20 de março de 2014

Suicídio é terceira causa de morte entre jovens, diz especialista

Relacionamentos ou lares desfeitos, aumento do uso de drogas e dificuldades financeiras são alguns dos problemas que levam pessoas ao suicídio. No Brasil, essa é a terceira causa de morte entre jovens (atrás apenas de acidentes e violência), segundo a psiquiatra Alexandrina Meleiro, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). Uma das maiores especialistas do país no assunto, a médica foi entrevistada por Jairo Bouer no Portal UOL.
 
s transtornos psiquiátricos são o principal fator de risco para que alguém acabe com a própria vida. Segundo Meleiro, a depressão está em primeiro lugar (em 35% dos casos). Em segundo aparece a dependência de álcool e drogas e, em terceiro, a esquizofrenia. Por isso é muito importante combater o estigma que essas doenças possuem, ressalta a médica. 
"Os homens se suicidam mais, mas as mulheres tentam mais o suicídio", comenta a psiquiatra em relação aos brasileiros. Mas ela diz que há exceções: na classe médica, por exemplo, são elas que mais se matam.
 
Entre os jovens, a taxa de suicídio multiplicou-se por dez de 1980 a 2000: de 0,4 para 4 a cada 100 mil pessoas no país. A tendência de aumento, aliás, é global. A psiquiatra diz que a gravidez indesejada na adolescência é um fator de risco importante nessa faixa etária. 
 
Como os pais podem prevenir o suicídio de um filho? Segundo ela, o principal indício que deve ser valorizado é a mudança de comportamento. Irritação, desesperança, faltas no trabalho ou na escola também devem chamar atenção, assim como comentários de que a vida não vale a pena. Se alguém próximo se matou, o risco aumenta – se for o pai ou a mãe, a propensão é quatro vezes maior. 

Problemas urinários afetam mais de 10% da população brasileira

Estudos apontam que pelo menos 10% da população brasileira sofre com algum tipo de problema no trato urinário. Este percentual dobra com o passar do tempo, principalmente entre as mulheres. Acima dos 50 anos até 20% delas enfrentam problemas como dificuldade de esvaziar a bexiga, incontinência urinária, síndrome da bexiga hiperativa ou enurese noturna. Estes quadros são agravados com o decorrer da idade ou em pacientes de grupos específicos como neuropatas, diabéticos ou pacientes oncológicos. Pensando em oferecer uma abordagem multidisciplinar para o diagnóstico e tratamento dessas questões, o Hospital Sírio-Libanês inaugura nesta quinta-feira, 20 de março, seu Centro de Incontinência Urinária. O novo serviço integrará fisioterapeutas, enfermeiros e psicólogos a uma equipe de médicos especialistas no atendimento ao paciente com problemas urinários.
 
O Centro é focado no atendimento global do paciente e está capacitado a atender adultos e crianças de ambos os sexos. Para isso, conta com equipamentos de última geração como urodinâmica e vídeo-urodinâmica, que permitem a correta identificação do tipo de incontinência, gerando um diagnóstico mais preciso, e consequentemente, um tratamento personalizado.
 
O tratamento inclui desde soluções conservadoras como o uso de medicamentos, a reabilitação do assoalho pélvico por meio de biofeedback (o fisioterapeura monitora a movimentação do assoalho pélvico por meio de eletrodos de superfície, semelhante a um eletrocardiograma, e instrui o paciente a contrair e relaxar ou contrair esta musculatura nos momentos adequados) e a estimulação elétrica não invasiva onde correntes elétricas de pequena intensidade são aplicadas sobre a musculatura pélvica do paciente. Para casos refratários pode se utilizar cirurgias minimamente invasivas como a aplicação de toxina botulínica na bexiga ou a implantação de eletetrodos ligados a um gerador de pulso que modula a atividade do trato urinário por meio da emissão de estímulos elétricos de baixa intensidade (marcapasso vesical). 
 
