13 de maio de 2015

Folha de S. Paulo reúne profissionais para discutir “A Saúde do Brasil”

Durante a manhã dos dias 11 e 12 de maio, o jornal Folha de S. Paulo debateu com gestores, especialistas e políticos os principais problemas da saúde. No fórum denominado “A Saúde do Brasil”, foram abordados temas como o subfinanciamento do setor, a carência de profissionais e da formação médica, a falta de investimentos e os desafios da saúde pública e privada no Brasil. O presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, junto com o diretor da federação e vice-presidente do sindicato, Luiz Fernando Ferrari Neto, participaram do evento.
 
Em seu primeiro dia, o seminário se focou na sustentabilidade e nos custos, com um panorama atual e futuro. A abertura ficou a cargo do ministro da saúde, Arthur Chioro, que logo de cara declarou: “O País tem como desafio mudar a lógica de pagamentos e financiamento na saúde para poder ofertar serviços de qualidade à população. O subfinanciamento é inegável e se queremos continuar trabalhando uma saúde universal, temos de determinar um padrão de gastos na saúde.
 
O ministro enalteceu o programa Mais Médicos, do Governo Federal, sob olhares desconfiados da plateia. Segundo ele, foi “inegável o sucesso do programa, uma vez que até os políticos que formam a base de oposição ao governo no Congresso Federal compraram e aderiram à ideia”.
 
Relatou também o crescente número de casos de dengue no Brasil, afirmando que “não haverá uma vacina eficaz em curto prazo”. Chioro disse que para o próximo verão os brasileiros terão de agir mais uma vez de forma preventiva, até que seja finalizada a fase de testes das vacinas pesquisadas pelos institutos de ciência e tecnologia. Com o mesmo viés, David Uip, secretário estadual de saúde que abriu o segundo dia de evento, destacou que São Paulo tem feito tudo a seu alcance para conter a epidemia no Estado. “Estamos com mais agentes, mais ações de conscientização e mutirões”.
 
Crítico, Antônio Britto, presidente da Interfarma, afirmou que os profissionais precisam encerrar a discussão sobre a funcionalidade do SUS e seus programas sociais. “Não dá mais para perdemos tempo discutindo se o SUS é bom ou se não é. O fato é que sem ele não teríamos o que temos hoje e nem estaríamos aonde estamos hoje, portanto, a nossa discussão deve ser sobre integralidade e não universalidade mais”.
 
Participando do painel “Aumento dos custos e o futuro da saúde privada”, Martha Regina de Oliveira, diretora-presidente substituta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), pontuou a necessidade da revisão de custos e procedimentos realizados no setor. “É preciso repensar o que significa resultado em saúde. Não é só a quantidade de procedimentos realizados”, explica. “No mundo inteiro o custo da saúde vem aumentando consideravelmente. Discutimos a incorporação de novas tecnologias, a judicialização, mas esquecemos de pensar no modo como financiamos este modelo de saúde e como prestamos o serviço à população. Vamos precisar das operadoras e dos prestadores acreditando numa mudança junto conosco”.
 
Formação Médica
A qualidade do ensino, as novas regras para abertura de escolas médicas e o panorama atual dos recém-formados no País também foram temas de debate. Arthur Chioro mencionou em seu discurso a criação pelo governo federal de 4.680 novas vagas em cursos de medicina em instituições públicas e privadas. Além disso, 39 cidades receberam autorização para criar novos cursos, segundo ele, em pesquisa conjunta com o Ministério da Educação para preencher demandas nas regiões mais carentes do Brasil. Em 2015, Norte, Nordeste e Centro-oeste foram priorizados.
 
De acordo com Sigisfredo Brenelli, presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), a sociedade precisa participar da discussão sobre a abertura dos novos cursos. "As novas diretrizes para a formação médica aconteceram sem que as escolas e a sociedade pudessem opinar. Porque nós, que somos os clientes da saúde, não fomos ouvidos? O agravante é que, com esse boom de novos cursos, não se investe na formação do professor", pontua. 
 
Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), crítico do programa Mais Médicos, relatou que, segundo relatório do Tribunal de Contas da União, 40% dos municípios em que o programa foi implementado registraram uma queda no número de consultas. “Médicos brasileiros perderam postos em favor dos médicos estrangeiros. Concordo que uma equipe bem formada é necessária para melhorar o atendimento, mas elas precisam de estabilidade. Esse é, ao lado da criação de infraestrutura, um dos meios de fixar médicos em regiões em que há déficit de profissionais”.
 
