Desde a lei que aprovou a entrada de capital estrangeiro na saúde muito se questiona sobre como processo ajudaria na inovação tecnológica do setor. No entanto, é unânime entre as lideranças que a burocracia para que tal fato comece a acontecer é grande, esbarra-se no excesso de papéis a serem preenchidos e na falta de segurança que o investidor encontra no cenário atual.
Para debater o assunto, a Investe SP, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação; Secretaria de Estado da Saúde e a Fiesp, reuniu, em 12 de agosto, lideranças da saúde para o seminário “Propostas do Estado de São Paulo para Inovar a Saúde no Brasil”.O evento, que foi realizado na sede da Agência, no Parque Tecnológico do Estado, teve como objetivo reunir governo, especialistas e associações empresariais para discutir o desenvolvimento do setor em São Paulo.
O presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, e o vice-presidente do Sindicato e diretor da Federação, Luiz Fernando Ferrari Neto, estiveram presentes. O governador Geraldo Alckmin e o secretário estadual da Saúde, David Uip, não puderam comparecer ao seminário, mas enviaram representantes.
“Faz parte de nossa função fomentar o desenvolvimento do Estado, principalmente em áreas complexas como a da Saúde. Nossa infraestrutura e a qualidade das nossas universidades abrem um potencial enorme para ser explorado nos próximos anos em diversos aspectos”, afirmou o presidente da Investe SP, Juan Quirós, em sua fala de abertura. “O seminário criou um espaço único onde podemos juntar diversos atores diferentes de um setor que gera não só emprego e renda, mas também inovação e qualidade de vida. Tenho certeza de que será um sucesso”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação e vice-governador Márcio França em seguida.
O evento foi composto por cinco painéis. O primeiro, com o tema “As novas oportunidades na área da saúde – cadeia de fornecedores para o Estado” abordou ideias e soluções possíveis para otimizar e incrementar o complexo industrial que atende os hospitais públicos. Em seguida, o principal tema será a ideia de criar, em São Paulo, o “Vale do Silício da Inovação em Saúde”, com o incentivo a startups e a integração da cadeia com incubadoras. Participaram representantes da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos (Abimo), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do BioBrasil – Comitê da Bioindústria da Fiesp.
Já no terceiro painel, os participantes conheceram as linhas de fomento para pesquisa e inovação no setor oferecidos pela Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp) e a Desenvolve SP. Durante o quarto painel, representantes diplomáticos da Holanda e de Israel vão expuseram suas experiências sobre a inovação em seus países. E no último, as discussões foram em relação a parcerias entre os setores público e privado nos investimentos na saúde.
