20 de fevereiro de 2014

Médicos podem sofrer Interdição do exercício ético

Divulgamos a Resolução CFM nº 2.062/2013, que dispõe sobre a interdição ética, total ou parcial, do exercício ético-profissional do trabalho dos médicos em estabelecimentos de assistência médica ou consultórios privados, quando não apresentarem as condições exigidas como mínimas na Resolução CFM nº 2056/2013.

A interdição ética ocorrerá quando, diante de prova inequívoca presente no relatório de vistoria e fiscalização, inexistirem os requisitos mínimos essenciais previstos no Manual de Vistoria e Fiscalização da Medicina no Brasil, conforme disposto na Resolução CFM nº 2.056/2013.

A íntegra  da Resolução pode ser obtida clicando aqui e/ou pelo e-mail: biblioteca@sindhosp.com.br

 

Planisa planeja crescimento de 23% em 2014

No ano de 2013, em que completou 25 anos de atividade, a Planisa apresentou um crescimento acima de suas expectativas impulsionado pelo sucesso na implantação de sua filial no Rio de Janeiro, por uma nova frente de atuação em Cabo Verde e pela demanda de estudos de Business Plan, e por projetos de Diagnóstico Situacional, motivados por instituições preocupadas com a melhoria da performance de seus negócios.
 
Este ano, a Planisa continuará seus investimentos nos produtos de Gestão Estratégica de Custos e Melhoria dos Resultados, Estudos de Business Plan para novos empreendimentos de saúde, projetos de Sustentabilidade Financeira das Organizações de Saúde, Planejamento Estratégico, Gestão Orçamentária e Projetos de Reformulação do Modelo de Remuneração.
 
Outro dado relevante é que a Planisa tem a projeção de contratação de mais de 20% de profissionais para que possa expandir a atual carteira composta por 150 clientes, tanto do setor público como privado, em especial na incorporação de novas organizações sociais de saúde, fora do eixo Rio-São Paulo e de crescimento junto ao mercado de instituições filantrópicas de saúde e de hospitais privados.
 
Segundo o Diretor-Presidente da Planisa, Prof. Afonso José de Matos, “apesar da previsão de a economia brasileira apresentar um desenvolvimento modesto neste ano, a expectativa da Planisa é que o segmento da saúde continue apresentando expansão, com investimentos significativos na reforma e construção de novos hospitais com a consequente busca por projetos de consultoria especializada”.
 
Além disso, a Planisa está trabalhando em vários projetos que vão desde a incorporação tecnológica aos produtos constantes de sua carteira de produtos até o desenvolvimento de uma solução viável para atendimento de cirurgias de baixa e média complexidade e investindo no lançamento de um Centro de Capacitação de Recursos Humanos Especializados no Segmento da Saúde.
 
Em 2014, já há presença confirmada na Feira Hospitalar, no congresso promovido pela Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo e a realização do II Fórum da Planisa. A empresa irá participar de outros eventos, seja no setor de cooperativas médicas, federações estaduais e também no evento a ser promovido pela ANAHP Associação Nacional de Hospitais Privados.
 

Hospital Heliópolis digitaliza prontuários científicos com sistema da FEI

Suscetíveis ao desgaste do tempo e expostos a riscos diversos, os cerca de vinte mil prontuários de pacientes atendidos desde 1977 pelo Hospital Heliópolis, em São Paulo, serão digitalizados. Os arquivos pertencem ao Centro de Pesquisas em Pescoço e Cabeça da entidade e são utilizados para pesquisas médicas, inclusive por alunos de mestrado e doutorado.
 
O sistema, desenvolvido pelo Centro Universitário da FEI, contou com parceria da empresa Volans Informática e financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP (Agência Brasileira da Inovação). Após análises das tarefas dos médicos, o software, disponível para tablets e outros dispositivos móveis, visa atender os processos específicos de um centro de pesquisa. “É positivo poder desenvolver projetos como esse, que tem foco social e que colabora com pesquisas médicas, visando, futuramente, promover a obtenção de diagnósticos mais precisos e mais agilidade no atendimento aos pacientes”, diz o professor Plínio de Aquino, de Ciência da Computação, do Centro Universitário da FEI, em comunicado.
 
Além dos prontuários antigos, a digitalização também vale para os novos. “Com o software em funcionamento, os médicos poderão acessar informações e registrar novos dados. Dessa forma, teremos uma grande contribuição científica: uma base de dados que permite análise estatística e a segmentação de pacientes a partir de características comuns”, explica o professor Aquino.
 