A cobertura completa do evento você lê na próxima edição do Jornal do SINDHOSP.
 

Últimos dias para se inscrever nos Congressos de Gestão 2015

Os interessados em se inscrever para os Congressos Brasileiros de Gestão em Saúde, promovidos pelo Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS), em parceria com a Federação e o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP), e com a Confederação Nacional da Saúde (CNS) e a Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (FENAESS), tem até o final desta semana para garantir sua vaga. Clique aqui para mais informações.

Este ano serão dois eventos: o 10º Congresso Brasileiro de Gestão em Clínicas de Serviços de Saúde e o 9º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos – este em parceria com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML). Ambos serão apresentados em 20 de maio, simultaneamente, durante a programação científica da Feira Hospitalar edição 2015. 
 
Um tema em comum entre os dois Congressos será o cenário tributário do país, que sofreu mudanças recentemente na Lei do Simples Nacional, e impactou as empresas. Laboratórios e clínicas, empresas que são o público-alvo dos eventos, possuem muitas dúvidas sobre qual o melhor enquadramento fiscal lhes seria mais indicado, a fim de minimizar o impacto dos tributos em suas receitas. O modelo societário mais adequado a cada tipo de atividade também é um tema de amplo interesse, e será abordando em mesa redonda. 
 
No Congresso de Laboratórios, a lei 13.003 será apresentada com destaque, em mesa redonda. “A iniciativa renovou as esperanças de prestadores de serviços de saúde, especialmente os laboratórios clínicos, que passaram a contar com a certeza da reposição financeira de seus custos, e esperam mais reconhecimento pela qualidade dos serviços que prestam. Passados alguns meses de sua publicação, representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar e do setor laboratorial discutirão os benefícios e os impactos já ocorridos no mercado”, explica o coordenador da Comissão Executiva dos Congressos, Luiz Fernando Ferrari Neto, que é vice-presidente do SINDHOSP e diretor da FEHOESP.
 
E como a sustentabilidade da cadeia produtiva passa também pelas tendências do mercado, o Congresso de Laboratórios levará ao público uma mesa redonda dedicada a apresentar as tecnologias que estão reinventando o setor de medicina laboratorial. Sob a tutela do especialista em e-health, Guilherme Hummel, serão apresentados estudos de casos sobre tecnologias emergentes, telehealth e cloud computing, home healthcare delivery, personalization e devicelization. 
 
O gerenciamento de talentos vem na sequência da programação, apresentando uma visão inovadora sobre a relação da produtividade das empresas e o talento humano. “Sabemos que o Brasil está cada vez mais com dificuldades de formar e reter mão de obra especializada e por isso o medo de um apagão neste setor faz as empresas repensarem a forma de estruturar e reter seus talentos. É neste contexto que vamos discutir como uma pequena e média empresa pode fazer uso de ferramentas e processos para mitigar este problema, bem como o que associações de classe estão criando para apoiar as organizações nesse sentido”, informa Ferrari Neto.
 
O marketing digital, ferramenta cada vez mais essencial para a fidelização de clientes, será tema de uma das palestras do Congresso de Clínicas. Assim como o choque de geração, tão presente no dia a dia das empresas atualmente, e a geração de distraídos – formada pelo mundo mobile e sua hiperconectividade.
 
O IEPAS na Feira
Este ano, o Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde terá um estande de 88 m², dedicado á realização de workshops sobre temas variados, de interesse dos frequentadores da Hospitalar. O espaço estará localizado estrategicamente no espaço “Hospitais Lounge”, e contará com uma estrutura de recepção para visitantes que queiram conhecer melhor o trabalho das entidades envolvidas. As inscrições para os workshops poderão ser feitas no local, conforme disponibilidade de vagas. 

Simpósio de terapia intensiva será em junho

Considerado o melhor simpósio de terapia intensiva do mundo, o Isicem-La (International Symposium on Intensive Care and Emergency Medicine for Latin America) é o capítulo latino-americano do tradicional evento anual realizado em Bruxelas.
 
O evento contará com a presença de palestrantes de reconhecida produção científica. A discussão nos diversos fóruns desenvolvidos durante o evento é enriquecida pela participação de cerca de 1.200 congressistas, muitos dos quais coordenadores das diferentes unidades de terapia intensiva em nosso país.
 
Serviço
 
Data: 17 a 20 de junho de 2015
Local: Hotel Transamérica (Av. das Nações Unidas, 18591)
Informações e inscrições: www.einstein.br/isicem2015 
 
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