Em casos mais complexos pode se ainda utilizar otratamento cirúrgico da incontinência por meio de fitas de material sintético, colocadas abaixo da uretra e que reforçam o esfíncter urinário denominadas slings ou até mesmo a substituição do mecanismo de válvula do trato urinário (esfíncter) por um esfíncter artificial. De acordo com Flávio Trigo, urologista e coordenador do Centro de Incontinência Urinária do Hospital Sírio-Libanês, todos os tipos de incontinência urinária trazem limitações aos pacientes e comprometem a qualidade de vida dos portadores. “Por causa da incontinência urinária, as pessoas deixam de sair de casa, de praticar atividades físicas e até de se relacionar social e sexualmente. O aumento da freqüência miccional tamb&eac ute;m afeta a qualidade do sono dos pacientes, que precisam açodar várias vezes ao longo da noite”, afirma.
 
Pacientes Oncológicos
 
Aproximadamente 20% dos homens submetidos à ressecção de próstata apresentam quadro de incontinência urinária após o procedimento, efeito que pode ser revertido com o tratamento adequado, atendimento médico especializado e sessões de fisioterapia. Segundo Trigo, dois terços destes pacientes têm o problema solucionado, em média, até um ano após a prostatectomia. Contudo, 7% dos pacientes operados permanecerão incontinentes após este período requerendo tratamento cirúrgico da incontinência.
 

Receita adia para outubro o temido eSocial

A Receita Federal cedeu aos pedidos das empresas e adiou novamente a implantação do programa de Escrituração Fiscal Digital Social (eSocial), que estava prevista para junho. Agora, as empresas optantes do sistema de lucro real, com receita anual acima de R$ 78 milhões, serão obrigadas a iniciar a transmissão dos dados a partir de outubro, substituindo as guias de recolhimento a partir de janeiro. As empresas com faturamento inferior a esse total passarão a informar pelo eSocial apenas em janeiro. Esta é a terceira prorrogação do prazo, que já havia sido transferido de janeiro para abril e depois para junho.
 
O eSocial é temido pelas empresas porque vai obrigá-las a oferecer a órgãos do governo federal, praticamente em tempo real, dados detalhados sobre a folha de salários, impostos, previdência e informações relacionadas aos trabalhadores, que vão desde admissões até sua exposição a agentes nocivos à saúde.
 
Além da preocupação sobre como consolidar informações dispersas em diversos departamentos, o receio das companhias é que o eSocial possa resultar em um aumento no número de autuações, tanto fiscais quanto trabalhistas. Parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que já conta com áreas fiscal e contábil, o eSocial tem um manual de mais de 200 páginas e um conjunto de mais de 20 tabelas, a maioria com centenas de itens a serem preenchidos.
 
O prazo foi novamente adiado, segundo nota enviada ao Valor pela Receita Federal, porque a equipe de gestão do eSocial – composta por representantes dos ministérios da Previdência e do Trabalho, do Conselho Curador do FGTS e da Receita – decidiu atender o pleito das empresas para permitir uma melhor adaptação ao novo sistema. O adiamento também se deu por razões operacionais: o comitê gestor ainda não concluiu a Qualificação Cadastral dos Trabalhadores, o primeiro passo para alimentar o programa.
 
"Todas as entidades pediram esse adiamento porque entramos em um processo terrível, de excessiva burocratização, que pode trazer distorções no futuro", disse o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Rogério Amato. "Isso vai promover uma ingerência de tal forma na vida das pessoas e das empresas como não existe em lugar nenhum do mundo".
 

San Paolo anuncia novo diretor médico

José Carletti Júnior é o novo diretor médico e técnico do Hospital San Paolo – centro hospitalar de média complexidade localizado na zona norte de São Paulo. 
 
Cardiologista e especialista em Terapia Intensiva, atualmente também faz parte do corpo diretivo da Unidade de Terapia Intensiva e Choque do Beneficência Portuguesa, tendo já assumido, ao longo de sua carreira médica, a superintendência deste hospital. 
 
Nascido e criado na zona norte, Carletti volta às origens ao assumir a direção. “É um prazer muito grande retornar à zona norte. Certamente a vivência em uma das maiores unidades de saúde do País, contribui para que eu possa transmitir o melhor dessa experiência às equipes médicas do San Paolo”, afirmou em comunicado. 
 