O Centro de Pesquisas em Pescoço e Cabeça do Hospital Heliópolis atende cerca de 600 pacientes por mês, e conta com aproximadamente 30 profissionais, que serão beneficiados pelo projeto. Segundo pesquisador do hospital, Otávio Curioni, trará “mais qualidade nos registros, ganho real de tempo, diminuição burocrática e facilidade na busca de informações, tanto clínicas quanto de pesquisa. Todas as pesquisas serão favorecidas, inclusive as de medicina biomolecular”.
 
A implementação do sistema teve início em 2011, com conclusão prevista para abril de 2014. Até a finalização, ainda serão feitos testes de usabilidade, para que os médicos possam avaliar melhorias no acesso a prontuários e exames, bem como no uso da análise estatística e na eficiência do atendimento aos pacientes. Os testes de usabilidade serão realizados pelo Laboratório de Usabilidade do IPEI – Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais, do Centro Universitário da FEI. Depois da avaliação dos usuários, o sistema poderá ser implementado em outros serviços do Hospital Heliópolis e em outros hospitais.

Alcoolismo é a principal causa de afastamento por transtorno mental

Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apontam que o alcoolismo é o principal motivo de pedidos de auxílio-doença por transtornos mentais e comportamentais por uso de substância psicoativa. O número de pessoas que precisaram parar de trabalhar e pediram o auxílio devido ao uso abusivo do álcool teve um aumento de 19% nos últimos quatro anos, ao passar de 12.055, em 2009, para 14.420, em 2013.
 
Os dados mostram que os auxílios-doença concedidos as pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas passaram de 143,4 mil. Cocaína é a segunda droga responsável pelos auxílios concedidos (8.541), seguido de uso de maconha e haxixe (312) e alucinógenos (165).
 
São Paulo teve o maior número de pedidos em 2013 por uso abusivo do álcool, com 4.375 auxílios-doença concedidos, seguido de Minas Gerais, com 2.333. Integrante do Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo (CRESS-SP), o assistente social Fábio Alexandre Gomes ressalta que o aumento é extremamente superficial, visto que boa parte da população não contribui para o INSS e por isso não tem direito a este benefício.
 
"O impacto do álcool hoje na vida das pessoas é muito maior. Muitos casos inclusive de uso abusivo do álcool estão associados com a situação de desemprego. E a juventude tem iniciado experiências cada vez mais cedo", explica ele. "Tenho casos frequentes de crianças fazendo uso abusivo de álcool a partir dos oito anos. Estou acompanhando um menino que hoje, com dez anos de idade, usa crack, mas a porta de entrada foi o álcool", conta o assistente social ao relatar que por ser uma substância socialmente permitida em casa, acaba sendo de fácil acesso.
 
Ele também relata aumento sensível de mulheres que não aderem ao tratamento, fruto de preconceito social. "Na minha experiência como assistente, este consumo abusivo está ligado principalmente a relações de violência, sobretudo, amorosas. E geralmente o consumo é de cachaça", ressaltou. Ele criticou a concentração de políticas públicas dirigidas a substâncias ilícitas, quando o álcool é uma das substâncias lícitas cada vez mais usadas por adolescentes e mulheres, independentes da classe social. Gomes ressalta que faltam campanhas que falem do impacto do álcool na gravidez.
 
"O consumo do álcool durante a gestação é algo que não se discute muito. Muitas gestantes pensam 'ah está muito calor vou tomar só um copinho', sem saberem o impacto que isso tem na formação das crianças", alertou Alexandre Gomes.
 
Há 24 anos sem beber uma gota de álcool, o vendedor autônomo João Souza, 54 anos, morador do Rio de Janeiro, acredita que largar o vício sem ajuda profissional é "praticamente impossível" e afirma que não existe cura para a doença. "A família é muito importante, mas sozinha não dá conta se não houver apoio profissional. A questão não é moral, é bioquímica, de estrutura e só com muito tratamento", pondera ele. "Procurei os Alcoólicos Anônimos (AA) e vou lá até hoje, faço a manutenção, porque preciso" conta ele.
 
O auxílio-doença é um direito de todo trabalhador segurado pelo INSS, que não perde o emprego ao se ausentar. Para pedir o auxílio-doença por uso abusivo de droga, o solicitante deve ter pelo menos 12 meses de contribuição e comprovar, por meio de perícia médica, a dependência da droga que o incapacite de exercer o trabalho. A valor do benefício varia de acordo com o valor recolhido pela Previdência Social.
 
