercado de vacina no Brasil e no mundo.

 Lucila detalhou que entre o atual portfólio vacinal em fase de testes, estão o vírus sincicial (direcionado para casos de infecções respiratórias em bebês), pentavalente (contra doença meningocócica) e ainda um novo lançamento da própria vacina Covid-19.

“Nosso programa é contínuo, por isso nesse momento temos modelos adaptados sendo testados. Estamos avaliando uma série de fatores como vacinas bivalentes que protegem contra o vírus selvagem e contra a Ômicron e ainda, doses maiores, representando assim novas extensões da linha”, explicou Lucila.

Clínicas de vacinas e o novo perfil na pandemia

Outra pauta da mesa-redonda foi a nova configuração das clínicas de vacina, resultado da pandemia do Coronavírus. “Saímos de um perfil comercial para um modelo consultivo, mais especializado, que atende às novas necessidades dos clientes desse segmento”, avaliou Lucila.

A diretora de vacinas da Pfizer afirmou que o setor substituiu o padrão em que os profissionais estavam em campo fazendo promoção para focar em canais específicos de atendimento, que aliado às últimas tecnologias, fortaleceram as comunicações digitais das instituições e possibilitaram o diálogo 24h por dia, em 7 dias da semana com os consumidores.

Para o vice-presidente em Ciência, Tecnologia e Inovação em vacinas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marco Krieger, uma outra vertente pode alterar ainda mais a maneira como as clínicas se comunicam com o público: a tecnologia.

“Estamos assistindo uma revolução no campo de vacinas, por isso é importante que o Brasil esteja pronto para incorporar esse movimento. Temos que nos preocupar em dominar as plataformas tecnológicas, tanto para sanar os novos problemas de saúde pública como os antigos; e a parceria público-privada é o caminho para conseguir isso”, complementou Krieger.

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