Desde 2012, a entidade tem investido em infraestrutura, equipamentos e médicos, para melhor atender a demanda crescente da região. “A chegada de José Carletti Júnior, um médico renomado e bastante experiente, marca mais um importante passo desta renovação”, completa Stefan Horvath, superintendente do San Paolo. 
 
 
 

Hospital Bandeirantes realiza seminário sobre gestão no centro cirúrgico

Após implementação do método Lean HealthCare como modelo de gestão dentro de seu centro cirúrgico, medida responsável por uma economia de cerca de R$ 34 milhões em um ano, além da redução de tempo de 50 minutos para apenas 15 no preparo da salas cirúrgicas, entre um procedimento e outro, o Hospital Bandeirantes pretende ser disseminador de informação sobre a metodologia, criando a Academia Lean HealthCare. 
 
A primeira ação da Academia é o seminário “Lean Healthcare: o caminho para excelência”, que será realizado no dia 26 de março, das 8h às 17h, no auditório do Hospital Bandeirantes, e ministrado por Geraldo Amaral Júnior, consultor do Hospital Bandeirantes e, também, da Johnson & Johnson Medical. 
 
O objetivo do curso é difundir a visão de que a metodologia Lean, inicialmente criada para a indústria automobilística, pode nortear uma organização na busca por excelência. O conteúdo consiste na identificação e análise da situação atual dos processos adotados e seus resultados na área da saúde e, principalmente, nas alternativas para mudanças. 
 
Todo conteúdo é baseado em experiências reais e na utilização de dinâmica única e tem como público-alvo enfermeiros, médicos e as lideranças das organizações da área de saúde, bem como diretores e gestores. A ideia é desenvolver o pensamento sistêmico e oferecer contato com ferramentas modernas de gestão de processos na área de saúde. As vagas são limitadas e as inscrições vão até o dia 24 de março.
 
Inscrições e informações no site www.gruposaudebandeirantes.com.br, e-mail: iep@hospitalbandeirantes.com.br e telefone (11) 3345-2219.
 

Posto de coleta de sangue de SP precisa de doadores

Postos de coleta e bancos de sangue precisam manter os estoques para atender as demandas por transfusões dos hospitais e serviços de urgência e emergência. De acordo com Fábio Lino, gerente médico da Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan), entidade que abastece com hemocomponentes todos os hospitais da prefeitura do município de São Paulo e hospitais das regiões do ABC, Jundiaí e Sorocaba, o número de doadores no posto de coleta de sangue do Hospital do Servidor Municipal caiu há um ano, o que preocupa e alerta a instituição.
 
“A média de doadores que costumávamos receber era de 40 pessoas por dia, este ano esse número está quase na metade. Não podemos deixar os estoques baixarem, por este motivo chamamos a população, e servidores municipais que utilizam o hospital, para ajudarem”, diz o gerente.
 
Apesar das campanhas de conscientização quanto ao ato de doar voluntariamente e, em especial, por repetição, o número de doadores de sangue está abaixo do esperado no Brasil atualmente. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a média ideal de doadores de sangue está entre 3 e 5% em relação à população de um  país. A média brasileira é de 1,9% nos últimos cinco anos, número abaixo do recomendado.
 
Doar sangue é fundamental para pacientes atendidos em emergências com grande perda sanguínea (politraumatizados), que sofrem de doenças hematológicas ou doentes transplantados e pessoas que necessitam de sangue continuamente para sobreviver. 
 
Requisitos para doação
* Portar documento oficial de identidade com foto (RG, carteira profissional ou carteira de habilitação);
* Ter entre 16 e 69 anos de idade, sendo que a primeira doação deve ter sido feita antes dos 60;
* Pesar acima de 50 Kg;
* Estar em boas condições de saúde.
* Não deve ter risco acrescido para doenças transmissíveis pelo sangue (usuário de drogas injetáveis e inalatórias, prática de sexo não seguro e vários parceiros sexuais ou ser parceiro sexual de portadores de aids ou Hepatite).
*Doadores menores de 18 anos acompanhados pelo responsável legal devem levar cópia do documento de identidade de ambos e preencher autorização no momento da doação, ou se desacompanhado, levar cópias dos documentos de identidade e o documento de autorização para doação com firma reconhecida em cartório.
 
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