Segundo a assistente social Andresa Lopes dos Santos, também integrante do Cress-SP, o benefício é um grande avanço para o trabalhador brasileiro, pois assegura a manutenção financeira da família, mantém o vínculo do trabalhador no emprego, que pode se tratar enquanto estiver de licença. "É importante um trabalho para dar o suporte à família e ao dependente do álcool, que muitas vezes sustenta a família poderá fazer um tratamento", salientou.

GRHosp discute cenário econômico

“2014 vai ser um ano agitado, em todos os sentidos.” Foi assim que o consultor em Gestão Empresarial e coordenador do Grupo de RH do SINDHOSP (GRHosp), Nelson Alvarez, começou o primeiro encontro do ano, realizado no dia 19 de fevereiro, na sede do Sindicato, em São Paulo. “Teremos muitos feriados, Copa do Mundo, eleições e o cenário econômico não vislumbra muitas mudanças e nem um crescimento considerável. As empresas e seus gestores terão que estar atentos, e isso também vale para o setor da saúde”, alertou Alvarez.
 
Para o gerente de Gestão de Pessoas do Hospital Cruz Azul de São Paulo, Marcos de Jesus Silveira, o cenário econômico brasileiro não acena para nenhuma tragédia, mas há uma incerteza muito grande em torno da economia nacional, que tem gerado estimativas pessimistas. “Temos um problema de oferta e o índice de endividamento da família brasileira está em 45%. O consumo interno precisa ser menor. Diante disso, o quadro ainda não é desastroso, mas as limitações para que o crescimento vigore são cada vez maiores”, disse ao comentar a pesquisa Cenário Brasil, feita pela Pezco Microanalysis, uma consultoria econômica interdisciplinar.
 
Um dos principais reflexos desse cenário deve ser sentido no mercado de trabalho. Silveira disse que houve uma desaceleração da geração de empregos, diminuição do índice de ajustes salariais e o desemprego está parando de cair. “O ritmo de contratação está em estagnação nas indústrias, na construção civil e começa a chegar ao comércio. Além disso, ainda há a falta de profissionais qualificados, inclusive na saúde. Há oferta, mas com pouca qualificação”, destacou. 
 
Alvarez também comentou que para a área de Recursos Humanos 2014 será um ano com muitos desafios e que o cenário conturbado da economia deve refletir nas negociações coletivas. “Um ano pouco produtivo, com crescimento próximo de zero vai ser complicado. O RH terá que sair da postura de reclamante e propor ações efetivas.”
 
Considerado um dos percalços para a área, o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) também foi abordado no primeiro encontro do GRHosp. Os presentes à reunião comentaram sobre as propostas das empresas para ajudar na gestão da mensageria (troca de informações) e como estão fazendo o levantamento de dados.    
 
Outros assuntos também foram discutidos, como a jornada de 12×36 horas para os profissionais de saúde, pacificada pela súmula nº 444 do Tribunal Superior do Trabalho (TST); o projeto de lei (PL) 2.295/2000, que reduz a jornada de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem para 30 horas semanais, que está em tramitação no Congresso Nacional; contrato de experiência de 90 dias – afastamento por doença; e os temas para as próximos reuniões. 
 
Veja a ata da reunião clicando aqui.
 
O próximo encontro do GRHosp será dia 19 de março na sede do SINDHOSP.

Santa Casa de Santos tem novo provedor

A Santa Casa de Misericórdia de Santos, no litoral de São Paulo, tem um novo provedor. Felix Alberto Ballerini entra no lugar de Manoel Lourenço das Neves, que foi provedor da instituição durante 20 anos. Segundo Neves, que promete continuar no conselho do hospital acompanhando de perto os desafios do novo gestor, a instituição fortificou bastante a parte de construções. 
 
A dívida, na visão do novo provedor, é o maior desafio para os próximos dois anos. “Nós contamos com a colaboração dos governos federal, estadual e municipal e principalmente da nossa coletividade, porque a Santa Casa não é daqueles que uns administram por um determinado tempo. Ela pertence à coletividade”, afirmou Ballerini durante sua posse no dia 17 de fevereiro.
 
Apesar do problema financeiro, existem projetos como a construção de uma unidade para tratamento de pacientes com câncer.
 
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